O Jogo Da TV (I) - Milan x Roma

Acabou o tabu! A Roma, que não vencia o Milan em Milão há duas décadas (excluído o jogo da temporada 1987/1988, como explicado na coluna Match Clou - http://calcioseriea.blogspot.com/2006/11/match-clou-11-rodada-20062007.html), venceu o jogo por 2 x 1, com sensacional atuação de seu capitano Francesco Totti.

Foi um jogo bonito de se assistir, presenciado por mais de 55.000 pagantes, onde venceu uma Roma prudente (como previsto, Spalletti mandou a campo um 4-2-3-1) sobre um Milan sfortunato mas, sobretudo, pouco concreto.

Apesar de jogar sem um atacante natural (com Totti fazendo às vezes de finalizador), foi o time da Cidade Eterna que abriu o marcador, logo aos 7' do primeiro tempo, com uma splendida girata al volo de Totti, após passe de Taddei (que teve, mais uma vez, uma bela atuação).

O Milan tentou reagir logo de imediato, mas Gilardino estava numa giornata no, enquanto Ricardo Oliveira permanece sem demonstrar um futebol digno da camisa nº 7 rossonera (Ancelotti optou por começar com a dupla Gilardino - Oliveira em razão da evidente incompatibilidade do primeiro com Inzaghi). De qualquer maneira, nas vezes que chegou com perigo, Doni (ou o travessão, como em conclusões de Seedorf e Ricardo Oliveira) foi eficaz em impedir o gol, permitindo que as equipes fossem para o intervalo com o placar apontando 1 x 0 para a Roma.

No segundo tempo parecia que a história do primeiro ia se repetir, salvo um bólido de Totti desviado por Dida, com o Milan dominando as ações. Tanta insistência é recompensada, aos 11', com um grandíssimo tiro, Brocchi (substituto do lesionado Gattuso) empatou a partida (foto acima - Inside).

Não sendo o empate bom para nenhuma das equipes, em seguida Spalletti trocou Perrotta por Aquilani e Ancelotti sacou Gilardino e colocou Inzaghi.

As alterações surtiram efeito, em especial a realizada por Spalletti, vez que Aquilani deu novo ânimo ao meio de campo da Roma, tendo obrigado Dida a grande defesa, seguido de um chute na trave de Totti. E aos 38' o golpe fatal - Aquilani lança Mancini que assiste Totti, no centro da área, fulminar Dida com uma cabeçada indefensável - 2 x 1 para os visitantes!

O Milan ainda tenta: nos acréscimos Inzaghi coloca a bola dentro do gol defendido por Doni, mas é marcado impedimento e o jogo termina com a vitória romanista, deixando o Milan numa ainda mais amarga crise.

E essa crise, consubstanciada por 3 derrotas seguidas na Serie A, apenas evidencia alguns fatos que já eram conhecidos: o Milan, envolto com o risco do rebaixamento à Serie B no interregno das temporadas, não atuou no mercado quando e como deveria, enquanto vários de seus pilares sentem o peso da idade - se Maldini atuou bem (e acrescentou novo recorde a sua invejável lista - o de o jogador que mais atuou no match disputado entre Milan e Roma), Cafu sequer jogou (e Simic, apesa de bom jogador, não é o lateral que o Milan precisa). Ademais, a insuficiência do ataque é algo clamoroso - Ricardo Oliveira, Inzaghi e Gilardino marcaram apenas 1 gol, cada, nas 11 primeiras rodadas da temporada!

Já a Roma continua demonstrando capacidade de concorrer ao título, ainda que possuídora de um elenco limitado (dependerá muito de seus principais jogadores não sofrerem com contusões).

A seguir, o tabellino do jogo:

Milan: Dida; Simic, Nesta, Maldini, Jankulovski; Brocchi, Pirlo, Seedorf, Kaká; Ricardo Oliveira (76' Borriello), Gilardino (63' Inzaghi). All. Ancelotti.

Roma: Doni; Panucci, Mexes (77' Ferrari), Chivu, Tonetto; De Rossi, Pizarro, Taddei, Perrotta (61' Aquilani), Mancini (87' Cassetti); Totti. All. Spalletti.

Gols: 7' Totti, 56' Brocchi, 83' Totti.
Árbitro: Messina.
Cartões amarelos: De Rossi, Ricardo Oliveira, Brocchi, Mancini e Pizarro.

