O Palermo teve maior posse de bola (61,5%) e ampla vantagem também no quesito vantaggio territoriale (59,02%), mas a Juventus foi mais eficiente sottoporta e saiu vitoriosa do Barbera por 2 x 0, colhendo 3 pontos importantíssimos em sede de Serie A e de moral elevado para encarar o Chelsea pela Champions League na próxima quarta-feira. Disposto no 4-3-1-2 com Fábio Simplício na função de trequartista e Miccoli e Cavani (à direita contra Molinaro - Palermo) formando o duo de ataque, o Palermo foi protagonista de uma partenza super, exigindo de um favoloso Buffon uma grande intervenção logo aos 2', com direito a replay aos 4', quando Miccoli acertou o travessão e, no rebote, Simplício cabeceou de cima da linha da pequena área para mais uma extraordinária defesa do arqueiro bianconero. A resposta da Juventus, proposta no tradicional 4-4-2 com Camoranesi e Nedved esterni e turnover apenas no ataque, com Iaquinta e Trezeguet como titulares, não tardou, com o francês, em sua primeira partida como titular no campeonato, concluindo para difícil parata de Amelia aos 6'.
A partida seguiu rica de emoções, com os atacantes de ambas as equipes testando os goleiros azzurri, até que, aos 27', Momo Sissoko partiu velozmente com a bola grudada ao pé e, depois de passar por 2 adversários, arrematou de forma indefensável para o portiere rosanero, fazendo Juventus 1 x 0!
O 2º tempo começou da mesma forma que o 1º, com o Palermo pressionando a Juventus e chegando muito perto do gol de empate com o endiabrado Miccoli que, depois de pedir um pênalti de Legrottaglie aos 6', chutou para ótima defesa de Buffon aos 18', com outro ex di turno, o volante Nocerino, também testando os reflexos do arqueiro titular da Nazionale de Lippi aos 16'. Com a entrada de Amauri (ao lado na frente de Kjaer - Fucarini), certamente o mais aguardado dos tantos ex, o cotejo voltou a pender para o lado bianconero, com o brasileiro quase marcando logo que entrou em campo, aos 30', sull'assist da sinistra di Nedved.
Mas, se o portentoso atacante não marcou, foi o assist man para que o capitano Trezeguet (mais abaixo contra Balzaretti - Palermo) realizasse seu 1º tento no campeonato, definindo a partida aos 34'. Ballardini ainda tentou tornar o ataque palermitano mais incisivo com a entrada de Succi no posto de Nocerino, mas com Buffon em um daqueles dias, nem se a partida tivesse 180'. O tabellino da partida que teve 28 conclusões a gol, sendo 18 do time mandante (para maiores detalhes, vide o interessantíssimo scout da Panini Digital no http://www.paninidigital.com/site/Upload/IT/IT/1456_25_PALERMO-JUVENTUS%200-2_post.pdf): Palermo: Amelia; Cassani, Kjaer, Bovo (89' Tedesco), Balzaretti; Nocerino (82' Succi), Liverani, Bresciano, Fábio Simplício; Cavani, Miccoli. All. Ballardini.
Juventus: Buffon; Grygera, Chiellini, Legrottaglie, Molinaro; Camoranesi (68' Marchionni), Sissoko (91' Poulsen), Tiago, Nedved; Trezeguet, Iaquinta (71' Amauri). All. Ranieri. Gols: 27' Sissoko, 79' Trezeguet (cuja entrevista pós jogo pode ser conferida no vídeo ao final do post, logo após os highlights). Árbitro: Orsato. Cartões amarelos: Grygera, Bovo, Camoranesi e Molinaro.
Na expectativa do importante duelo contra o Arsenal pela Champions League, a Roma enfrentou o Siena pela Serie A neste sábado e, além de superar o adversário, teve que vencer muitos problemas para somar os 3 pontos que a colocam, provisoriamente, no 4º posto.
