O Jogo Da TV (Parte II) - Roma x Sampdoria

"Di potenza sotto la traversa? Rasoterra angolato? No. Francesco [Totti] è temerario e si concede una botta di vita regalando, con il Natale alla porte, un 'cucchiaio' coi fiocchi, che morbido gonfia la rete alle spalle di Castelazzi", ou, em uma tradução livre e contextual: "Com força logo abaixo do travessão? Rasteiro no canto? Não. Francesco [Totti] é ousado e realizou uma jogada extraordinária efetuando, nas vésperas do Natal, um leve toque sob a bola que, em parábola, suavemente estufou as redes às costas de Castelazzi" - assim a Gazzetta dello Sport descreveu aos seus leitores a magnífica cobrança de pênalti com a qual audaciosamente Totti abriu o marcador no jogo Roma x Sampdoria (à direita a imagem - Tedeschi).
Mas isto foi só aos 18' da 1ª etapa, quando a Roma, que começou muito devagar, errando muitos passes, finalmente se achou em campo.

Taticamente, Spalletti, per l'ultima dell'anno, renunciou a Mancini e postou Vucinic aberto na esquerda, com Totti no comando do ataque e Cassetti como ala destra, no lugar do outro brasiliano Taddei (indisponível com um problema no joelho direito), enquanto Mazzarri supreendeu lançando o ex laziale Franceschini (à esquerda contra Perrotta - Sampdoria), lateral de origem, como homem de ligação entre o meio de campo e o ataque formado pela torre Bonazzoli e pelo endiabrado Bellucci.
Depois do gol que abriu o marcador, a Roma, sem muita inspiração, passou a administrar a partida, enquanto a Samp não conseguiu aproveitar os espaços concedidos pela Lupa, demonstrando sentir muito a falta da fantasia de Cassano.

De qualquer maneira, a Sampdoria teve uma chance de ouro quando Lucchini chutou para fora, com Doni já batido, em uma cobrança de falta de Volpi aos 31', ainda do 1º tempo.

Na 2ª etapa, Spalletti determinou que Perrotta caísse mais pelos flancos e a Roma aumentou o ritmo de suas ações, levando perigo com o próprio Perrotta aos 9', em chute que Castellazzi desviou e ainda explodiu no travessão.

A Samp, acuada, passou a explorar, ainda mais, os contra-ataques, tendo em Maggio (à direita contra Tonetto - Sampdoria) sua principal válvula de escape, capaz de criar boas oportunidades, seja aparecendo como o próprio elemento surpresa ou servindo Bonazzoli, que teve de ser antecipado por Doni aos 11' para que o empate não ocorresse.

Porém, infelizmente para o prosseguimento da partida, o capitano

Volpi, già ammonito, aterrou Perrotta aos 12' e acabou indo para o chuveiro mais cedo.
Com um homem a mais, ficou fácil para a Spalletti's band gestir o resultado e, com Mancini no lugar de Vucinic, a Roma chegou perto do 2º gol.

No final, Mazzarri ainda lançou Sammarco no lugar de Franceschini e Caracciolo no de Bonazzoli, cabendo ao atacante a grande chance de surpreender a Roma aos 43', com Doni fazendo uma bela defesa em um tiro ravviciniato.

O ditado é claro: quem não faz, ..., e aí foi a vez de Totti aproveitar uma jogada de Cassetti e só empurrar para o fundo das redes e consolidar a merecida vitória romanista aos 45'.

Apito final e o tabellino ficou assim:

Roma: Doni; Panucci, Ferrari, Juan, Tonetto; De Rossi, Pizarro, Cassetti, Perrotta (81' Brighi), Vucinic (62' Mancini); Totti. All. Spalletti.

Sampdoria: Castellazzi; Campagnaro, Gastaldello (67' Accardi), Lucchini; Palombo, Volpi, Maggio, Pieri, Franceschini (62' Sammarco); Bellucci, Bonazzoli (77' Caracciolo). All. Mazzarri.

Gols: 18' Totti (pênalti), 90' Totti.

Árbitro: Gervasoni.

Cartões amarelos: Cassetti, Pizarro, Lucchini, Volpi, Gastaldello e De Rossi.

Cartão vermelho: Volpi.

O Jogo Da TV (Parte I) - Genoa x Parma

O Genoa não vencia desde o dia 07 de outubro (quando bateu o Cagliari por 2 x 0 pela 7ª rodada) e o Parma, em 7 partidas como visitante nesta temporada, só somara 2 míseros pontos... é, era de se esperar que o jogo deferido que abriu a 17ª giornata da Serie A, a última a ser disputada neste 2007, não fosse dos mais emocionantes.
E, efetivamente, a partida foi decidida em um pênalti cobrado por Borriello no finalzinho do 1º tempo (abaixo - Banchero) e que decretou o placar final - Genoa 1 x 0 Parma.