Match Clou - 11ª Rodada 2006/2007

O jogo mais importante da 11ª rodada da temporada 2006/2007 da Serie A - que será realizada nesse final de semana - ocorre no sábado: Milan x Roma, no Giuseppe Meazza (San Siro como preferem os milanistas).

E põe importante nisso, pois a equipe rossonera de Milão está nada menos que 17 pontos atrás dos líderes Internazionale e Palermo (que possuem 24 pontos cada), ou seja, ainda que não tivesse começado o campeonato com a penalização de 8 pontos, o Milan estaria muito distante dos expoentes da tabela.

Aliás, muitos já consideram que os rubro-negros estão fora da disputa do Scudetto, o que, obviamente, não é a opinião do treinador Carlo Ancelotti (que, curiosamente, teve sua ótima carreira de jogador dividida entre Roma e Milan), que afirmou considerar o tima da capital um adversário difícil, "ma può essere una grande opportunità per ritrovare il passo giusto in campionato, perché è la partita che deve servire a interrompere questo trend negativo".

E é bom Ancelotti agarrar essa opportunità, pois muitos em Milão já colocam o técnico campeão da Copa do Mundo de 2006 - Marcello Lippi - em seu lugar na próxima temporada...

Ocorre que a atual situação do Milan não pode ser (totalmente) creditada na conta de Ancelotti (foto ao lado - Buzzi). É verdade que este está em sua 5ª temporada seguida à frente da equipe, o que já acarreta algum desgaste, mas é evidente que o elenco da equipe de Milão precisa de reforços e, principalmente, ser rejuvenescido. Jogadores como Cafu, Costacurta e Maldini já sentem há algum tempo o peso da idade, e peças como Rui Costa, Stam e, principalmente, Shevchenko não foram repostas como deveriam.

Do outro lado, o treinador Luciano Spalletti está atravessando um ótimo momento da sua carreira, colhendo os frutos do seu competente trabalho à frente da Roma desde a temporada passada, e terá todo o seu elenco à disposição para a partida.

Mas, também já 4 pontos atrás dos líderes, a partida é crucial para avaliar as reais possibilidades da Roma.

De qualquer forma, o favoritismo para a partida ainda é do Milan, vez que, além de jogar em casa, o mérito de Spalletti reside, principalmente, em conseguir extrair de um elenco jovem numa sociedade com problemas financeiros, ótimos resultados e um belo futebol.

Para nós brasileiros, será uma excelente oportunidade de ver, de um lado, Dida, Cafu, Kaká e, quem sabe, Ricardo Oliveira (Serginho está contundido), e, do outro, Doni, Mancini e Taddei (todos menos badalados mas, à exceção de Kaká, em muito melhor forma).

Estatisticamente o Milan leva ampla vantagem, com 42 vitórias, 17 empates e apenas 12 derrotas nas 71 vezes que essas equipes jogaram em Milão (a Roma só leva vantagens no número de pênaltis convertidos - 11 a 10).

Aliás, a última vitória da Roma foi na temporada 1987/1988 e, ainda assim, no tapetão, vez que, no campo, o Milan ganhou por 1 x 0, gol de Virdis, com Ancelotti jogando no meio de campo rossonero e um jovem Costacurta no banco de reservas (Maldini, também muito jovem, jogou na lateral esquerda).

Caso Paolo Maldini atue no confronto de hoje, se tornará, isoladamente, o jogador que mais vezes atuou no confronto, já que atualmente, com 17 participações, encontra-se empatado com, nada menos, que Franco Baresi e Gianni Rivera!

Com o manto da Lupa quem mais jogou foi Guido Masetti - 13 vezes.

Por fim, merece destaque o fato do maior artilheiro do confronto ser o sueco Gunnar Nordahl, que anotou 7 tentos.

Para ler o que foi publicado nessa coluna na semana passada, acesse o link abaixo:

Nesse final de semana tem mais Calcio!

A 11ª rodada do primeiro turno da Serie A 2006/2007 ocorre no próximo final de semana.

Sábado estão previstos dois confrontos: Fiorentina x Atalanta (o artilheiro Luca Toni, melhor, foi convocado para a partida) e o clássico Milan x Roma, com transmissão às 17h20 pela Band.