Sem Aquilani, Cassetti, Menez, Tonetto e Vucinic contundidos, De Rossi e Perrotta suspensos e Panucci afastado por indisciplina, Spalletti foi obrigado a montar uma panchina repleta de primavere.
Dentro de campo, formazione obbligata no 4-3-1-2 com Júlio Baptista e Totti no ataque.
Adotando o mesmo esquema tático, com Maccarone (ao lado contra o ótimo Mexes, um dos melhores em campo - Grazia Neri) e Frick suportados pelo ex Kharja, mas exercendo um pressing mais eficaz, o Siena conseguiu praticamente anular a Roma na fase inicial da partida, que acabou decepcionando pela escassa quantidade de lances perigosos (apenas duas chances com Júlio Baptista, conforme pode ser conferido nos highlights ao final do post).
Tendo perdido Juan (substituído por Diamoutene no intervalo), Spalletti teve calafrios quando Mexes foi ao chão aos 9', mas o francês continuou em campo e, com Cicinho trocando de posição com Motta, a Roma melhorou na 2ª etapa, mas não a ponto de fazer o cotejo grandioso, embora crédito deva ser concedido ao Siena, muitíssimo bem equilibrado e taticamente correto, com o único senão de pouco incisivo ofensivamente.
O marasmo foi quebrado por um ilustre ex aos 18', quando o brasileiro Rodrigo Taddei acertou uma belíssima conclusão (à esquerda - Grazia Neri) que entrou no canto oposto ao goleiro Curci (também um dos tantos ex di turno), realizando um golaço!
Depois, a partida até melhorou, com Doni tendo que intervir em belas conclusões de cabeça de Amoruso aos 25' e de Ghezzal aos 42', enquanto Curci teve que se virar com Montella (que entrou no lugar de um Totti em evidente deficit físico), mas o fato mais relevante ficou por conta da entrada do jovem Filipe (abaixo metendo o marroquino Kharja em dificuldades - Grazia Neri), mais um desses brasiliani desconhecidos no próprio país de origem (embora tenha começado no Vasco da Gama), que fez sua estréia na Serie A substituindo o compatriota Cicinho, que foi figurar na lista de infortunati da Roma.
O tabellino:
Roma: Doni; Cicinho (72' Filipe), Mexes, Juan (46' Diamoutene), Riise; Motta, Pizarro, Brighi, Taddei; Júlio Baptista, Totti (82' Montella). All. Spalletti. Siena: Curci; Zuñiga, Portanova, Brandão, Del Grosso; Jarolim, Codrea (68' Amoruso), Galloppa, Kharja; Maccarone, Frick (59' Ghezzal). All. Giampaolo.
Gol: 63' Taddei. Árbitro: Gava.
Cartões amarelos: Jarolim, Pizarro, Codrea e Brandão.
Mais uma vez, não foi uma Internazionale exuberante, mas, mais uma vez, o pragmático time de Mourinho saiu de campo com os 3 pontos.
A vítima, neste sábado, foi o Bologna, que organizou uma belíssima homenagem ao seu grande ídolo Giacomo Bulgarelli, falecido no último dia 12 (para maiores informações sobre o excepcional meia, vide http://calcioseriea.blogspot.com/2009/02/memorabilia-bulgarelli.html) e que foi objeto de dezenas de faixas expostas por todo Dall'Ara (abaixo, uma imagem do mítico capitano estampada na parte oposta as tribunas - Macchiavelli). Mas foi a Inter que, prima della classe e lançada no 4-3-1-2 com uma dupla de zaga toda made in Colombia (Cordoba e Rivas) e com laterais de origem (Maxwell e Zanetti) formando o terzetto di centrocampo com Cambiasso, tendo Muntari no posto de Stankovic exercendo a função de trequartista, começou melhor, promovendo um pressing bem articulado durante cerca de 25', tendo Ibrahimovic (um pouco mais abaixo, à esquerda, contra Mudingayi e Moras - Reuters) particularmente scatenato.