Antes da bola rolar, o treinador Gasperini até que tentou e revolucionou a escalação rossoblù, lançando o brasileiro Santos e os italianos De Rosa e Masiello na defesa e colocando o regista Milanetto no meio de campo, com o francês Konko ganhando a posição de ala de Fabiano, dato titolare alla vigilia.
Pior ainda para o atacante Di Vaio, que nem no banco ficou...

No Parma, o técnico Di Carlo repetiu os mesmos 11 que começaram na vitória de 3 x 0 sobre a Reggina na rodada anterior, com Couto preterido por Paci.

E foi exatamente o defensor de Fermo (comuna da província de Ascoli Piceno) que cometeu a penalidade máxima em Borriello e que foi decisivamente cobrada pelo próprio atacante, o mais lúcido rossoblù.
Na limitada equipe crociata, o mais ativo (mas nem tanto) foi o brasileiro Reginaldo (à direita contra seu connazionale Santos - Grazia Neri), que, por exemplo, aos 24' da 2ª etapa fez grande jogada antes de servir o meia Morrone, que concluiu em diagonal para belíssima defesa de Rubinho.

Em um confronto envolvendo um time spento e outro sterille, houve espaço até para o inusitado: na comemoração do gol anotado por Borriello, o meia Paro se chocou com seu companheiro Sculli (na foto mais abaixo contra Morrone - Zennaro) e teve que ser substituído!

Eis o tabellino:

Genoa: Rubinho; Santos, De Rosa, Masiello; Paro (46' Rossi), Milanetto, Masiello, Juric; Leon (77' Papa Waigo), Borriello, Sculli (86' Fabiano). All. Gasperini.

Parma: Bucci; Coly, Falcone, Paci, Zenoni (87' Dessena); Morrone, Cigarini, Pisanu, Gasbarroni (56' Matteini); Reginaldo (78' Paponi), Corradi. All. Di Carlo.
Gol: 43' Borriello (pênalti).

Árbitro: Girardi.

Cartões amarelos: Reginaldo, Juric, Gasbarroni, Masiello, Cigarini, Borriello e Corradi.

Match Clou - 17ª Rodada 2007/2008

Para fechar de maneira grandiosa o ano de 2007, a 17ª rodada da Serie A reserva o confronto Internazionale x Milan, o famoso Derby della Madonnina, que ocorrerá pela 74ª vez no máxima divisão do Calcio com mando de campo nerazzurro.

Até aqui, grande equilíbrio no embate, com 24 vitórias da Inter, 22 do Milan e 27 empates, com 99 gols nerazzurri e 100 rossoneri.

Para este importantíssimo fecho, Roberto Mancini deve apostar mais uma vez na dupla de ataque Ibrahimovic-Cruz, vez que os 2 atravessam ótima fase, principalmente o argentino (à direita - Empics), autor de 9 gols em 12 partidas nesta Serie A (nas últimas 6 rodadas do campeonato italiano, El Jardinero marcou em 5).

É no meio de campo que residem os maiores problemas para o allenatore interista, já que persistem os desfalques da Dacourt, Figo, Stankovic e Vieira, o que deve resultar em nova oportunidade para o chileno Jimenez (abaixo - Inter), que vem surpreendendo com boas e seguras atuações.

Chivu improvisado na esquerda, Zanetti na direita e Cambiasso central devem completar a meia cancha, enquanto o quarteto defensivo deve ser composto por Maicon, Cordoba, Samuel e Maxwell, sempre com a segurança de Júlio César no gol.

No Milan, sem Ronaldo, Ancelotti deve atacar mais uma vez de Inzaghi, com moral elevado depois da ótima atuação na F.I.F.A. Club World Cup Japan 2007, mas ainda sem marcar na Serie A 2007/2008.

Assim, o duo Kaká-Seedorf deve ficar novamente encarregado da criação e de enconstar em Pippo, enquanto o trio Ambrosini-Gattuso-Pirlo devem fechar o meio logo acima da defesa integrada por Oddo, Nesta, Kaladze e Maldini, com Dida na meta.
Aliás, Paolo Maldini (na foto mais abaixo alguns anos atrás - Guerin Sportivo), com 19 aparições, é o recordista de presenças no confronto, com sua estréia remontando à temporada 1985/1986 (vitória da Inter por 1 x 0 gol de Minaudo).
Depois de Maldini, vêm os também rossoneri Rivera (17) e Costacurta (16), só aí aparecendo o interista histórico Giuseppe Bergomi, que também participou de 16 derbies com o mando de campo da Inter.

