No final de uma partida nervosa, disputada com grande agonismo, a Juventus foi buscar, de forma heróica, o empate nos acréscimos e, se viu a capolista Internazionale dar mais um largo passo rumo ao inédito tetracampeonato, ao menos impediu que a festa ocorresse em Turim mesmo.
Com a Juventus disposta no tradicional 4-4-2 com Marchionni e Nedved esterni e Iaquinta e Del Piero na frente e a Inter em um pouco usual (para Mourinho) 4-1-4-1, com Figo (ao lado contra Poulsen - Reuters), Stankovic, Muntari e Balotelli a suporte do solito ex Ibrahimovic, a partida começou muito truncada, marcada por duelos eminentemente físicos.
Neste panorama, le occasioni latitano e o primeiro lance digno de nota só ocorreu aos 10', quando Balotelli entrou pela direita (após falha de Chiellini) e, cara-a-cara com Buffon, concluiu por baixo do goleiro bianconero, que conseguiu diminuir a velocidade da bola que, porém, continuou rumo ao gol juventino até que o português Tiago, em um último esforço, conseguiu, com um carrinho, evitar a vantagem nerazzurra. Em um 1º tempo pouco interessante em termos técnicos (mas jogado em ritmo bastante elevado), chances mesmo só quando os habilidosos Del Piero e Ibrahimovic criaram para Marchionni e Figo terem suas ações destruídas pelos extraordinários portieri Júlio César e Buffon, provavelmente os dois melhores representantes da posição na atualidade em todo o mundo!
Veio o 2º tempo e com ele a Inter passou a um mais propositivo 4-3-3 com o avanço dos externos Figo e Balotelli, tomando para si as principais iniciativas.
E sob um ritmo mais cadenciado, o giovane azzurrino (ao lado contra Legrottaglie e Grygera - Ap)colocou a Inter em vantagem aproveitando um contra-ataque de manual: o lance começou logo acima da área nerazzurra e passou pelos pés de Stankovic, Muntari, Ibrahimovic, novamente Stankovic, Ibrahimovic (na única ocasião em que a bola recebeu mais de um toque antes de trocar de pés) e Muntari, que em grande velocidade cruzou para Balotelli concluir, com grande frieza, na saída de Buffon. A Juve, então, partiu imediatamente em busca do pareggio, mas em sua melhor chance Marchionni mais uma vez adiantou um pouco a bola e permitiu a defesa de Júlio César (ao lado - La Presse). Aí, Ranieri trocou o ágil ala pelo atacante Trezeguet, passando a Juve ao 4-3-1-2, mas tudo pareceu ruir no minuto seguinte (aos 30'), quando Tiago deu duas entradas faltas violentas em seqüência e recebeu o cartão vermelho direto. Com um homem a mais em campo, a Beneamata passou a controlar inteiramente a partida e teve, pelo menos, duas boas oportunidades de ampliar a vantagem, sendo a derradeira com o uomo Juve Cruz, que substituiu Figo nos minutos finais. E, quando parecia que a benzina bianconera já havia terminado, eis que em pleno recupero il nuovo entrato Giovinco cobrou um escanteio na cabeça de Grygera, que subiu sozinho para empatar a partida (ao lado - Reuters), dando números finais a mais um Derby d'Italia. O tabellino:
Juventus: Buffon; Grygera, Legrottaglie, Chiellini, Molinaro (63' De Ceglie); Marchionni (74' Trezeguet), Tiago, Poulsen, Nedved; Iaquinta, Del Piero (80' Giovinco). All. Ranieri. Inter: Júlio César; J. Zanetti, Cordoba, Samuel, Chivu; Cambiasso, Figo (87' Cruz), Stankovic, Muntari (76' Burdisso), Balotelli (76' Vieira); Ibrahimovic. All. Mourinho.
Gols: 64' Balotelli, 91' Grygera (que podem ser visualizados, juntamente com os melhores momentos da partida, nos highlights ao final do post). Árbitro: Farina. Cartões amarelos: Figo, Legrottaglie, Poulsen e Balotelli. Cartão vermelho: Tiago.