No domingo ocorrerão os demais 8 encontros: Ascoli x Empoli, Catania x Livorno (ESPN Brasil às 12h00), Lazio x Udinese (ESPN no mesmo horário), Messina x Cagliari, Palermo x Torino (Band, sempre às 12h00), Sampdoria x Torino, Siena x Reggina e o jogo deferido Parma x Internazionale.

Com tanta opção, quem quiser assistir jogadores brasiliani em ação, além do jogo de Milão (onde está previsto que 06 iniciarão jogando), deve escolher entre Lazio x Udinese (o zagueiro Cribari, da Lazio, está suspenso, mas devem jogar Felipe - atenção Dunga - e Barreto pela Udinese) e Palermo x Torino (Fábio Simplício e Amauri são titulares do time da Sícilia), vez que o simpático embate entre Catania e Livorno não deverá contar com nenhum brasileiro iniciando (o zagueiro César, do Catania, está machucado, enquanto César Prates e Paulinho, ambos do Livorno, devem começar esquentando o banco).

Outra boa pedida é a transmissão de Juventus x Pescara, válido pela Serie B, pela ESPN Brasil nesse sábado às 13h00!

Campione Azzurro - Gianluigi Buffon

A cada sexta-feira pretendo discorrer sobre a carreira na Azzurra de um determinado jogador. E nessa primeira semana, nenhum personagem poderia ser mais atual que Gianluigi Buffon, vez que o atual camisa 1 da seleção italiana é considerado o melhor goleiro em atividade no mundo e é forte candidato ao Pallone D'Oro, como os italianos denominam o prêmio anual concedido pela revista France Football ao melhor jogador do mundo.

Caso Buffon seja realmente o vencedor do Ballon d'Or France Football (nome oficial do prêmio), no próximo dia 27, além de suceder a Ronaldinho Gaúcho, terá a honraria de ser apenas o 2º goleiro agraciado, já que, até hoje, em 50 anos, o único portiere merecedor de tal prêmio foi o lendário Lev Yaschin.

Logicamente, ainda que não seja o grande favorito (se é que há um esse ano), conta a favor de Buffon o fato da Itália ter sido campeã na última Copa do Mundo e do arqueiro ter sido um dos principais artífices de tal campanha, além, é óbvio, de contar com a torcida da Itália ao seu lado (vide capa da última edição da revista Guerin Sportivo, ao lado).

De qualquer forma, os números da carreira de Gianluigi Buffon são extraordinários.

Nascido em Carrara, em 28 de janeiro de 1978, numa família de esportistas (sua mãe foi dezessete vezes campeã italiana de lançamento de disco, além de outras três vezes na modalidade arremesso de peso, enquanto seu pai chegou a disputar um Europeu Juniores de arremesso de peso e suas duas irmães integraram a seleção feminina italiana de vôlei), com 17 anos já estava no time principal do Parma, tendo estreiado na Serie A em 19.11.1995 contra o Milan (o jogo terminou 0 x 0 e o ataque do time rossonero era composto, simplesmente, por Baggio e Weah!).

Logo em seguida (sua estréia foi em 20.12.1995), Buffon passou a defender a meta da chamada squadra nazionale giovanile italiana (para jogadores até 21 anos), onde foi campeão europeu da categoria (como reserva), num time que tinha, dentre outros, Panucci, Cannavaro, Nesta e Totti.

Não tardou muito a convocação e a estréia na seleção principal, que ocorreu no dia 29.10.1997, em Moscou (face a Rússia), em jogo válido pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1998, substituíndo o titular Pagliuca aos 33' do primeiro tempo.

Daí em diante, foram outras 70 partidas pela Azzurra (foto ao lado - Borsari), com participações nas Copas de 1998 (como 2º goleiro), 2002 e 2006.

E o Mundial de 2006 foi realmente especial para Buffon, tendo o arqueiro atuado brilhantemente (a revista Guerin Sportivo chegou a propor: "facciamogli un monumento"), sofrendo apenas 2 gols durante toda a competição - um contra e outro de pênalti!