Agora, o maior artilheiro do confronto é nerazzurro, já que Istvan Nyers anotou 8 gols entre 1949 e 1953 (em apenas 4 partidas), enquanto o ucraniano Shevchenko fez 7 em sua passagem por Milão.
Na temporada passada, Inter 2 x 1 de virada, gols de Ronaldo, Cruz e Ibrahimovic.

Curioso que dos 28 jogadores presentes no match da última temporada, apenas o lateral Grosso não está mais no plantel das equipes, o que evidencia a estabilidade das equipes.

Para os torcedores do Milan e para o bem do campeonato, a última vitória rossonera ocorreu na temporada 2004/2005 por 1 x 0, gol de ... Kaká!

L'Enigma - La Soluzione

Congratulações ao JP e ao Michel, que elucidaram que o jogador à esquerda (Guerin Sportivo) é o atacante Maurizio Ganz (abaixo em versão rossonera - também Guerin Sportivo), atualmente allenatore della Scuola Calcio Milan della Masseroni Marchese, uma storica società milanese affiliata alla blasonata società rossonera.

Ganz fez sua estréia como profissional pela Sampdoria em 1986, mas realmente obteve destaque jogando pela Atalanta, alguns anos depois.
Em 1995 foi contratado pela Internazionale, tendo sido cedido ao Milan em dezembro de 1997.

À época, o Milan não ia nada bem e il patron nerazzurro Massimo Moratti comentou quando da passagem de Ganz ao clube rossonero: "Bisogna aiutare i bisognosi...".

Algumas semanas depois Ganz marcou um dos gols da goleada do Milan sobre a Inter por 5 x 0 pela Copa Itália...

Última rodada do ano vem aí

A 17ª rodada da Serie A 2007/2008, a última que será disputada neste ano solar, está programada para o próximo final de semana.

E as emoções começam no sábado, com Genoa x Parma às 15h00 de Brasília (com transmissão da ESPN Internacional e da RAI) e o imperdível Roma x Sampdoria às 17h30 (transmissão ao vivo da ESPN Internacional, RAI e TV Esporte Interativo)

Uma pena que Cassano - suspenso - e Montella - contundido - não possam figurar no ataque blucerchiato exatamente contra a equipe na qual fizeram tanto sucesso anteriormente compondo uma dupla bastante temida.
Assim, é possível que Mazzarri proponha a Sampdoria em um inédito 4-4-2, com Pieri arretrato sulla linea dei difensori e tendo o argentino Campagnaro (à direita - Guerin Sportivo) como um dos pilares defensivos.

Na Roma, capitan Totti está confirmado no ataque, devendo Spalletti recuar o montenegrino Vucinic, colocando o avante de ofício na ala esquerda, até porque a Lupa continua in emergenza no meio de campo em decorrência dos vários jogadores fora de suas melhores condições físicas.
No domingo, as atenções de toda a Itália ficam voltadas para o Derby di Milano que, obviamente, é o 'Match Clou' da rodada.

Mas com todos os jogos ocorrendo às 15h00 italianas (12h00 em Brasília), é importante não descuidar de Juventus x Siena (ESPN Brasil e TV Bandeirantes) e acompanhar o interessante Palermo (do ala Diana, à esquerda - Palermo) x Lazio.
Completam a rodada: Fiorentina x Cagliari no Artemio Franchi; Livorno x Atalanta no Armando Picchi; Napoli x Torino no San Paolo; Reggina x Catania no Oreste Granillo e Udinese x Empoli no Friuli.

Aguardadíssimo, o confronto Internazionale x Milan terá transmissão da ESPN Internacional, RAI e TV Esporte Interativo.
Nada mais apropriado para fechar um 2007 que foi muito bom para o Calcio, mas do qual devem ser tiradas também algumas lições...

Lembrete: a Serie A só volta no próximo dia 12!

E Na Copa ...

Se a Copa Itália servisse de prévia para avaliar as possibilidades no Derby della Madonnina programado para o próximo domingo, seria bom para os tifosi rossoneri armazer desde já seus remédios contra enxaqueca preferidos.

De qualquer maneira, se não trará implicações em um futuro tão próximo, o certo é que os jovens escalados pela cugina Internazionale fizeram muito mais bonito que o time misto levado a campo pelo Milan neste meio de semana pelas 8ªs de final da Copa Itália.

Assim, a Inter foi à Reggio Calabria e com um time repleto de jovens promessas (à direita - Inter - o 11 inicial: em pé, da esquerda para a direita: Fatic, César, Rivas, Solari, Balotelli, Orlandoni e Samuel; Burdisso, Pelé, Crespo e Materazzi) venceu facilmente a Reggina (que também jogou com um time bastante modificado) por 4 x 1, com direito a doppietta do jovem atacante siciliano (mas filho de imigrantes ganeses) Mario Balotelli, que teve uma atuação muito convincente.
Ainda na quarta-feira, Udinese x Palermo terminou 0 x 0 após 90' não entusiasmantes, ainda que tenham sido criadas algumas boas oportunidades, como o chute na trave do sérvio Jankovic e a cabeçada de Zapotocny salva na linha por Cavani.