Contra um Genoa que vinha de 4 vitórias consecutivas e está em plena corsa por uma das vagas italianas na próxima Champions League, a Lazio mostrou o quanto um sucesso no Derby Capitolino pode motivar e celebrou seu 2º sucesso consecutivo ao bater o time rossoblù por 1 x 0 em pleno Marassi.
Mas, jogando no seu habitual 3-4-3 com Jankovic (ao lado entre Diakhite e Dabo - Tanopress) como ponto de referência no tridente ofensivo diante da ausência do convalescente Milito (que foi visto junto aos torcedores na Curva Nord), foi o Genoa que começou melhor, com Biava exigindo grande defesa de Muslera logo aos 2', com Thiago Motta ainda concluindo para fora no rebote. Já a Lazio, atuando no 4-4-2 com Lichtsteiner e Mauri como esterni di centrocampo e Zárate e Pandev no ataque, com Rocchi mais uma vez relegado a começar na panchina, só foi criar algo digno de nota aos 26', quando o ótimo Ledesma propiciou conclusão de Pandev, sendo a vez de Rubinho protagonizar ótima parata. Com as equipes exercendo forte marcação no meio de campo, a partida passou por momentos de pouca emoção até que, aos 38', Rubinho mais uma vez salvou a squadra rossoblù saindo corajosamente e no momento certo sob Pandev, desta vez lançado por Mauri.
No lance, o atacante macedônio acabou se contundindo e teve que ceder o lugar a Rocchi, que já dentro de campo presenciou grande defesa do seu companheiro Muslera, que saiu nos pés de Sculli (à esquerda - Tanopress) para evitar o gol genoano aos 42', na última grande chance do 1º tempo.
Terminada a 1ª etapa sem gols (nada muito estranho, levando em consideração que Genoa e Lazio marcaram apenas 23 de seus 86 gols neste campeonato na 1ª metade das partidas), Gasperini voltou do intervalo alterando as posições de Jankovic e Palladino, passando o ex bianconero para o centro do ataque, com os mandantes praticando um pressing altíssimo.
Depois, enquanto Rossi teve que gastar mais de uma de suas alterações promovendo o ingresso de Siviglia no posto de Diakhite (sospeta distorsione alla caviglia sinistra), Gasperini lançou o uruguaio Olivera, disposto a solucionar a pouca objetividade do ataque rossoblù. Porém, spingendosi in avanti, o Genoa ficou vulnerável na retaguarda e, aos 20', Palladino errou um passe e o lateral Kolarov foi rápido ao interceptar a bola e imediatamente lançar o argentino Zárate que, em velocidade, partiu do meio de campo até concluir na saída de Rubinho (acima - Getty Images) para realizar seu 12º gol na temporada.
O Genoa, que continuou com maior posse de bola (terminou com 55,7% neste quesito), persistiu encontrando muita dificuldade em acertar o último passe, pouco adiantando mais uma mexida tática de Gasperini, que desta vez passou Palladino para a direita e postou Olivera como punta centrale, deixando Jankovic à esquerda. No final, depois que os treinadores exauriram suas substituições, as caimbras sentidas por De Silvestri e Biava evidenciaram o esforço das equipes, com a partida terminando com o Genoa no ataque, tendo o próprio Biava como trequartista, mas cabendo a Lazio ser mais perigosa nos contra-ataques, inclusive acertando uma bola na trave aos 47'!
O tabellino da emocionante peleja que definitivamente abriu a disputa pela última vaga italiana na UCL: Genoa: Rubinho; Biava, Ferrari, Bocchetti; Mesto (67' M. Rossi), Thiago Motta, Juric, Criscito (74' Vanden Borre); Palladino, Jankovic, Sculli (62' Olivera). All. Gasperini. Lazio: Muslera; De Silvestri, Diakhite (55' Siviglia), Rozenhal, Kolarov; Lichtsteiner, Dabo (74' Meghni), Ledesma, Mauri; Zárate, Pandev (41' Rocchi). All. D. Rossi.
