Se como treinador o alemão Lothar Matthäus ainda não demonstrou seu valor, como jogador foi um dos melhores de sua geração. E que geração! Na Serie A, por exemplo, Matthäus comandava uma ótima Internazionale que tinha como principais rivais a Juventus de Baggio, o Milan de Gullit e o Napoli de... Maradona!
Nascido em Erlangen, na Baviera, em 21 de março de 1961, Matthäus (foto à esquerda -
Calderoni) surgiu no Borussia Mönchengladbach em 1979, onde ficou até a temporada 1983/1984, totalizando 162 jogos e 36 gols na Bundesliga.
Neste período, também chegou à Nationalmannschaft com a qual foi campeão da Eurocopa de 1980 e chegou à final da Copa do Mundo de 1982, perdida para a Itália.
Contratado pelo poderoso Bayern München, o meia de baixa estatura para os padrões germânicos (1,77 m) conquistou 3 títulos alemães consecutivos entre 1985 e 1987 antes de se transferir à Internazionale de Milão em 1988.
Porém, antes de chegar à Itália, Matthäus foi ao México com o selecionado alemão para participar da Copa do Mundo de 1986, onde mais uma vez foi vice-campeão, tendo perdido a final para a Argentina de
Dieguito por 3 x 2.
Dono de um fortíssimo chute e um ótimo articulador de jogadas, Matthäus conquistou o scudetto logo em sua 1ª temporada na Inter (foto à direita - Calderoni). Sob o comando de Giovanni Trapattoni, a Inter da temporada 1988/1989, que tinha uma defesa composta por Zenga, Bergomi, Ferri, Mandorlini e Brehme, além de conquistar o título italiano, bateu vários recordes do Calcio (maior número de pontos e maior número de vitórias em um campeonato, por exemplo).
Na temporada seguinte, com o acrobático Klinsmann (com quem Matthäus cortaria relações posteriormente) no lugar do argentino Ramon Diaz compondo o trio todo alemão de estrangeiros da Internazionale, a equipe de Milão terminou o campeonato apenas no 3º lugar, atrás do Napoli de Maradona e Careca e do Milan holandês de Gullit, Rijkaard e Van Basten.
Mas na Copa do Mundo disputada na Itália, em 1990, Matthäus (foto ao lado -
Fumagalli) conduziu de forma extraordinária a Alemanha Ocidental para mais uma final e, desta vez, superou a Argentina de Maradona com um gol do também
interista Brehme quase no final da partida, tendo levantado a Taça Fifa no Olimpico de Roma e deixando ao argentino as lágrimas.
Outra 3ª colocação da Inter na temporada 1990/1991, quando o Panzer Matthäus estabeleceu seu recorde de gols na Serie A - 16, ficando atrás apenas do capocannoniere do torneio, Gianluca Vialli, que realizou 19 tentos no ano do único scudetto da Sampdoria.
As suas ótimas atuações valeram para a Inter a Copa U.E.F.A. de 1991 e para Matthäus o prêmio de World Player of Year da F.I.F.A.
A última temporada de Matthäus na Itália (1991/1992) foi pífia - a Inter terminou apenas em 8º, tendo o alemão feito apenas 4 gols em 27 partidas.
Contundido, Matthäus não participou da Euro 92, onde o selecionado alemão terminou como vice-campeão.
Dito como acabado, o então capitão do selecionado alemão voltou à Baviera, tendo conquistado mais 4 títulos alemães com o Bayern antes de vestir a camisa do MetroStars dos Estados Unidos, onde encerrou sua carreira de atleta em 2000.
Matthäus também disputou as Copas do Mundo de 1994 e 1998, atuando como líbero, posição que adotou com o avanço da idade, sendo o jogador que atuou em mais jogos em mundias - 25, além de ser o atleta com maior número de presenças na seleção alemã - 150!
Como treinador, Matthäus já treinou o Rapid Wien da Áustria, o Partizan Beograd da Sérvia, a seleção húngara e até o Atlético Paranaense, estando, atualmente, no Red Bull Salzburg da Áustria com seu antigo técnico Giovanni Trapattoni.