Aliás, Buffon foi o único goleiro que figurou na lista da F.I.F.A. (lista esta que, na verdade, não merece muita credibilidade) concorrendo para o prêmio de melhor jogador da Copa do Mundo de 2006 (que terminou concedido ao cabeçudo Zidane), tendo sido fundamental (foi eleito, com justiça, o melhor em campo) na mais difícil e crítica partida enfrentada pela Itália na campanha - contra a Austrália.

Na oportunidade (vide abaixo - Guerin Sportivo), Buffon foi fundamental para evitar o que seria uma prematura desclassificação da seleção italiana.

E, com certeza, essa história não termina aqui, pois, com apenas 28 anos, Buffon ainda escreverá muitos capítulos na Azzurra.

E Na Copa ...

A Copa Itália continua sendo o patinho feio do Calcio. Somente isso para justificar irrisórios 1.833 espectadores em um jogo do Milan no San Siro. Aliás, o time mandado a campo por Ancelotti, com apenas dois titulares, bem evidencia a importância da competição: Kalac; Cafu, Bonera, Costacurta, Favalli; Lunati, Brocchi, Gourcuff, Seedorf; Borriello, Ricardo Oliveira.

E o primeiro tempo terminou 2 x 0 - para o Brescia! Infelizmente, além da embaraçosa atuação do goleiro australiano Kalac (reserva também na seleção dos Soccerros), Ricardo Oliveira também teve uma péssima jornada.

Para piorar as coisas para o ataquante brasiliano, após sua substituição (aos 14' do segundo tempo), o Milan fez 4 gols (Borriello marcou duas vezes e Brocchi e Inzaghi uma cada um) e definiu o placar do jogo.

Nos outros jogos da quarta válidos pela Copa Itália, Reggina e Chievo empataram em 2 x 2, o Arezzo superou o Livorno por 2 x 1, o Empoli venceu o Genoa por 1 x 0, mesmo placar de Sampdoria - Palermo, enquanto a Roma bateu a Triestina por 2 x 1 em Trieste (destaque para a doppietta de Vincenzo Montella).

Completando os jogos de ida das oitavas de final, nessa quinta-feira, o Napoli com um ataque composto por um brasileiro (Piá) e um argentino (Sosa), perante cerca de 12.000 pagantes, bateu um Parma formados por jovens valores comandados pelo veterano Fernando Couto (e utilizando um uniforme inédito) por 1 x 0, enquanto a Internazionale superou o Messina, fora de casa, também pelo placar mínimo.

O jogo disputado no San Filippo também apresentou um público muito bom, cerca de 18.000 espectadores, que viram a segunda linha da Inter superar o Messina com uma bela cobrança de falta do 'El Jardinero' Julio Cruz, aos 40' do primeiro tempo. (foto ao lado - Omega).

Os jogos de volta vão ocorrer no próximo dia 29 e no dia 06 de dezembro.

Memorabilia - Zico

Nessa coluna, pretendo abordar a carreira, com enfâse na Serie A, de jogadores que já encerraram a carreira mas não foram esquecidos pelos torcedores.
Merecedor do destaque da estréia é um craque de nome Arthur Antunes Coimbra, detto Zico.
Nascido em 03 de março de 1953 no Rio de Janeiro, Zico teve uma passagem fugaz, porém destacada na Serie A (foto ao lado - Zucchi).
No dia 1º de junho de 1983 a imprensa italiana noticia: a Udinese, um clube apenas de mediana expressão, havia contratado o miglior giocatore al mondo. Ocorre que, em seguida, a Federação Italiana veta a contratação, sob o argumento de que a Udinese não teria como garantir a operação financeira (a maior até então no futebol italiano). Decorre daí uma verdadeira revolução do povo friulano, que chega a afirmar "ou Zico ou a Áustria", em referência ao fato da região ter sido controlada por este país até meados do século XIX.
No final, a Federação autoriza o tesseramento de Zico pela Udinese, que é recebido por mais de 2.000 pessoas no aeroporto e significa 26.611 abbonati para o clube na temporada.
O time, com Edinho na zaga, Causio e Mauro no meio de campo, Zico e o então jovem Virdis no ataque, parte bem, chega a ocupar colocações de vértice, mas no dia 08 de março de 1984, em um amistoso disputado em Brescia, perde o 'Galinho' por contusão por cinco rodadas. E pior, quando volta, Zico não consegue reeditar as belas atuações e a Udinese, da 3ª colocação, termina na 9ª.
Contudo, Zico totalizou 19 tentos na temporada, apenas um a menos que o cannoniere Michel Platini, que atuou em 28 partidas (contra 24 de Zico) pelo time campeão - a Juventus.
Na temporada seguinte as excelentes atuações não se repetem, Zico joga apenas 16 vezes, tem problemas musculares e a Udinese termina numa modesta 12ª colocação, dentre apenas 16 clubes.
Pior, Zico é acusado e vem condenado por crimes fiscais, deixando a Itália para voltar ao Brasil.
De qualquer maneira, até os dias atuais Zico é reverenciado em Udine, onde a torcida, mais de 20 anos depois, ainda estende uma faixa em sua homenagem sempre que há jogo no Stadio Friuli, lembrandos jogadas e cobranças de faltas como a abaixo (foto Briguglio).