Mas, Mihajlovic, escolado do ambiente nerazzurro, pareceu que preveu (ou aceitou) o ímpeto inicial interista e deixou a regia de sua equipe ao experiente Volpi, que, aproveitando da diminuição do ritmo da capolista a partir da metade do 1º tempo, passou a ousar mais e com ele o Bologna adiantou seu baricentro, terminando mesmo por ter a última grande chance antes do intervalo, quando Di Vaio foi antecipado por Júlio César em grande saída.
Veio a 2ª etapa e com ela Stankovic em campo, mas a alteração acabou não resultando na melhora (principalmente no tocante a aceleração das jogadas) almejada por Mourinho e gol da vantagem nerazzurra acabou surgindo mesmo de um lance fortuito, em que Adriano, pela segunda vez em menos de uma semana, teve ajuda de seu braço em uma cabeçada para fazer a bola chegar até o argentino Cambiasso, que não teve muita dificuldade para marcar a queima-roupa (abaixo o lance - Reuters).
Aí, os treinadores partiram para as substituições, com Mihajlovic inserindo Marazzina (um ex) no posto de Valiani e Adailton no de Bombardini, passando o Bologna ao 4-4-2, enquanto Mourinho trocou Adriano por Vieira, deixando o 4-3-1-2 para um mais comedido 4-4-1-1.
Melhor para o Bologna, que aumentou seu volume de jogo e chegou ao empate com uma imperiosa testada do zagueiro uruguaio Britos, que subiu sozinho no meio da defesa nerazzurra.
Perdida a vantagem, Special One retornou ao esquema com 2 atacantes colocando o jovem Balottelli no lugar de Maxwell e, num daqueles lances que só acontecem aos predestinados, coube ao próprio Super Mario, no minuto seguinte ao seu ingresso em campo, contar com o erro do veterano Antonioli para, em uma cobrança de falta supostamente despretensiosa, marcar seu 1º gol no campeonato e dar a vitória à Inter.
Vitória que, a bem da verdade, só foi consolidada graças a grande atuação de Júlio César, que impediu, por exemplo, um gol feito de Di Vaio aos 45'! O tabellino da derrota rossoblù acompanhada por Roberto Mancini da tribuna: Bologna: Antonioli; Zenoni, Moras, Britos, Lanna; Valiani (66' Marazzina), Mudingayi, Volpi, Mingazzini, Bombardini (78' Adailton); Di Vaio. All. Mihajlovic. Inter: Júlio César; Maicon, Cordoba, Rivas, Santon; Zanetti, Cambiasso, Maxwell (81' Balotelli), Muntari (46' Stankovic); Ibrahimovic, Adriano (78' Vieira). All. Mourinho.
Gols: 57' Cambiasso, 79' Britos, 82' Balotelli. Árbitro: Ayroldi. Cartões amarelos: Moras, Zenoni e Rivas. A seguir, os highlights da partida e entrevista com Júlio César, em um excelente portulano.
O Palermo vai a campo neste sábado no 'Match Clou' contra a Juventus para entrar para a história, pois no caso de vencer a Vecchia Signora, os comandados de Ballardini estarão igualando um recorde que persiste desde a temporada 1949/1950, quando o time rosanero entãoguiado por Gipo Viani alcançou 6 vitórias consecutivas dentro de seus domínios.
Agora, depois de vencer o Milan (3 x 1), o Siena (2 x 0), a Atalanta (3 x 2), a Udinese (3 x 2) e o Napoli (2 x 1), a equipe siciliana está a um passo de igualar o feito de Gimona, Di Maso e Galli e, quem sabe, até superá-lo.
A expectativa no Renzo Barbera será grande e, para tanto, Ballardini deverá distribuir a equipe no 4-3-1-2, com tanti ex.
O mais famoso, sem dúvida, é o atacante Miccoli (à direita - Insidefoto), que deverá formar o tandem ofensivo com o uruguaio Cavani, tendo o brasileiro Fábio Simplício em sua nova função de trequartista - um trio que já soma 22 gols nesta temporada.