Mais emocionantes foram os confrontos envolvendo equipes romanas, vez que a Lazio venceu o Napoli, de virada, por 2 x 1, gols do biondo Dalla Bona (ainda não utilizado por Reja na Serie A), De Silvestri (em clamorosa falha do goleiro Gianello) e Baronio (cobrando falta de forma magnífica), enquanto a Roma foi surpreendida por ótimo Torino, que fez 3 x 1, com 2 gols do Chino Recoba (à esquerda, no alto, seu 2º tento - Torino) e mais um do capitano Comotto, enquanto o brasileiro Mancini fez o tento do provisório empate.
Por fim, completando o panorama das partidas de ida das 8ªs de final, o Milan, recém coroado campeão do mundo no Japão, perdeu para um aplicado Catania por 2 x 1 em pleno San Siro.

De registrar a péssima estréia do brasileiro Digão - irmão de Kaká - na zaga rossonera, com ampla responsabilidade pelos 2 gols dos etnei, marcados por Spinesi e Mascara.

No 2º tempo, outro estreante, o atacante Alberto Paloschi (17 anos), conseguiu diminuir para o time de Milão (acima, à direita, o jovem atacante em ação contra o goleiro argentino Bizzarri - Milan) em bela jogada individual.

A Itália No Mundo

Desde o último domingo os torcedores rossoneri podem exclamar aos quatro ventos que il Milan è la squadra più titolata al mondo!

Afinal, com a conquista do 4º título mundial em Yokohama, o clube de Via Turati ostenta em seu currículo 18 títulos internacionais importantes (além da F.I.F.A. Club World Cup Japan 2007, são 3 Copas Intercontinentais, 7 Champions League, 2 Coppe delle Coppe e 5 Supercoppe da U.E.F.A.), isto sem computar outras conquistas de relevo, como o Mundialito de 1987.

Mas, voltando a mais recente conquista, a finalíssima contra o Boca Juniors não foi tão difícil quanto imaginado, com o Milan dominando amplamente o confronto terminado 4 x 2 para o time italiano.
Curiosamente, as equipes começaram violando tradições - o campeão sul-americano fazendo da disciplina tática sua melhor arma, enquanto o vencedor da última UCL teve no toque de bola e na melhor técnica de seus astros seus pontos fortes.
Daí, aos 21', dopo l'ennesima proiezione di Kaká, a bola chegou a Inzaghi que, ao seu melhor estilo oportunista, não perdeu a oportunidade de colocar o Milan em vantagem (foto acima - Reuters) e marcar na única competição em que ainda não havia deixado sua marca.

Porém, os rossoneri nem puderam comemorar porque, 2' depois, aproveitando um cruzamento que parecia despretensioso, o atacante Palacio cabeceou entre 6 imóveis defensores do Milan para empatar a partida, que assim foi até o final do 1º tempo.

Para a 2ª etapa, o allenatore Ancelotti corrigiu algumas posturas do time italiano, principalmente nos flancos do gramado, e aí o Milan foi verdadeiramente superior.

Forte no toque de bola, na genialidade de Seedorf e, principalmente, nas arrancadas de Kaká, o Milan fez 2 x 1 com o zagueiro Nesta, que aproveitou uma mischia na área argentina e com um bólido colocou os italianos novamente em vantagem (foto do alto à esquerda - Reuters).

Vantagem que o Milan ampliou logo em seguida com Kaká Meraviglião aos 16' da 2ª etapa, em mais uma de suas jogadas verticais.

Não deu mais para o Boca - aos 25' Il Principe mais uma vez verticalizou a pelota e serviu para Inzaghi fazer 4 x 1!

No final, o recém-ingressado Ledesma contou com a colaboração de Ambrosini para fazer 4 x 2 e logo depois ser expulso - mas nada que colocasse em risco mais um triunfo do capitano Maldini (à direita contra Gonzalez - Reuters), que conquistou seu 3º título mundial interclubes (assim como o brasileiro Cafu) e anunciou sua aposentadoria para junho próximo.

Já nesta quinta-feira, a Fiorentina entrou em campo e obteve sua classificação para os sedicesimi da Copa U.E.F.A. vencendo os tchecos do Mladá Boleslav por 2 x 1, tentos de Mutu (cobrando pênalti), Rajnoch e Vieri, que, lançado por Liverani, mais uma vez decidiu uma partida con una potente girata.

Apesar do placar apertando, a equipe viola foi amplamente superior à adversária, troppo rinunciataria e que só empatou o jogo no início do 2º tempo por uma desatenção do setor defensivo do time italiano (à esquerda, o dinamarquês Koldrup perseguido pelo francês Mendy - Fs).