Especulações Da Semana

Como transações só serão efetivamente possíveis no próximo ano, em janeiro, com a abertura do chamado mercado de inverno, temos que nos contentar com especulações (normalmente produzidas apenas para vender jornais ou, principalmente, render visitas a sites especializados).

E, assim, bastou que Cassano (foto acima - Altavista) tivesse um desentendimento com seu técnico Capello, no Real Madrid, para que a imprensa especulasse seu retorno à Serie A, sugerindo uma transferência para a Internazionale, para o Milan ou até mesmo para o pobre Napoli, atualmente relegado à Serie B, além, é claro, de um 'clamoroso' retorno à Roma.

Ocorre que, menos de uma semana após o desentendimento, já é noticiado que o técnico friuliano poderá perdoar seu pupilo.

Aliás, falando em Real Madrid, a equipe merengue estaria interessada em Philippe Mexes ou em Cristian Chivu, ambos da Roma, para reforçar a defesa, e em Dejan Stankovic, da Internazionale, para o meio de campo.

Parece que todo procurador que almeja renovar o contrato de seu assistido afirma que foi contactado por Ramón Calderón, o todo-poderoso presidente do Real Madrid.

Outra equipe que não passa uma semana sem restar envolvida em uma suposta transação é a Internazionale, dessa vez, Figo voltaria para Portugal e seria subsituído por Beckham, que não está bem no ... Real Madrid.

Também Emerson estaria desejoso de deixar Madrid para ir para Milão - sponda Milan.

O Milan ainda estaria interessado em Kerlon (do Cruzeiro) e nos argentinos Palacio, Higuain e Gago, que também estaria na mira do ... Real Madrid.

Ahhh ... faltou o zagueiro Alexis, do Getafe (alguém já viu jogando?).

Deixando as estrelas de lado, o Catania está interessado em contratar Suazo - não o atacante hondurenho do Cagliari e sim o homônimo Humberto -, conhecido como 'Chupete', atacante do Colo Colo e da seleção chilena.

Especulações internas envolvem a Fiorentina, que estaria interessada no tetracampeão Barzagli, atualmente no Palermo, tendo como opções Felipe e Zapata da Udinese, ou ainda Canini do Cagliari.

Franco Semioli é um vero uomo mercato - estaria sendo pretendido por Palermo e Roma.

Apesar de ser reserva no 'ótimo' Torino, Abbruscato pode (ria) ir para a Roma.

De qualquer forma, de concreto mesmo, apenas o fato da Lega Calcio não ter reconhecido o vínculo do veterano Luigi Di Biagio (azzurro na Copa de 1998) com o Ascoli, em razão da resolução do jogador com o Brescia (seu último clube) ter sido depositada na liga apenas em 5 de julho, quando o prazo derradeiro era o dia 30 de junho.

Assim, Di Biagio no Cino e Lillo Del Duca (estádio do Ascoli) só no ano que vem! Até lá, fiquemos com Di Biagio no Brescia (foto ao lado - Ap).

Momento Panini - Sergio Bernardo Almiron

Nessa sessão, o intuito é realizar, semanalmente, a apresentação de um jogador que esteja atuando (ou tenha atuado) na Serie A italiana, acompanhada de figurinhas do álbum Calciatori, da editora Panini.

O escolhido dessa primeira semana é o argentino Sergio Bernardo Almiron, que completa 26 anos nesse dia 07 de novembro (nasceu em 1980).

