No dia da estréia do veterano Nedo Sonetti (66 anos) na
panchina do Cagliari, quem roubou a festa foi outro
esordiente, o
rossonero Ronaldo.
O ex-Fenômeno, bem mais rechonchudo (à direita contra o mastim Conti - Ansa), não fez gol, mas sofreu um pênalti (desperdiçado por Kaká) e acertou uma bola, cheia de categoria, na trave.
Além disso, desfilando uma vasta cabeleira, Ronaldo é agora o terror dos narradores, vez que, depois de anos acostumados em visualizar Ronaldo naquele atacante ágil e de cabeça raspada, reconhecê-lo naquele atacante cabeludo e não tão mais veloz...
Mas, brincadeiras à parte, foi uma atuação bastante auspiciosa, principalmente considerando que Ronie estava parado há vários meses.
Porém, o começo não foi nada bom para o Milan, que logo aos 4' se viu em desvantagem quando Maldini e Oddo permaneceram imóveis assistindo a uma imperiosa cabeçada do jovem Acquafresca, U21 italiano.
Para complicar ainda mais, um inspirado Foggia (à esquerda contra o brasileiro Serginho - Corriere dello Sport) azucrinou a defesa milanista com sua velocidade e habilidade durante todo o 1º tempo, disseminando pânico na dupla Nesta-Maldini em diversos momentos.
Do outro lado, o Milan tinha mais posse de bola (terminou o jogo com incríveis 69,9% de posse de bola e 54,2% de domínio territorial), mas não conseguia ser incisivo e tocava muito lateralmente la palla, inclusive com Kaká totalmente anulado.
Aqui, uma reflexão se faz necessária: o esquema com 3 volantes é realmente indispensável para o Milan? Afinal, quando vão a campo Seedorf, Kaká e um atacante, o jogo não flui; hoje, com Kaká e 2 atacantes (Gilardino e Ronaldo), o esquema também não funcionou.
De qualquer maneira, no final da 1ª etapa o Milan conseguiu impor seu ritmo e passou a ser mais concreto, resultando no pênalti sofrido (cavado?) por Ronaldo e muito mal cobrado pelo
Principe Kaká.
Infelizmente, a penalidade máxima desperdiçada funcionou como um balde de água fria e o Milan voltou muito mal na 2ª etapa, até que Ancelotti entrou em cena e trocou o meia Ambrosini pelo zagueiro Bonera, soltando mais os alas Oddo (depois substituído por Cafu) e Serginho.
E a alteração tática logo deu resultado com o astuto Gilardino antecipando o goleiro Fortin para empatar a partida.
Depois, foi a vez e hora de Pirlo, que consagrou sua excelente atuação (75 passes, dos quais 65 certos!) com um golaço em cobrança de falta cheia de veneno (à direita, um pouco mais acima - Ap) e decretou a importante vitória rossonera quase no final da partida.
O tabellino:
Cagliari: Fortin; Ferri, Lopez (74' Bizera), Bianco, Agostini; Biondini, Conti, Parola, Foggia (87' Larrivey); Matri (66' Fini), Acquafresca. All. Sonetti.
Milan: Dida; Oddo (70' Cafu), Nesta, Maldini, Serginho; Gattuso (80' Brocchi), Ambrosini (58' Bonera), Pirlo, Kaká; Ronaldo, Gilardino. All. Ancelotti.
Gols: 4' Acquafresca, 61' Gilardino, 85' Pirlo.
Árbitro: Dondarini.
Cartões amarelos: Conti, Gattuso, Bianco, Bonera, Foggia e Serginho.
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