No meio de campo, o também ex bianconero Nocerino deverá formar com Liverani e Bresciano, enquanto dois outros antigos jogadores da Juventus devem aparecer nas laterais: Cassani e Balzaretti (abaixo, à esquerda - Grazia Neri).
Sem Carrozzieri, a zaga central deverá ser composta pelo dinamarquês Kjaer e pelo ex romanista Bovo, com Amelia sob as traves. Na Juventus, Ranieri deverá deixar o ex Amauri no banco, poupando tanto o brasileiro quanto Del Piero para o importante confronto contra o Chelsea pela Champions League.
Assim, quem deve aparecer como titular no ataque bianconero é o francês Trezeguet, formando com Iaquinta uma dupla que, a princípio, causa alguma desconfiança pelas características técnicas muito semelhantes.
No meio de campo a 4 de Ranieri, que também é um ex por ter encerrado a carreira de jogador (era um difensore) no próprio Palermo, devem aparecer Camoranesi (mais abaixo - Insidefoto), Sissoko, Marchisio e Nedved, enquanto a defesa deverá ser formada por Grygera, Mellberg, Chiellini e Molinaro, com o extraordinário Buffon na meta. Como já registrado, na temporada passada, incrível vitória do Palermo por 3 x 2 (vide http://calcioseriea.blogspot.com/2008/04/o-jogo-da-tv-parte-iv-palermo-x.html) com gols de Amauri (ainda no Palermo) e Del Piero (ambos realizaram uma doppietta) e rete decisiva (maravilhosa!) do lateral Cassani, em seu 1º tento como profissional, aos 88'!
Já na temporada 2005/2006, vitória da Juve por 2 x 1, com gols de Terlizzi e Mutu (2), que formou o ataque bianconero com Ibrahimovic e Trezeguet, tendo Del Piero entrado no finalzinho.
Aliás, Amauri, Del Piero e Mutu, com essas doppiette realizadas, figuram no lugar mais alto dos marcadores do cotejo, em igualdade de condições ao rosanero Gino Giaroli e aos bianconeri Luis Monti, Ermes Muccinelli, Eduardo Ricagni, Omar Sivori e Giorgio Stivanello, todos com 2 gols realizados no embate, que ainda tem o mítico Giampiero Boniperti como quem mais atuou, tendo Il Marisa disputado 7 cotejos contra o Palermo na Sicília entre 1949 e 1960, incluindo o 5 x 1 a favor da Juventus em 1951 (quando inclusive marcou um dos tentos), que é a maior goleada do confronto. Ao todo, a história registra 20 duelos entre Palermo e Juventus com mando de campo da equipe siciliana, que venceu 4 vezes, empatou 8 e perdeu outras 8, tendo sofrido 25 gols e marcado 15.
Ou seja, não vai ser fácil para os comandados de Ballardini passarem a história!
Na expectativa de Palermo x Juventus, os leitores do Calcio Serie A registraram 10 palpites para o aguardado cotejo, a saber: 0 x 1 - Daniel Schneider; 1 x 0 - Tiago; 1 x 1 - Michel Costa; 0 x 2 - JP;1 x 2 - Cyntia; 2 x 1 - Raphael Zerlottini; 2 x 2 - Leonardo (e também o seu xará Leonardo Redenção); 1 x 3 - Lucas e 2 x 3 - Rafael.
Talvez seja porque o artilheiro Amauri trocou de camisa, mas nenhum dos leitores do blog confia, portanto, na repetição do resultado da última temporada, quando o time rosanero fez 3 x 2 na Vecchia Signora, com direito a doppiette de Amauri (acima a sua comemoração ao lado do também brasileiro Fábio Simplício - Afp) e Del Piero e rete decisiva do lateral Cassani aos 93'!
Excepcionalmente, a 25ª giornata da Serie A 2008/2009 reserva 3 pelejas para o sábado, de forma a propiciar às equipes italianas envolvidas na Uefa Champions League um dia a mais de preparação para os importantes confrontos que ocorrerão nas próximas terça e quarta-feiras.