Gol: 65' Zárate (vide o tento, os melhores momentos da partida e entrevistas com alguns de seus protagonistas, incluindo Maurito, no vídeo abaixo).
A importância do 'Match Clou' desta 32ª rodada da Serie A talvez possa ser ilustrada pela alcunha do confronto: Derby d'Italia!
Mas, se o epíteto foi cunhado por razões históricas, não é possível esquecer que o encontro deste sábado é fundamental também para as pretensões da Juventus em manter o campeonato em aberto por pelo menos mais algumas rodadas, já que em caso de vitória nerazzurra a diferença entre as equipes chegará aos 13 pontos!
Para tão importante cotejo, o técnico bianconero Ranieri deverá utilizar seu habitual 4-4-2 com Del Piero e Iaquinta (ao lado - Insidefoto) como duo ofensivo, deixando o francês Trezeguet e o brasileiro Amauri como opções para o decorrer da partida.
Mas, se na frente as opções são fartas, para o centrocampo são mais restritas, já que Salihamidzic e Sissoko continuam entregues ao departamento médico e até Cristiano Zanetti, que parecia recuperado, ainda não poderá ser utilizado.
Ademais, Camoranesi e Marchisio terão que cumprir suspensão, tornando a formação mais ou menos que obrigatória com Marchionni e Nedved externos, Tiago e Poulsen centrais. No setor defensivo, a frente do sempre seguro Buffon, deverão aparecer Grygera e Molinaro sugli esterni com Legrottaglie (abaixo, à esquerda - Insidefoto) e Chiellini como centrali.
Na Inter, Mourinho parece estar despistando quanto a formação tática, vez que no treinamento da última quinta inseriu o português Figo em um tridente ofensivo ao lado de Ibrahimovic e Balotelli, recuando o sérvio Stankovic para o meio de campo.
Certo é que o desaparecido Adriano e os indisponibili Jimenez, Maicon, Mancini e Rivas estão fora.
Apesar da experiência, o mais provável é que The Special One efetivamente continue no 4-3-1-2, com Il Drago Stankovic alle spalle de Ibrahimovic e ... Cruz, que tem a Juventus como sua vítima predileta. Javier Zanetti, Cambiasso e Muntari devem aparecer formando a linha de centrocampisti, enquanto o jovem Santon deve figurar em sua posição original, a de lateral direito no lugar do lesionado Maicon. Cordoba (à direita - Guerin Sportivo) e Samuel devem formar a zaga central, com o romeno Chivu completando o reparto defensivo, que terá ainda o portiere Júlio César em campo para protagonizar um duelo todo especial entre, provavelmente, os dois melhores arqueiros do mundo na atualidade! Além de ser a líder do certame, a Inter é também a adversária que mais vezes enfrentou a Juventus na história - 210 em jogos oficiais, sendo 151 pelo campeonato italiano, dos quais 75 em Turim, onde a Vecchia Signora tem amplo domínio: 52 vitórias bianconeri, 13 empates e apenas 10 sucessos nerazzurri.
A última vitória bianconera ocorreu na temporada 2005/2006, quando, com gols de Trezeguet e Nedved, Capello bateu Mancini.
Já na stagione anterior foi a vez do time de Mancini bater o de Capello com gol do argentino Cruz que, aliás, já marcou 4 vezes jogando em Turim contra a Juve pela Serie A. Com 136 gols contra apenas 59 da Inter no confronto, o maior artilheiro do embate é, porém, juventino, já que o ítalo-argentino Sivori fez 7 em sua passagem pela equipe bianconera (sendo que 6 em apenas 1 jogo, no lendário 9 x 1 de 10 de junho de 1961).
Menos mal que Giuseppe Bergomi e Giacinto Facchetti, due bandieri nerazzurri, sejam os jogadores que mais participaram do confronto, com 16 aparições cada!