Agora, é aguardar o sorteio de amanhã em Nyon para conhecer os próximos adversários de Inter, Milan e Roma na Champions League e da Fiorentina na Coppa U.E.F.A.

Memorabilia - Blanc

Zagueiro clássico, dotado de boa técnica e com um excelente feeling com o gol adversário, o francês Laurent Blanc teve sua maior decepção ao não participar da final da Copa do Mundo de 1998, impedido que foi pelo cartão vermelho recebido contra a Croácia na semi-final.

Embora a história tenha mostrado que Zinedine Zidane não precisaria da ajuda do zagueiro de 1,92 m para derrotar o Brasil, a ausência de Le Président naquele que foi o jogo mais importante da história da L'Équipe de France foi considerada uma grande injustiça, até porque iria coroar a carreira de um dos mais fortes e importantes defensores franceses de todos os tempos - ao todo, Blanc somou 97 partidas e 16 gols com Les Bleus, o que o faz o 6º jogador que mais vestiu a camisa azul do selecionado (acima - Allsport).

Nascido em 19 de novembro de 1965 em Alès, Blanc começou sua carreira como milieu de terrain offensif no Montpellier, clube que defendeu de 1983 a 1991 com grande sucesso.

Com o tempo, Blanc se impôs como defensor central, mas não perdeu o gosto pelo gol adversário, a ponto de realizar 15 gols no campeonato francês de 1988/1989!

Em 1991, Blanc foi contratado pelo Napoli (à esquerda em um dos memoráveis clássicos envolvendo o time partenopeo contra o Milan de Rijkaard e Baresi - Sabattini), mas, defensor troppo propenso ao ataque, não se adaptou as rigorosas exigências táticas do Calcio e, não obstante uma temporada digna (31 partidas e 6 gols, com o Napoli terminando na 4ª colocação), foi cedido ao Nîmes já na stagione seguinte.
De volta à França, Blanc recomeçou sua carreira passando ao Saint-Etienne e depois ao Auxerre, onde voltou a chamar a atenção como um dos grandes defensores da Europa, principalmente ao conquistar o doublé championnat-coupe em 1995.

Em seguida, Blanc jogou com algum sucesso no Barcelona e mais uma vez voltou à França para defender o poderoso Olympique de Marseille, clube onde a Internazionale foi buscar o agora experiente líbero campeão do mundo em 1999.
Com o clube nerazzurro (à direita, vestindo uma curiosa maglia amarela em 2000 - Inter), Le Président passou duas temporadas, a 1ª (1999/2000) participando de todas as partidas (34) e a 2ª (2000/2001) ficando fora apenas de uma (33 presenças), totalizando 6 gols no período, divididos de forma igualitária entre os 2 campeonatos.
A vitória interista sobre o Bologna por 2 x 1 no campo neutro de Bari em 17 de junho de 2001 (com a Inter, treinada por Tardelli, tendo começado com a seguinte formação: Ballotta; Cordoba, Blanc, Ferrari e Cirillo; Cauet, Di Biagio, Gresko e Seedorf; Vieri e Recoba) foi a última partida de Blanc na Serie A, que encerrou a carreira em 2003 jogando pelo Manchester United ao lado de seu amigo Barthez (famosos são os beijos de Blanc na careca de Barthez durante a Copa de 1998).

PontoCom - Genoa

Esta semana a 'PontoCom' viaja pelo endereço http://www.genoacfc.it/, o website do Genoa (imagem abaixo), a mais antiga sociedade calcistica em atividade na Itália.

Infelizmente, embora tenha até um design gráfico interessante, com destaque para as belas cores sociais do clube, o site disponibiliza pouco material interessante e, em muitas vezes, carecedores de tratamento adequado.

Assim, por exemplo, na sessão Rosa, dedicada ao atual plantel da equipe, apesar das principais informações estarem presentes, os dados sobre os jogadores poderiam receber um grafismo mais elaborado, como também merecia ser acrescida uma galeria de fotos, inclusive quanto as partidas realizadas.

Em outro tópico, quando o internauta clica sobre a capa da última edição da rivista Genoa - o órgão de comunicação oficial do clube, é direcionado apenas para um endereço de correio eletrônico, frustrando quem imaginava que iria 'folhear' ou ao menos conhecer um pouco mais sobre o periódico.

Mais um porém - ao tentar acessar a Genoa Store, o internauta lê a mensagem: "STORE in ALLESTIMENTO per aggiornamento linee di merchandising per la Stagione 2006/2007" - um pouco atrasado, não?

De qualquer maneira, também existem áreas bem interessantes, como a dedicada a história centenária do clube (detentor de 9 títulos italianos), na qual é possível conhecer os principais fatos e visualizar fotos e documentos importantes que permitem conhecer muito sobre os primórdios do Calcio.