Assim, a rodada abre com Bologna x Internazionale, que terá transmissão da ESPN Brasil e da RAI, ao vivo, às 12h00 (horário de Brasília).
Embalada pela vitória no Derby contra o Milan e pelos 9 pontos de vantagem sobre a Juventus, a Inter de Mourinho tem alguns problemas, em especial na defesa onde Materazzi está contundido e Burdisso e Chivu suspensos, devendo a responsabilidade recair sobre Cordoba e Samuel.
Já no Bologna, o ex Mihajlovic não poderá contar com o avante Osvaldo (e também com os meias César e Paonessa) e deverá manter a equipe no 4-5-1, com o avante Di Vaio isolado no ataque, com os esterni Valiani e Bombardini (acima - Tanopress) formando o meio de campo com os brigadores Mudingayi, Mingazzini e Amoroso.
Logo em seguida, Roma x Siena terá cobertura da ESPN e da RAI a partir das 14h00 (sempre horário de Brasília).
Um pouco mais tarde, a partir das 16h30, ESPN Brasil e RAI prometem o 'Match Clou' Palermo x Juventus. No domingo, às 11h00, o jogo da televisão (ESPN e RAI) é Milan x Cagliari, com o brasileiro Jeda (ao lado - Cagliari) tendo a missão de criar para a jovem dupla Acquafresca e Matri, que deverão formar o ataque que promete infernizar a defesa rossonera, que deverá ser formada por Zambrotta, Bonera, Maldini e Jankulovski, com Ronaldinho e Pato mais à frente. A maratona televisiva será completada às 16h00, com Napoli x Genoa na ESPN Brasil. Para quem perder algo, Bologna x Internazionale será reprisada na ESPN às 22h00 do próprio sábado, enquanto Milan x Cagliari às 22h00 do domingo.
Completam a rodada, às 11h00 do domingo: Catania x Reggina; Fiorentina x Chievo; Lecce x Lazio; Sampdoria x Atalanta e Torino x Udinese.
* No principal jogo da 26ª giornata da Serie B 2008/2009, disputada integralmente na última terça-feira, os co-líderes Livorno e Bari ficaram no 1 x 1, gols de Guberti para os visitantes e de Rossini para o time amaranto;
* Melhor para o Parma, que venceu o Frosinone por 2 x 1 fora de casa e agora está apenas 2 pontos atrás dos líderes, com 44 punti;
* Na 4ª colocação, com 43 pontos, aparece o Brescia, que fez 3 x 0 no Ancona, tentos de Okaka, Tognozzi e Baronio;
* Já o Empoli, outro favorito à promoção, continua demonstrando grande irregularidade e nesta rodada sucumbiu diante do então lanterna Modena por sonoros 3 x 0 (ao lado, o azzurro Buscè disputa a bola com Pinardi - Vignoli);
* Chegando aos 21 pontos, o Modena igualou o Avellino, que perdeu para a revelação Grosseto por 3 x 2, gols de Sansovini, Pichlmann e Freddi, com Sforzini realizando a doppietta final para os visitantes e agora últimos colocados; * Hoje, também o Treviso seria diretamente rebaixado à Lega Pro, enquanto Salernitana e Frosinone iriam disputar o play-out para ver quem continuaria no campeonato cadetto.
Nesta semana, finalmente a bola voltou a rolar pelas competições européias, embora por enquanto seja apenas um aperitivo do que vem por aí em 2009.
Mas, infelizmente, as equipes italianas ainda envolvidas na Coppa Uefa não foram muito bem, não obtendo uma única vitória na andata dei sedicesimi.
A maior decepção, com certeza, ficou por conta da Sampdoria que, depois de conseguir uma suada classificação eliminando o Sevilla, campeão de duas das últimas três edições da competição, perdeu para os desconhecidos ucranianos do Metalist Kharkiv em pleno Marassi.