Centrocampista habilidoso, mas pegador (está mais para um Mascherano do que para um Riquelme, por exemplo), Almiron chegou na Itália em 2001, contratado pela Udinese (figurinha acima) junto ao Newell's Old Boys, sem grande alarde.

Após duas temporadas num tom menor (tendo disputado apenas 12 partidas na Serie A), foi emprestado ao Verona, na Serie B, onde fez 16 partidas e 1 gol.

Porém, parece que sua maturidade futebolística somente ocorreu na temporada 2004/2005 quando, já jogando pelo Empoli, fez 28 jogos e 6 gols na Serie B, tendo contribuído largamente para o retorno da equipe à Serie A.

De volta à máxima divisão do futebol italiano (figurinha abaixo), foi um dos artífices da campanha que levou o modesto Empoli ao 11º lugar (sem computar as penalizações sofridas por outras equipes) na temporada 2005/2006, tendo jogado 37 dos 38 jogos da equipe e ainda marcando 6 gols, que é um número considerável para um meio-campista de um time que luta para evitar o descenso.

Alto 1,80 m, o jogador natural de Santa Fé acabou atraindo as atenções do selecionador argentino, como também de times do calibre da Internazionale, mas permaneceu, para a temporada em curso, no Empoli, onde é um titular importante sob o comando do técnico Luigi Cagni.

'B' Em Pílulas

* O confronto entre Napoli e Juventus terminou 1 x 1, encerrando, dessa forma, a série de 8 vitórias consecutivas do time de Turim, que encontra-se na 4ª colocação da Serie B, não obstante a penalização recebida;

* O gol marcado pelo napolitano Bogliacino (acima - Fotoagenzia) interrompeu a invencibilidade de mais de 700 minutos de Buffon na Serie B;

* O líder Genoa apenas empatou com o Crotone em casa por 1 x 1, com gol do brasileiro Adailton, que chegou a 6 tentos na temporada;

* O artilheiro da Serie B é Bellucci, do Bologna, com 7;

* Federico Giampaolo, do Crotone, com 3 gols em 4 partidas, é o jogador com melhor média de gols por partida, seguido do francês Trezeguet, que fez 5 gols em 7 partidas;

* O uruguaio Valdez, do Treviso, recebeu 5 cartões amarelos e 2 vermelhos em 8 partidas, no que é acompanhado de perto pelo belga Baseggio, seu companheiro de clube (e também de indisciplina), com 5 amarelos e 1 vermelho em 7 partidas;

* O lanterna da Serie B é o Arezzo, que demitiu o técnico Antonio Conte (ex-capitão da Juventus).

Panorama Da Rodada

A 10ª rodada da temporada 2006/2007 não foi das mais prolíficas - apenas 20 gols, o que dá uma média de 2 gols por partida. E o ápice da tabela também não sofreu alterações, vez que os líderes - Internazionale, Palermo e Roma - ganharam suas partidas. Modificação, somente a partir do 4º lugar, onde a Atalanta desbancou o Siena.

Além do jogo da Inter, objeto de comentários na coluna 'O Jogo Da TV', a rodada foi completada com as seguintes partidas: Atalanta 2 x 0 Milan; Chievo 0 x 0 Cagliari; Empoli 1 x 1 Lazio; Livorno 1 x 0 Udinese; Palermo 2 x 0 Sampdoria; Reggina 0 x 1 Catania; Roma 3 x 1 Fiorentina; Siena 2 x 2 Parma e Torino 1 x 1 Messina.

A grande surpresa da rodada foi realmente a vitória do Atalanta sobre o Milan, que vê cada vez mais distante a disputa pelo Scudetto, ainda que o caminho seja longo o suficiente para uma recuperação. De qualquer maneira, é certo que a derrota desse final de semana foi merecida, já que o Atalanta, com uma formação equilibrada proposta pelo técnico Colantuono, dispondo de um renovado Doni regendo o meio de campo e do competente Ventola no ataque (foto abaixo - Reuters), conseguiu domar a equipe rossonera e conquistar três pontos importantes. No Milan, Kaká, que sofreu marcação homem-a-homem, ainda foi eleito o melhor jogador da semana pela Gazzetta dello Sport (muito mais pela sua atuação na Champions League, é óbvio), mas o resto não funcionou, especialmente o meio de campo, onde o regista Pirlo decepcionou, e a dupla de ataque composta por Gilardino e Inzaghi. Para piorar, o Milan ainda terminou a partida com apenas 10 homens, vez que Gattuso se machucou após o allenatore Ancelotti ter realizado as três substituições permitidas. De qualquer maneira, é importante destacar que o Milan deixou Bergamo reclamando da arbitragem conduzida por Tiziano Pieri.

