Convocado para a seleção dinamarquesa principal ainda em 1987, curiosamente para substituir o próprio Michael em um amistoso, Brian Laudrup disputou a temporada 1989/1990 com o Bayer Uerdingen e na seguinte foi contratado pelo poderoso Bayer München, quando se tornou o jogador mais caro da
Bundesliga à época.
Escolhido o jogador dinamarquês do ano em 1989 (feito que repetiria, ineditamente, outras 3 vezes!) e um dos destaques da
Bundesliga seguinte, Brian Laudrup foi também um dos protagonistas da surpreendente conquista da Euro 1992 pela Dinamarca (na foto do alto, à direita, a comemoração da
Danish Dynamite, sendo que Laudrup é o jogador mais a direita, com as mãos ao alto -
Guerin Sportivo).
Porém, apesar de ter ficado em 5º na escolha do
F.I.F.A. World Player daquele ano, a relação de Laudrup com os dirigentes do clube bávaro não ia nada bem e, assim, o
danese resolveu se transferir ao
Calcio.
Apontado como "
un rifinitore fantasioso e brillante" e
"un piccolo genio degli assist" (revista Guerin Sportivo nº 910, de 2 a 8 de setembro de 1992, página 26), Laudrup (à esquerda com a
maglia viola -
Guerin Sportivo) chegou com a missão de municiar um time com vocação claramente ofensiva, que teria Batistuta e Baiano - dupla de 29 gols na Serie A anterior - como atacantes titulares.
Porém, apesar de ambiciosa e contando ainda com o forte
tedesco Effenberg, aquela Fiorentina de Cecchi Gori naufragou incrivelmente, terminando o campeonato apenas na 17ª colocação, de nada adiantando a goleada de 6 x 2 na
giornata finale para evitar o descenso à Serie B.
Aliás, aquela Fiorentina, treinada por Radice, Agroppi e Chiarugi, terminou com o 5º melhor ataque da competição e pecou mesmo por praticar um futebol irresponsável, capaz, por exemplo, de protagonizar um 3 x 7 frente ao Milan pela 5ª rodada (na foto abaixo, Laudrup contra Massaro neste exato cotejo -
Borsari).
Jogador de passada característica, bom driblador e tiro certeiro, Laudrup concluiu, assim, sua primeira temporada na Serie A com um gosto amarguíssimo, apesar dos 5 gols anotados em 31 presenças.
Como, à época, no
campionato cadetto eram permitidos apenas 2 estrangeiros por equipe, a Fiorentina optou por manter o argentino Batistuta e o alemão Effenberg no elenco, emprestando Laudrup para o ... Milan!
Porém, o
squadrone que dominava a Itália e a própria Europa tinha em seu plantel outros 5 estrangeiros (sem contar o lesionado Van Basten!) e apenas 3 eram permitidos entre campo e
panchina, o que acabou resultando em poucas oportunidades para o
Piedi da Delirio, como Laudrup (abaixo com a camisa do Milan -
Guerin Sportivo) foi apelidado pelo célebre Pellegatti.
Dos 24 jogadores utilizados por Capello na campanha do tricampeonato
rossonero (na foto mais abaixo o elenco completo da temporada 1993/1994 -
Milan), o francês Desailly foi o estrangeiro que mais jogou, computando, ainda assim, apenas 21 em 34 aparições possíveis, cabendo a Laudrup apenas 9 presenças, com direito a 1 gol, marcado na derrota para a Sampdoria por 3 x 2 pela 10ª rodada (no vídeo ao final do
post, além desse gol, é possível ver outras jogadas de
Laudrupinho com a Fiorentina).
Com a carreira em descendente, Laudrup resolveu tentar a sorte no escocês Rangers, onde, sem tanta pressão, conseguiu voltar a brilhar e venceu 3
Scottish Premier League consecutivas.
Protagonista também na Copa do Mundo disputada na França, quando a seleção dinamarquesa caiu apenas diante do Brasil nas 4ªs de final, com Brian Laudrup anotando ainda um dos gols do 3 x 2 final, o mais novo dos irmãos mais importantes da história dos
De Rød-Hvide ainda defendeu o inglês Chelsea e o dinamarquês F.C. København antes de encerrar sua carreira, aos 31 anos por reiteradas lesões, no holandês Ajax.
Agora, 10 anos depois, Brian Laudrup vai precisar muito da torcida dos seus milhões de admiradores para vencer mais esta disputa!