Com Cassano (acima contra Bordian - Reuters), mas sem Pazzini, que defendeu a Fiorentina na Champions League e que, portanto, não pode defender a equipe blucerchiata na empreitada, a Samp foi totalmente envolta pelos adversários, sofreu um gol de cabeça anotado por Oliynyk no final do 1º tempo e apenas na 2ª etapa foi um pouco agressiva, mas pouco concreta para evitar a derrota que compromete sua passagem à próxima fase.
Ainda na quarta-feira, menos mal fez o Milan, que foi até Bremen e empatou em 1 x 1 com o time local, embora tenha ficado o gosto amargo na boca por ter cedido o empate a poucos minutos do final da partida. De qualquer maneira, apesar do Milan ter largado na frente com mais um gol de Pippo Inzaghi (à esquerda perseguido por Mertesacker - Sarbach), que fez seu 66º na Europa, o empate, conquistado pelo brasileiro Diego (grande destaque no time alemão) aos 39' da etapa final, acabou sendo justo, até porque a equipe rossonera apresentou sérias dificuldades na construção de jogadas, em especial no 2º tempo, quando viveu basicamente das descidas de Zambrotta e Flamini.
Na quinta-feira, pouca sorte teve a Fiorentina, que recebeu o tecnicamente limitado Ajax treinado por Marco Van Basten que, bem distribuído, acabou resistindo ao pressing viola e, em uma de suas raras investidas ofensivas, conseguiu fazer o gol único do embate com o sueco de origem assíria Kennedy Bakircioglu.
Foi uma pena, mas talvez surpreendida pelo troppo rinunciatario esquema dos lancieri, que basearam suas ações em toques curtos, retropassaggi e appoggi al portiere, a Fiorentina não conseguiu transformar sequer uma das várias oportunidades criadas, especialmente pelo romeno Mutu (ao lado contra Van Der Wiel - Reuters), que propiciou a Gilardino interessantes palle gol.
Por fim, completando o quarteto italiano remanescente na Copa U.E.F.A., a Udinese empatou em 2 x 2 com o Lech Poznan na Polônia (na foto mais abaixo, Isla recebe um tackle de Wojtkowiak - Reuters).
O resultado final acabou sendo decepcionante porque o time bianconero, sob forte neve, chegou a abrir 2 x 0 com Quagliarella e com o colombiano Arboleda, contra.
Porém, no intervalo de 3' na 2ª etapa, mais precisamente entre os 36' e os 39', o peruano Rengifo e o próprio Arboleda realizam 2 gols (evitáveis) e empataram a partida para o time polonês, que assim restou vivo na competição.
Agora, é aguardar o próximo dia 26 para saber quem prosseguirá na Coppa Uefa 2008/2009!
O Calcio está de luto, pois no último dia 12 faleceu, em Bologna, na clínica Villa Nigrisoli, "la più grande bandiera rossoblù" (como afirmado pelo próprio clube em seu site) - o antigo centrocampista e atualmente opinionista Giacomo Bulgarelli.
Ragassolo, como Bulgarelli era chamado pelo mítico presidente Renato Dall'Ara, nasceu aos 24 de outubro de 1940 em Medicina (uma pequena comuna na província de Bolonha) e transcorreu toda sua carreira no clube rossoblù (ao lado um Bulgarelli bastante jovem em ação - Corriere della Sera), do qual se tornou o recordman de presenças, com 486 (sendo 391 pela Serie A) aparições dentre 1958 e 1975.
E imaginar que o pequeno Giacomo sequer cogitava em ser jogador de futebol, mas acabou levado ao Bologna pelo húngaro Lelovich, então responsável pelo settore giovanile do clube felsinei e que viu o jovem Ragassolo chutando bola na via Montanari, onde coincidentemente tanto residia o allenatore quanto a família Bulgarelli.
Dos pulcini à Serie A foi um passo, com Bulgarelli fazendo sua estréia na máxima divisão do futebol italiano a 18 anni e mezzo no dia 19 de abril de 1959 (Bologna 1 x 0 Vicenza).