O cotejo entre Chievo e Cagliari, terminado 0 x 0, não merece mais do que essas poucas linhas, vez que foi uma partida sem qualquer emoção, bastando salientar que o Chievo, com esse empate, conseguiu seu primeiro ponto em seus domínios nessa temporada.

Empoli e Lazio fizeram uma partida com mais emoção, com os toscanos empatando, no final, uma partida que parecia perdida, até porque em inferioridade numérica. Ao gol de Pandev respondeu Vanucchi, em belíssima conclusão que entrou no ângulo da meta defendida por Peruzzi.

O Livorno, prosseguindo em sua bela campanha, venceu por 1 x 0 a Udinese, com gol do atacante marfinense Bakayoko. A partida não foi das melhores e o resultado foi condicionado pela expulsão de Di Natale momentos antes do gol decisivo. Merece destaque o fato do brasileiro apelidado Schumacher (cujo nome é Thiago Maier dos Santos) ter estreiado nas fileiras da Udinese.

Já o co-líder Palermo fez sua lição de casa e superou a Sampdoria por 2 x 0, tentos de Corini e Zaccardo. Aliás, o time da ilha da Sicília está demonstrando que tem competência para brigar pelo título até o final, ainda mais porque não sofrerá o desgaste natural da disputa concomitante da Champions League. Pretendo explorar melhor o tema em outra oportunidade, mas o time comandado por Guidolin é muito certinho e bem balançeado, começando por um bom goleiro (Agliardi, atualmente machucado, mas bem substituído pelo veterano Fontana), uma defesa consistente (contando com os tetracampeões Barzagli e Zaccardo), um meio de campo combativo e, ao mesmo tempo, criativo, onde se destacam o brasileiro Fábio Simplício e o trio pelati - Guana, Corini, Bresciano -, bem como um ataque onde Di Michele e Amauri se completam.

Por sua vez, o recém promovido Catania superou a Reggina, fora de casa, pelo placar mínimo, gol do atacante Corona. O resultado, porém, não foi merecido, vez que a Reggina fez uma boa partida, tendo o goleiro Pantanelli, do Catania, feito pelo menos 4 grandes defesas. De qualquer maneira, como futebol é bola na rede, os sicilianos alcançaram a marca de 13 pontos, enquanto a Reggina permanece na última colocação, principalmente fruto da penalização de 15 pontos sofrida antes do início do campeonato.

Roma e Fiorentina fizeram uma partida digna da expectativa gerada, com o time da Cidade Eterna conseguindo uma vitória por 3 x 1, de virada. É verdade que a Fiorentina jogou sem seu principal jogador, o artilheiro Toni, mas a Roma conseguiu impor seu melhor futebol e até deu espetáculo no final. O destaque da partida foi o brasileiro Rodrigo Taddei, autor dos dois últimos gols da Roma (o primeiro foi do meio-campista De Rossi). Particularmente, acredito que a Roma tem boas possibilidades de conseguir o título da temporada, desde que não continue perdendo alguns de seus principais jogadores por contusões, já que não tem um elenco capaz de suprir ausências como a de Totti na temporada passada. Aliás, tanto o time da capital italiana quanto a Fiorentina precisariam de poucas, mas boas, contratações para ficarem equiparadas, em elenco, aos times de Milão.

Siena e Parma se enfrentaram no sábado e terminaram em 2 x 2, tendo a equipe visitante saído na frente com tentos de Morfeo e Budan, deixando a tarefa de empatar para o albanês Bogdani, que fez os dois gols do Siena - equipe revelação desse início de temporada.

Por fim, Torino e Messina empatatam em 1 x 1, com gols do chileno Cordova para os visitantes e de Stellone para a equipe de Turim.