Juventus x Internazionale, o jogo escolhido para testar a intuição dos amigos do Calcio Serie A nesta semana faz jus a alcunha de Derby d'Italia, pois o confronto é decisivo para as - ainda que remotas - esperanças bianconeri de impedir o tetracampeonato nerazzurro.
E tão importante cotejo, como era de se esperar, gerou vários prognósticos - vamos a eles: 0 x 0 - Raphael Zerlottini; 1 x 0 - Sérgio André; 1 x 1 - Marra; 2 x 0 - Thiago; 1 x 2 - Alcindo; 2 x 1 - Michel Costa; 2 x 2 - Mafra (e também o Leonardo Redenção); 2 x 3 - Cyntia; 3 x 2 - JP e 3 x 3 - Lucas.
Apesar dos diversos placares apontados, ninguém confia que vá se repetir, por exemplo, o ocorrido em 29 de novembro de 2003, quando a Inter de Van der Meyde (acima contra Birindelli e Montero - Inter) fez 3 x 1 mesmo jogando em Turim.
Na ocasião, o time comandado por Zaccheroni (com Gamarra na zaga) venceu o de Lippi com gols de Cruz (2) e Martins, tendo Montero descontado aos 44' da 2ª etapa!
O próximo final de semana reserva o clássico mais tradicional da Itália e certamente a última spiaggia para manter, ao menos por mais algumas semanas, o campeonato em aberto, vez que uma vitória da Juventus no Derby d'Italia pode funcionar como uma injeção de ânimo na ingrata corrida atrás da Internazionale.
E este sensacional 'Match Clou' está programado para ocorrer logo no sábado, mais precisamente às 15h30 com transmissão ao vivo da ESPN Brasil, RAI e TV Esporte Interativo.
Só que vale a pena ligar a televisão um pouco mais cedo, porque a partir das 13h00 (sempre horário de Brasília), com cobertura da ESPN, RAI e SporTV tem um ótimo aperitivo envolvendo Genoa x Lazio.
No domingo, as emoções começam às 10h00, com Cagliari x Napoli na ESPN Brasil, Roma x Lecce (na foto abaixo o arqueiro leccese Benussi - Laganà) na ESPN e na TV Esporte Interativo e Udinese x Fiorentina (ao lado, em destaque, o meia Kuzmanovic - Insidefoto) na RAI.
No mesmo horário, jogam ainda Atalanta x Reggina; Catania x Sampdoria; Palermo x Bologna (que estreará o técnico Papadopulo, subentrato no lugar de Mihajlovic) e Siena x Chievo.
Por fim, fechando essa especial rodada terá início, às 15h30 de domingo, com cobertura da ESPN, RAI e SporTV2, o confronto Milan x Torino, com promessa dos brasileiros Dida, Kaká e Pato em campo desde o início, com Ronaldinho e ... Mattioni como opções para Ancelotti no decorrer da partida. Mas que a squadra rossonera não espere vida fácil, pois o Torino corre para escapar da Serie B e terá os ágeis alas Abate e Diana no apoio de Rosina e Bianchi, com o forte trio Dzemaili-Barone-Säumel protegendo o centrocampo e disposto a também avançar quando possível.
Portanto, um ótimo final de semana repleto de Calcio para todos!
Em uma noite di grande spettacolo a Udinese esteve a um passo dall'impresa, mas acabou eliminada da Copa U.E.F.A. por um Diego decisivo.
Depois da pouco inspirada atuação no jogo de ida na Alemanha, a Udinese recebeu o Werder Bremen no Friuli necessitando de vencer por 2 gols de diferença para passar as semi-finais da competição.
E o começo da squadra bianconera foi bastante incisivo - postada no 4-3-3 com Sanchez, Quagliarella e Floro Flores no tridente ofensivo, a Udinese abriu o marcador aos 15' com un tiro del limite de Inler. Mas, diante de osservatori da Juventus, Diego aproveitou um erro do colombiano Zapata e empatou a partida aos 28'.
Só que, nesta quinta, Quagliarella (ao lado uma sua finalização - Getty Images) estava em melhor dia do que há uma semana atrás e, em poucos minutos, realizou uma doppietta que cancelou a vantagem alemã ainda no 1º tempo.