Outra área que merece uma visita é a dedicada à sede do clube (imagem à esquerda), instalada em uma belíssima construção que remonta ao século XVI.
Por fim, outro destaque positivo é o projeto intitulado Genoa Experience, que consiste em um pacote turístico que engloba, quando das partidas do Genoa no Marassi, um tour pelos vestiários do clube e do árbitro, pelo campo de jogo, pela Tribuna d'Onore e até pelo setor antidoping, bem como ingresso para a partida em si (estão disponíveis, agora, para os encontros contra Atalanta e Catania) in Tribuna Centrale, iniciativa que poderia muito bem ser copiada por clubes brasileiros.

L'Enigma

No domingo tem o Derby di Milano envolvendo a capolista Internazionale contra o campeão mundial Milan.

Assim, a 'L'Enigma' quer saber quem é o jogador à esquerda (Guerin Sportivo), que vestiu tanto a maglia nerazzurra quanto a rossonera.

Outra dica? Jogou também na Atalanta...

Momento Panini - Cafu

Aos 37 anos, o brasileiro Marcos Evangelista de Moraes, mais conhecido como Cafu, acaba de enriquecer seu incrível palmarès pessoal com o título da F.I.F.A. Club World Cup Japan 2007, que vem se juntar a dois outros campeonatos mundiais de clubes conquistados anteriormente e a duas Copas do Mundo vencidas com a seleção brasileira, da qual é o recordista de aparições.
Mas o começo não foi nada fácil para o jovem nascido em São Paulo no dia 07 de junho de 1970, exatamente no momento em que Brasil e Inglaterra protagonizavam uma das partidas mais fantásticas do mundial mexicano, vencida pela seleção canarinho por 1 x 0.

Na euforia, uma enfermeira do Hospital Municipal da Rua Vergueiro profetizou ao pai do bebêzinho recém nascido: "Vai ser jogador de futebol".

Porém, antes que aquelas palavras virassem realidade, Cafu, que ainda era Marcos, tentou a sorte em diversas peneiras de clubes como São Paulo, Portuguesa, Palmeiras, Corinthians e Atlético Mineiro, sendo dispensado em todas as oportunidades que tentou.

Sem outra perspectiva, Marcos foi jogar no amador Guarani do Jardim Irene, de onde saiu para o Itaquaquecetuba, equipe da 3ª divisão do futebol paulista, em 1987, época na qual também recebeu o apelido de Cafu, em homenagem a um antigo atacante muito veloz do Fluminense, de nome Cafuringa.

E aí, em 1988, a sorte começou a mudar para o jovem futuro lateral direito (até então meio campista), que chamou a atenção do então treinador são-paulino Cilinho em um amistoso disputado contra os juvenis do tricolor paulista.
Nesta época, Firmo de Mello, o treinador que dispensou Cafu em 4 peneiras, não estava mais no Morumbi e o volante pôde fazer sua estréia no time principal do São Paulo em 26 de novembro de 1989, improvisado como substituto do lateral Zé Teodoro contra o Goiás pelo campeonato brasileiro.

De lateral improvisado, Cafu logo passou a titular absoluto da posição, conquistando um título brasileiro (1991), dois paulistas (1991 e 1992), duas Libertadores da América (1992 e 1993), duas Recopas Sul-Americanas (1992 e 1993) e uma Supercopa (1993), além dos dois mundiais interclubes já citados, nos 6 anos que ficou no São Paulo.

Depois de uma breve passagem pelo Zaragoza da Espanha, Cafu aportou no Palmeiras (antes passou alguns meses no Juventude, em decorrência de uma cláusula existente no contrato que o levou à Espanha), onde integrou o grande time custeado pela Parmalat nos anos 90.

Em 1997, o Parma optou por contar com o lateral Zé Maria, permitindo a ida de Cafu para a Roma (a figurinha mais ao alto é referente a temporada 1997/1998) juntamente com o meia Vágner e com o atacante Paulo Sérgio, que foram se juntar a Aldair no elenco romanista.

Na capital italiana, Cafu ficou por 6 temporadas - tempo suficiente para conquistar o histórico Scudetto da stagione 2000/2001 -, recebendo o apelido de Il Pendolino e se tornando um ídolo dos tifosi giallorossi.

Dono de um fôlego incrível, que possibilita que ainda hoje aos 37 anos corra como um garoto, quando cogitavam uma transferência de fim de carreira para o Yokohama Marinos, eis que Cafu foi parar no Milan - aos 33 anos!

Há 5 temporadas no clube rossonero de Milão (a figurinha à esquerda é a da temporada 2006/2007), Cafu se tornou, desde que chegou, uma peça importante no esquema do técnico Ancelotti, sob o comando do qual conquistou, principalmente, seu 2º título italiano e a última Champions League.