A classificação atualizada é a seguinte, tendo como critérios de desempate o saldo de gol e o número de gols feitos e sempre lembrando que Siena (-1), Lazio (-3), Milan (-8), Fiorentina (-15) e Reggina (-15) sofreram penalizações: 1º Internazionale (24 pts); 2º Palermo (24); 3º Roma (20); 4º Atalanta (16); 5º Siena (16); 6º Livorno (16); 7º Udinese (13); 8º Messina (13); 9º Catania (13); 10º Empoli (12); 11º Cagliari (10); 12º Sampdoria (10); 13º Lazio (9); 14º Torino (8); 15º Parma (8); 16º Milan (7); 17º Ascoli (4); 18º Chievo (3); 19º Fiorentina (0) e 20º Reggina (-3).

O Jogo Da TV - Internazionale x Ascoli

Nessa rodada (a 10ª), optei por assistir a transmissão da Bandeirantes em detrimento da ESPN, que tem a minha preferência normalmente. Isso porque queria ver a badalada Internazionale em ação, ainda mais contra o simpático Ascoli (time que não tenho muita oportunidade de assistir). Também contou o fato da ESPN ter transmitido o jogo do Torino (contra o Messina), vez que acompanhar a atual equipe do Toro tem me dado desgosto.
Foi bom, mas a Inter jogou apenas para o gasto. Se a formação mandada a campo ainda não me parece a ideal, o conjunto (assim como os resultados) está começando a aparecer para o time comandado por Roberto Mancini.
De qualquer forma, o jogo não foi fácil - a Inter até que dominava as ações, mas o primeiro gol só saiu nos minutos finais da etapa inicial, após bela jogada individual de Ibrahimovic, que tocou dentro da área para o argentino Crespo, meio sem querer, encontrar seu compatriota e capitão Zanetti (foto ao lado - Afp) que, como um verdadeiro matador, empurrou para dentro da meta defendida (e bem) pelo veterano Pagliuca.
Com esse gol, Javier Zanetti, já uma verdadeira bandiera da Internazionale, chegou a 11 na Serie A, em 360 jogos.
No segundo tempo, logo em seu início, o craque português Figo (que para mim deveria ser titular), recém entrado no lugar do tetracampeão Grosso, fez uma bela jogada pela lateral (poderia ser por algum outro lugar do campo?) e cruzou para Crespo, que, porém, foi antecipado pelo zagueiro Cudini na tarefa de marcar - no caso, contra!
Infelizmente, para o jogo, em seqüência o mediano (meio-campista) e capitão do Ascoli, Michele Fini, perdeu um pênalti cometido pelo brasileiro Maicon (explendidamente defendido por Julio Cesar), o que permitiu a Inter cozinhar a partida até o seu final (é verdade que tanto Julio Cesar, em oportunidades do croata Bjelanovic e do italiano Paolo Zanetti, quanto Pagliuca, em finalizações de Crespo, Maicon e Ibrahimovic, fizeram grandes defesas).
De qualquer maneira, a Inter segue líder da Serie A, ao lado do Palermo, com 24 pontos, 4 a frente da Roma.
Porém, particularmente, como anteriormente referido, acredito que o time escalado pelo Mancini ainda não é o ideal (como o elenco, apesar de milionário), já que um meio de campo formado por Javier Zanetti, Vieira, Dacourt e Stankovic é carente de criatividade. Pode estar dando para o gasto, mas vejo o mesmo abaixo de centros nevrálgicos de outras grandes equipes européias, inclusive italianas.
Por fim, acredito que Adriano, recuperando a forma, tem lugar cativo no ataque da Inter, já que, apesar de extremamente habilidoso, o sueco Zlatan Ibrahimovic não me agrada por seu temperamento e insistência em não jogar de forma simples.

Eis o tabellino da peleja:

Inter: Julio Cesar; Maicon, Cordoba, Samuel, Grosso (53' Figo); J. Zanetti, Vieira, Dacourt, Stankovic (77' Gonzalez); Ibrahimovic, Crespo. All. R. Mancini.

Ascoli: Pagliuca; Nastase, Minieri, Cudini, Lukovic (80' Perulli); Giampà (53' Gotti), P. Zanetti, Galloppa, Fini, Skela (54' Paolucci); Bjelanovic. All. Tesser.

Gols: 41' J. Zanetti, 53' Cudini (contra).

Árbitro: Banti

Cartões amarelos: Crespo, Maicon, Samuel, Stankovic, Fini e Minieri.