A partida continou espetacular no 2º tempo e já aos 8' Quaglia disparou um chute que passou raspando a trave defendida pelo arqueiro Wiese.
Infelizmente, tão perto de realizar a impresa, a Udinese acabou sofrendo um duro golpe aos 15', quando o brasiliano Diego (ao lado combatendo Sanchez - Reuters) voltou a marcar, realizando seu 4º gols no duplo confronto contra a equipe italiana. Aí, a Udinese foi toda para o ataque e o avante Pepe, que havia entrado no posto de Sanchez ainda na 1ª etapa, teve a chance de colocar a squadra friulana novamente na briga pela vaga, mas quem acabou marcando foi o Werder, desta vez com o goleador Pizarro, que deu números finais ao cotejo aos 28'.
Tristeza em Udine, mas também reconhecimento do público pela inédita campanha da Udinese em torneios europeus. Até a próxima temporada!
O grande destaque da próxima rodada da Serie A - a 32ª - será o clássico Juventus x Internazionale, conhecido pela singela alcunha de Derby d'Italia tamanha sua tradição. E, se não bastasse a história (são mais de 200 encontros no total), o encontro deste próximo sábado às 15h30 (horário de Brasília), é também decisivo para as pretensões da Juventus de, ao menos, adiar o tetracampeonato nerazzurro.
Aliás, antes do estouro do Calciopoli, na última vez que a Juventus enfrentou a rival Inter envergando o tradicional scudetto no peito (embora o título fosse posteriormente revogado), vitória bianconera por 2 x 0, gols de Trezeguet e Nedved (acima contra o colombiano Cordoba - Inter), ambos na 1ª etapa.
Na ocasião, a Juve, treinada por Capello, entrou em campo com: Abbiati; Blasi, Thuram, Cannavaro e Zambrotta; Camoranesi, Emerson, Vieira e Nedved; Ibrahimovic e Trezeguet.
Portanto, um time bem diferente daquele que deverá começar jogando no sábado.
E o resultado, será igual?
Para quem estiver chegando agora, para ganhar um exclusivo certificado do Calcio Serie A e uma flâmula oficial da Inter (igualzinha a da imagem à direita, medindo 28 x 20 cm), basta observar os seguintes regramentos: a cada semana, o primeiro leitor que registrar o palpite correto da partida escolhida pela 'L'Enigma' soma 1 (um) ponto e, alcançada a marca de 10 (dez) pontos, o felizardo leva os prêmios! Vamos palpitar!
Menos mal para o campeonato que a Inter também não venceu, tendo ficado no empate em 2 x 2 contra um Palermo muito aplicado, especialmente na 2ª etapa.
Na verdade, foi uma partida com tempos bem distintos - o 1º de marca nerazzurra, que fez 2 x 0 (mas poderia ter feito muito mais) com Balotelli e Ibrahimovic, este último cobrando um discutível pênalti sofrido por ele próprio a dano do danese Kjaer (ao lado - Reuters - os dois contendentes em ação), enquanto o 2º tempo foi marcado pela reação rosanera, que voltou do intervalo com Bresciano no posto de Migliaccio e, mais agressiva, alcançou a igualdade com tentos de Cavani e Succi.
Indiferente aos problemas de suas principais rivais, o Milan chegou a sua 4ª vitória nas últimas 5 rodadas fazendo 1 x 0 no Chievo, em Verona.
Mas não foi um sucesso fácil, obtido apenas no 2º tempo graças a um gol do holandês Seedorf (servido por Inzaghi) e a importantes intervenções do arqueiro Dida, que protagonizou um verdadeiro milagre aos 79' sul tocco ravvicinato di Colucci, com o Chievo jogando muito bem, principalmente pelos corridoi laterali com Luciano e Marcolini.
No Milan, mais uma vez Beckham ficou no banco e Ancelotti, que acabou expulso pela 1ª vez desde que assumiu o comando da equipe, mandou a campo, desde o início, Seedorf, Kaká, Pato (acima contra o lateral Sardo - La Presse) e Inzaghi.