Agora, com 275 jogos da Serie A na bagagem, Il Pendolino ainda é uma importante peça no elenco rossonero, o que é ainda mais extraordinário considerando que Cafu continua jogando como lateral direito apoiador.

Na seleção brasileira, Cafu fez sua estréia em 1990 comandado pelo antigo giallorosso Falcão, tendo participado de 4 Copas do Mundo e disputado 3 finais de mundiais, fato inigualável até aqui.

Ao todo, o lateral que foi dispensado em todas as peneiras das quais participou, tem 142 partidas com a camisa amarelinha da seleção brasileira, marca que está muito longe de ser superada.

Alguém arrisca quando essa epopéia vai terminar?

'B' Em Pílulas

* O Bologna do brasileiro Adailton é o líder isolado da Serie B depois de vencer o Grossetto por 1 x 0 (8º gol stagionale do esperto Marazzina) pela 18ª rodada;

* Ajudou a equipe rossoblu a derrota do Albinoleffe para o Lecce, 3º colocado, por 3 x 0, tentos de Abbruscato e Tiribocchi (2);

* O 4º lugar é do Pisa, que pela 4ª vez consecutiva não passou de um empate, desta vez contra o Rimini no Romeo Neri;
* O gol do Rimini foi do brasileiro Jeda, enquanto o tento pisano foi anotado pelo argentino Castillo, artilheiro da Serie B com 14 gols;
* Na squadra nerazzurra o brasileiro Juliano entrou na 2ª etapa;

* O Mantova entrou na zona de acesso ao vencer o forte Chievo em Verona por 3 x 2, gols de Italiano (C), Corona (M), Godeas (M), Caridi (M) e Iunco (C);

* No Leonardo Garilli o futuro reforço viola Daniele Cacia (no alto contra o internacional andorrano Lima - Piacenza) marcou o 2º tento do sucesso do Piacenza sobre a Triestina por 2 x 0;

* A partida Ascoli x Brescia, em razão das condições climáticas adversas, foi adiada para data ainda a ser definida.

Panorama Da Rodada

É realmente uma Internazionale que não cede e para quem vencer parece ser algo totalmente obrigatório - e fácil!
Tanto que, transcorridas apenas 16 rodadas da Serie A 2007/2008, a Inter já soma 7 pontos de vantagem sobre a 2ª colocada (a Roma), totalizando 40 pontos, frutos de 12 vitórias (incluíndo nas 5 últimas rodadas) e apenas 4 empates.
Neste final de semana não foi diferente, com a Inter vencendo o Cagliari por 2 x 0 na Sardenha, gols de Cruz e Suazo, em sua 1ª visita à ilha com a camisa nerazzurra.

Porém, a rodada começou no sábado, com o Catania batendo a Udinese também por 2 x 0, com uma doppietta do atacante Mascara (ao lado observado pelo suíço Inler - Corriere della Sera) em jogo no qual a equipe de Udine esteve totalmente irreconhecível, não conseguindo reeditar as boas atuações dos finais de semana antecedentes.
Um pouco mais tarde, ocorreu o 'Match Clou' da rodada, com a Juventus superando a Lazio em Roma por 3 x 2 (http://calcioseriea.blogspot.com/2007/12/o-jogo-da-tv-parte-i-lazio-x-juventus.html).
No domingo, o grande feito ficou por conta do Palermo, que foi até Bergamo e de forma implacabili e superou a Atalanta por 3 x 1, gols de Cavani, Langella (contra, em cabeçada de Biava - à esquerda com Floccari - Cerescioli) e Amauri, com o argentino Tissone descontando para a equipe nerazzurra, que não contou com seu grande astro Doni.

Quem também construiu um belo placar foi o Parma, que derrotou a pobre Reggina por 3 x 0, tentos de Corradi, Pisanu e Paci.

Completaram a rodada 4 empates: Empoli 1 x 1 Genoa; Sampdoria 2 x 2 Fiorentina; Siena 1 x 1 Napoli e Torino 0 x 0 Roma (http://calcioseriea.blogspot.com/2007/12/o-jogo-da-tv-parte-ii-torino-x-roma.html).

No Carlo Castellani os azzurri dominaram toda a 1ª etapa, abriram o marcador com um strepitoso Giovinco e acertaram duas bolas na trave, mas, no final do 2º tempo o zagueiro Masiello (que havia falhado no gol do Empoli), all'esordio in questa stagione, aproveitou uma assistência do argentino Figueroa e empatou a partida.

