Após 4 temporadas no Napoli,
El Pampa Sosa fez sua última partida perante seus
tifosi no último dia 11, quando a equipe
partenopea humilhou o Milan por 3 x 1 e
Pampone saiu carregado nos ombros perante mais de 50.000
spettatori em total delírio.
Mas o que fez um atacante tipo tanque virar ídolo de uma torcida acostumada com o virtuosismo de Maradona, além da natural adoração por qualquer futebolista proveniente dos Pampas?
Roberto Carlos Sosa nasceu aos 24 de janeiro de 1975 em Santa Rosa, capital da província de La Pampa, quase no centro do território argentino, tendo crescido nas divisiones menores del club Gimnasia y Esgrima de La Plata, com o qual fez sua estréia na máxima divisão do futebol argentino, realizando já 5 gols nas 9 partidas que disputou em sua primeira temporada.
Depois, com 17 tentos anotados no
Clausura de 1998 (que somados aos 12 realizados no
Apertura o fizeram o maior goleador daquele ano na Argentina), Sosa se tornou um
pezzo pregiato per i grandi club europei e acabou assinando, depois de uma longa tratativa, com a Udinese por US$ 7,5 milhões.
Apesar da difícil missão de substituir o
capocanonniere da edição anterior (o alemão Oliver Bierhoff) no ataque
friulano, Sosa conseguiu se adaptar com rapidez e realizou 11 gols em sua temporada de estréia na Serie A (figurinha à direita), colaborando ainda com diversas assistências para que o brasileiro Amoroso terminasse o torneio como artilheiro (com 22 gols) e a Udinese classificada à Copa U.E.F.A.
Porém, dono de um pé pouco refinado, às vezes lento, capaz de erros clamorosos sob a porta, já no campeonato seguinte Sosa não era unanimidade no Friuli e boa parte dos torcedores da Udinese eram favoráveis a cessão do atacante.
Mas, jogador muito voluntarioso, daqueles para os quais não há bola perdida, temibile sui calci piazzati e bravo nel colpire di testa, El Pampa deu a volta por cima e foi um dos poucos que se salvaram na péssima campanha friulana no campionato 2000/2001, quando a Udinese permaneceu na Serie A por muito pouco, mas Sosa anotou 15 dos 49 gols da equipe.
A temporada seguinte - 2001/2002 - foi ainda pior para a Udinese, que terminou o campeonato na 14ª colocação (a última antes da zona do rebaixamento), com Sosa realizando apenas 2 gols, embora muito prejudicado por uma séria contusão que o afastou dos gramados por longo período.
Na reformulação que naturalmente se sucedeu em Udine para a stagione vindoura, o novo treinador Spalletti não julgou Sosa mais como indispensável, principalmente após a chegada do alemão Carsten Jancker (vindo do Bayern München), cedendo o argentino ao Boca Juniors, onde chegou com cartaz para susbtituir o ídolo Martín Palermo.
Sem encontrar seu melhor futebol, Sosa deixou o Boca sem marcar um único gol e transcorreu o Apertura de 2003 no Gimnasia La Plata, pertinho de casa.
De volta à
Europa nell'estate del 2003, Sosa foi emprestado ao Ascoli, clube que defendeu na 1ª metade da temporada, passando em janeiro mesmo ao Messina, com o qual conquistou uma
storica promozione in Serie A.
Quando parecia que o Messina contrataria
El Pampa a títolo definitivo, eis que o atacante fez uma
scelta di vita, aceitando a oferta do Napoli, então repartindo da Serie C1.
E, ingressando na história como o 1º jogador
tesserato por um Napoli que renascia das cinzas, logo começou a relação de amor da fanática torcida
partenopea com
O Pampone!
Depois de uma tentativa fracassada, o Napoli e Sosa retornaram à Serie B no campeonato 2006/2007 (neste interregno o argentino ainda foi o último jogador a marcar um gol com a mítica camisa nº 10 do Napoli, em seguida aposentada) para, ao empós, conseguirem a promoção à A.
Por um desses maravilhosos acasos, o retorno de Sosa à máxima divisão do Calcio ocorreu exatamente em Udine, com o Napoli extrapolando ao fazer 5 x 0 na equipe bianconera em 02 de setembro último, tendo O Pampone realizado o último dos gols da partida.
Aquele gol, Sosa não comemorou por respeito aos seus antigos torcedores, mas, nos demais 5 que realizou na temporada (a figurinha ao lado é referente a stagione 2007/2008), esultou mostrando uma camiseta com a imagem de Maradona e a scritta "Chi ama non dimentica", verdadeiro cult em Nápoles.
Agora, não obstante o clamor dos tifosi napoletani pela permanência de Sosa na equipe, El Pampa resolveu retornar à Argentina, onde acertou novamente com o Gimnasia y Esgrima.
Um belo epílogo para um jogador que, se nunca chegou a vestir a camisa do selecionado argentino, soube conquistar seus torcedores com a alma.
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