A vitória rossonera foi realmente importante para os planos da equipe de Milanello, pois além do Genoa (que venceu a Juventus), também a Fiorentina saiu vencedora na rodada, fazendo 2 x 1 no Cagliari.
Aliás, a partida de Florença foi bastante movimentada e a Viola padrona da 1ª etapa que, porém, terminou como começou.
No 2º tempo, o lateral Pasqual (sem trocadilhos, por favor!) coroou sua belíssima exibição fazendo 1 x 0 aos 8', com o peruano Vargas (ao lado contra Pisano - Ap) aumentando aos 40' para, aos 43', o jovem Ragatzu firmar seu primeiro gol na Serie A e definir o placar final, não podendo ser esquecido que o arqueiro Frey foi extremamente exigido, realizando, pelo menos, três intervenções fantásticas. Com os sucessos de Milan, Genoa e Fiorentina, quem ficou em situação bastante complicada na luta por uma das vagas da Champions League foi a Roma, que saiu derrotada do Derby della Capitale (http://calcioseriea.blogspot.com/2009/04/o-jogo-da-tv-parte-i-lazio-x-roma.html).
Passando a parte baixa da tabela, a única alteração foi que, com a vitória de 2 x 1 sobre o Catania, o Torino escapou da zona da degola, lugar agora ocupado por outra nobile squadra, o Bologna, derrotado em pleno Renato Dall'Ara pelo Siena por inquestionáveis 4 x 1.
Em Turim, a equipe granata conseguiu os tre punti d'oro em uma partida que tudo se sucedeu nos minutos finais: gol de Bianchi aos 82' com um imperioso colpo di testa, empate do uruguaio Martinez (acima contra Rubin - Torino) aos 85' e, quando a torcida já estava quase que resignada, eis que o zagueiro Natali, aos 88', garantiu o sucesso da equipe de Camolese.
Já em Bologna o time da casa não teve a mesma competência e viu o Siena confirmar a boa fase vencendo com gols de Calaiò, Portanova, Ghezzal e Kharja, enquanto Marazzina anotou aquele que deu uma brevíssima esperança de reação à torcida rossoblù, que contestou muito o allenatore Mihajlovic.
Aliás, a rodada não foi nada auspiciosa para os times que seriam, no momento, rebaixados, pois a lanterna Reggina sucumbiu em casa frente a Udinese (http://calcioseriea.blogspot.com/2009/04/o-jogo-da-tv-parte-iii-reggina-x.html) e o penúltimo colocado Lecce também foi derrotado em casa, mas para a Sampdoria por 3 x 1 - gols de Pazzini, Cassano, Caserta e novamente Cassano, sendo que os 3 últimos foram anotados todos em cobranças de pênaltis!
Por fim, em jogo que valia muito pouco, Napoli x Atalanta foi o único 0 x 0 da rodada.
Eis a classificação da Serie A atualizada: 1º Internazionale (73 pts); 2º Juventus (63); 3º Milan (61); 4º Genoa (57); 5º Fiorentina (55); 6º Roma (49); 7º Palermo (46); 8º Cagliari (45); 9º Lazio (44); 10º Atalanta (41); 11º Sampdoria (40); 12º Napoli (39); 13º Udinese (39); 14º Siena (37); 15º Catania (37); 16º Chievo (31); 17º Torino (27); 18º Bologna (26); 19º Lecce (24) e 20º Reggina (20).
Na única partida disputada neste domingo de Páscoa pela Serie A, as oponentes Reggina e Udinese entraram em campo unidas pela dor das vítimas do terremoto que ceifou mais de 100 vidas na região do Abruzzo (abaixo as equipes perfiladas antes da bola rolar - Saya), mas com sentimentos diversos em relação ao cotejo.