Centrocampista completo, capaz de atacar e defender, Bulgarelli era veloz, dotado de grande habilidade e facilidade no saltare l'uomo, ao que ainda somava o fato de ter um físico robusto, algo excepcional em se tratando de um oriundo da generazione di guerra.
Importantíssimo na carreira de Bulgarelli (na foto ao lado mais à esquerda - Liverani) foi o treinador Fulvio Bernardini, amante do futebol técnico e que, primeiramente, o fez jogar de trequartista e, posteriormente, o colocou como regista, função na qual Bulgarelli pode melhor expressar suas imensas qualidades.
O início da década de 1960 é a época do Milan de Rocco e da Inter de Herrera e o Bologna de Bulgarelli vai navegando tra il quarto e il quinto posto até que chega a temporada 1963/1964.
Apesar da idade ainda tenra, Bulgarelli já havia se tornado um líder dentro e fora de campo, bem como titular da seleção italiana, com a qual fez sua estréia em plena Copa do Mundo do Chile, na vitória azzurra sobre a Suíça por 3 x 0, realizando logo uma doppietta (no total, Bulgarelli fez 29 partidas e 7 gols com o selecionado italiano principal).
Aí, comandando uma mescla de jogadores extraordinários como os estrangeiros Haller e Nielsen e os nazionali Fogli,Janich, Negri, Pascutti e Tumburus, Bulgarelli conduziu o clube rossoblù ao scudetto em 1964, o único decidido em um spareggio (abaixo, a formação do Bologna com o scudetto no peito que enfrentou a Juventus em 16 de outubro de 1964, com Bulgarelli sendo o 2º sentado, da esquerda para a direita - Guerin Sportivo) e que seria o último dos 7 conquistados pelo Bologna. Anima, cervello e forza del centrocampo bolognese, Bulgarelli era também peça fundamental no esquema do c.t. azzurro Edmondo Fabbrie, como todos os demais italianos que foram ao Mundial de 1966 (na foto mais abaixo, a formação da Itália que enfrentou a União Soviética em 16 de julho de 1966, sendo Bulgarelli o que está com a bola - La Presse) naufragou diante da da Coréia do Norte e de Pak Doo Ik. Para Ragassolo, o retorno da Inglaterrafoi ainda mais doloroso, vez que teve seu ginocchio rovinato e, pouco tempo depois, acabou passando o posto de regista da Azzurra a Giancarlo De Sisti (Bulgarelli ainda chegou a integrar o grupo italiano que venceu o Europeu de 1968, ma sem entrar em campo uma única vez).
No Bologna, entretanto, Bulgarelli continuou jogando até 1975, quando fez sua última partida no dia 04 de maio no empate de 1 x 1 com o Ascoli, jogando como líbero, posição que ocupou em seus últimos anos como profissional por sugestão de Bruno Pesaola. Com o clube rossoblù, além do fantástico scudetto,Bulgarelli ainda conquistou as Copas Itália das temporadas 1969/1970 e 1973/1974, bem como uma Mitropa Cup (1961) e uma Coppa di Lega Italo-Inglese (1971). Depois de encerrar sua carreira agonística, Bulgarelli trabalhou como dirigente no Palermo e como comentarista televisivo para uma série de emissoras, dentre as quais a RAI.
Ultimamente, trabalhava como seconda voce nas partidas de Serie A e B transmitidas pela Mediaset Premium. Acerca do amigo, o atual mister da seleção inglesa, Fabio Capello, ao saber do seu falecimento, declarou: "Sono entrato in Nazionale dopo di lui e secondo me è stato il miglior centrocampista che l'Italia abbia avuto. Sapeva stare in campo, recuperare palloni, fare gol, era un leader in campo e fuori" (algo como, em tradução livre: "Cheguei a seleção depois dele e na minha opinião foi o melhor meio-campista que a Itália já teve. Sabia se colocar em campo, recuperar bolas, fazer gols, era um líder dentro e fora de campo").