Já em Gênova, Sampdoria e Fiorentina protagonizaram um grande duelo, cheio de alternâncias e que teve primeiramente a Samp em vantagem com um gol de Gastaldello para depois sofrer o revés com Mutu e Donadel e, no fim, novamente alcançar a paridade com o barese Cassano, que foi o melhor em campo - e também o mais dramático: reclamou tanto no lance que originou o gol do romeno Mutu que acabou levando um cartão amarelo do árbitro Gava (à direita - Sampdoria) e por pouco não foi expulso pela sua exacerbada reação, vez que, sabedor que era diffidato, foi as lágrimas ao ficar de fora da próxima partida da Sampdoria, exatamente contra a sua Roma.

Em Siena, o time da casa ficou no 1 x 1 com o Napoli, gols de Frick e Bogliacino, tudo entre os minutos 63 e 64 (abaixo, Maccarone disputa a bola com Cupi - La Presse).
Por fim, o jogo Milan x Livorno será recuperado em 13 de fevereiro próximo.
A classificação, lembrando que o Milan tem 3 partidas a menos e Atalanta, Livorno e Reggina, 1 jogo a recuperar (exatamente contra a equipe rossonera), está assim: 1º Internazionale (40 pts); 2º Roma (33); 3º Juventus (32); 4º Udinese (28); 5º Fiorentina (25); 6º Palermo (24); 7º Napoli (22); 8º Atalanta (21); 9º Sampdoria (21); 10º Catania (21); 11º Milan (18); 12º Parma (18); 13º Lazio (17); 14º Torino (16); 15º Genoa (16); 16º Siena (14); 17º Livorno (14); 18º Empoli (14); 19º Reggina (10) e 20º Cagliari (10).

O Jogo Da TV (Parte II) - Torino x Roma

Faltou muito pouco para o final de semana ser perfeito para os torinesi na dupla sfida contra os romani.

Afinal, se a Juve foi até Roma e venceu a Lazio por empolgantes 3 x 2, o Torino recebeu a Lupa e deixou escapar a vitória por causa de seus próprios erros (segundo o periódico Gazzetta dello Sport, o Torino deu espetáculo, "ma di um genere particolare, quasi circense"!).

Realmente, contra uma Roma irreconhecível, previsível em todos os seus movimentos e que não conseguiu impor em momento algum seu (geralmente) mais refinado toque de bola, o Toro desperdiçou várias oportunidades e permitiu que o jogo findasse como começou - 0 x 0.

Sem Totti e Taddei, com Pizarro trequartista e Brighi mediano, a Spalletti's band foi dominada desde o início da partida por um Torino cônscio de sua inferioridade técnica (ainda mais porque Rosina esteve em giornata no e o uruguaio Recoba ficou no banco) e que por isso jogou com muita determinação e aggressività.
Aliás, em alguns momentos houve até um excesso de vontade por parte dos jogadores granata, tanto que Bjelanovic e Dellafiore receberam cartões amarelos antes dos 10' do 1º tempo.

Aos 39' ocorreu a chance mais cristalina de gol, com Di Michele (no alto contra Perrotta e Giuly - La Stampa) trombando com seu companheiro Rosina a 2 passos da meta romana e, por causa desta incrível trapalhada, a bola acabou terminando na trave antes de ir para fora.

Para a 2ª etapa o treinador Spalletti inseriu o meia Perrotta no lugar de Brighi, e o Azzurro foi logo protagonista, concluíndo por cima do travessão defendido por Sereni boa jogada de Vucinic.

Mas o Toro voltou a ser mais perigoso já em seguida, com o árbitro anulando (per fuorigioco) um gol de Di Michele aos 3' e com Bjelanovic desperdiçando uma bela chance no minuto seguinte.

E assim foi até quase o final da partida, com o Torino melhor e tendo em Di Michele seu grande expoente - spettacolare ma poco efficace.

Porém, nos derradeiros minutos, com o capitano granata Comotto sendo expulso (à direita cumprimentado esportivamente por Spalletti em sua saída do campo - Ansa) por falta em Mancini (acima, à esquerda, contra Paolo Zanetti - Afp), a Roma teve a chance de vencer a partida nos pés de Vucinic, o que teria resultado em grande injustiça.

O tabellino:

Torino: Sereni; Comotto, Dellafiore, Di Loreto, Lanna; Corini, Zanetti, Barone (77' Bottone), Rosina (63' Vailatti); Bjelanovic (84' Ventola), Di Michele. All. Novellino (expulso de campo aos 34' da 2ª etapa).

Roma: Doni; Panucci (80' Cicinho), Juan, Mexes, Tonetto; De Rossi, Brighi (46' Perrotta), Pizarro, Giuly (63' Cassetti), Mancini; Vucinic. All. Spalletti.

Árbitro: Rocchi.

Cartões amarelos: Bjelanovic, Dellafiore, De Rossi, Lanna, Panucci e Mexes.

Cartão vermelho: Comotto (foi seu 2º na temporada).