A equipe friulana, envolvida nas 4ªs de final da Copa U.E.F.A., entrou em campo mais preocupada com a competição européia - vez que receberá o Werder Bremen na próxima quinta-feira precisando vencer por 2 gols de diferença, com Marino realizando um amplo turn-over e lançando o danese Zimling (mais abaixo, à esquerda, marcando Brienza - Laganà) no meio de campo e o nigeriano Ighalo na frente. Já a Reggina, útima colocada da Serie A, ingressou ao gramado sabendo da necessidade de reencontrar a vitória (a última remonta ao dia 23 de novembro pela 13ª rodada!) se não pretende ver encerrada precocemente sua passagem na principal divisão do Calcio depois de 7 anos consecutivos, distribuída no 3-5-2 com Brienza e Ceravolo na frente.
E, talvez pela ansiedade natural do momento, depois de um começo auspicioso, o time calabrês começou a ser pressionado pela squadrabianconera, com o goleiro Puggioni transparecendo insegurança até mesmo em conclusões pouco perigosas de Floro Flores, titularizado no posto do poupado Quagliarella.
Só que a pouca disposição friulana era evidente e, próximo dos 30', a Reggina voltou a ser mais incisiva, chegando mesmo a criar algumas boas oportunidades e até reclamar uma penalidade máxima de Felipe em Ceravolo aos 35'. Mas, na verdade, as emoções ficaram reservadas para a 2ª etapa, com o gramado do Granillo sob chuva e forte vento.
Assim, aos 9', o capitano amaranto Lanzaro agarrou o avante Floro Flores dentro da área, quase tirando a camisa do avante friulano.
Apontada a marca de cal pelo árbitro De Marco, o forte difensore surgido nos giovanili da Roma explodiu em uma onda de reclamações teatrais, não interrompida nem com a visão da ammonizione - resultado: cartão vermelho e Reggina com um homem a menos!
Ah... se Lanzaro soubesse que o bianconero Domizzi iria cobrar o pênalti quase que nas estrelas...
Mas o cenário não foi completado até que, aos 16', o meia Barillà (abaixo contra Obodo - Laganà), ammonito no 1º tempo por causa de uma entrada violentíssima no chileno Sanchez, cometeu uma falta totalmente desnecessária no também chileno Isla (será perseguição?) em pleno campo ofensivo amaranto e foi fazer companhia ao seu capitão no vestiário, deixando o time do técnico Orlandi com apenas 9.
E foi com este panorama desolador que a Reggina cresceu e, abusando dos contra-ataques, chegou muito, mas muito perto mesmo, de um feito histórico.
Tudo começou aos 26', quando Brienza se livrou habilidosamente do goleiro Handanovic e chutou para marcar, mas teve o tento impedido espetacularmente por Domizzi em cima da linha. Depois, embora a Udinese tenha chutado uma bola na trave aos 28', foi de Brienza a melhor chance, com o piccolo fantasista permitindo grande defesa de Handanovic aos 31'.
Mas o destino da partida (e provavelmente do time calabrês) foi efetivamente selado aos 38', quando Handanovic defendeu o pênalti sofrido por Vigiani e cobrado por Brienza, herói da última salvezza do clube amaranto. Aí, nos minutos finais, o avante Floro Flores realizou uma doppietta nada muito exuberante (em ambos os gols, o atacante natural de Nápoles precisou de mais de uma tentativa para marcar) que acabou escrevendo o placar final do cotejo.
* Que, dentre as 10 transferências mais caras do futebol mundial em todos os tempos, 7 tiveram equipes italianas envolvidas?
* Que a transferência do francês Zinedine Zidane (à direita com a camisa bianconera - Getty Images) da Juventus para o Real Madrid em 2001, avaliada em 75 milhões de euros, foi a mais cara da história até a presente data?
* Que, destas 10 transferências milionárias, 3 (a do argentino Hernán Crespo do Parma para a Lazio em 2000 por 51 milhões de euros; a de Christian Vieri da Lazio para a Internazionale em 1999 por 48 milhões de euros e a de Gianluigi Buffon do Parma para a Juventus em 2001 por 47 milhões de euros) foram transferências internas do Calcio?