Agora, é a hora e vez de Palermo x Juventus, que será disputado no sábado às 20h30 horário da Itália, ser objeto da 'L'Enigma' e suscitar a sagacidade dos leitores do Calcio Serie A.
Enquanto os palpites não vem, vale lembrar que na temporada 2005/2006 a Juventus saiu vitoriosa por 2 x 1, de virada, com gols de Terlizzi (acima perseguindo Ibrahimovic - NewPress) e doppietta de Mutu.
Por fim, importante salientar que o score do III Desafio Calcio Serie A está assim: 1º Leonardo Mafra (3 pts); 2º Michel Costa e Raphael Zerlottini (1).
* Em rodada nada feliz para os líderes da Serie B, o Livorno foi derrotado pelo Pisa do veterano terzino Birindelli por 2 x 1;
* Para o time do mister Ventura marcaram o dieci Leandro Greco (cedido pela Roma ao time nerazzurro propriamente no último mercado) e o zagueiro Federico Viviani, enquanto Alessandro Diamanti anotou para o clube amaranto;
* Sorte do Livorno que o Bari não aproveitou o tropeço do então capolista isoladoe não passou de um empate em 1 x 1 com o Vicenza em pleno San Nicola, tentos do croata giramondo Bjelanovic e de Caputo, que empatou para os mandantes ainda no 1º tempo;
* Assim, com 45 pontos somados depois de 25 rodadas disputadas, Livorno e Bari dividem a liderança da Serie B; * Com 42 punti aparece o Sassuolo, que também empatou, jogando em casa, em 1 x 1 com a Triestina, que saiu na frente com o uruguaio Granoche e sofreu o pareggio com o argentino Erpen;
* Melhor para o Parma, que agora soma 41 pontos depois da convincente vitória de 4 x 0 sobre o Grosseto, com doppiette do artilheiro Vantaggiato (ao lado em ação - Parma) e do hondurenho Leon;
* Com um autogol do zagueiro Zoboli, o Brescia foi derrotado pelo Ascoli por 1 x 0;
* Com a derrota, o Brescia foi alcançado nos 40 pontos pelo Empoli, que passou por 2 x 1 pelo Rimini, gols de Corvia (2) e La Camera; * Na lanterninha da competição segue o Modena, derrotado nesta rodada por 3 x 2 pela Salernitana, com direito a doppietta do atacante Fava, ex Udinese e Treviso.
A 24ª giornata da Serie A 2008/2009 foi mais uma daquelas que pareceu feita por encomenda para a Internazionale, já que, excluída a própria capolista, nenhuma outra equipe dentre as 6 primeiras colocadas venceu, o que ampliou ainda mais a dianteira nerazzurra, que agora conta com 9 pontos de vantagem sobre a vice-líder Juventus.
A Juve, aliás, não conseguiu dar continuidade ao valoroso sucesso obtido frente ao Catania na rodada anterior e apenas empatou em 1 x 1 com a Sampdoria em Turim.
A bem da verdade, a equipe bianconera foi bastante sfortunata, acertando a trave blucerchiata em 3 ocasiões distintas (duas vezes com Nedved e outra com Del Piero), mas saiu atrás no marcador com um golaço de Pazzini (acima sua comemoração - Reuters), esplendidamente servido por Cassano naquela que é a coppia do momento na Serie A!
Injustamente em desvantagem no placar, Ranieri voltou para o 2º tempo com o Formica Atomica Giovinco no lugar do danese Poulsen, colocando a Vecchia Signora toda a frente - e a conseqüência veio logo em seguida, com o brasileiro Amauri (que não marcava há 56 dias!) concluindo para as redes um cruzamento do próprio Giovinco.
Depois, a Juve bem que continuou pressionando (terminou com 61,8% de posse de bola e 22 conclusões contra apenas 7 da Samp), mas não conseguiu a virada, conquistando apenas seu 7º ponto nas 5 partidas do girone di ritorno. Pior, nesta rodada, fez a Roma, que foi visitar a Atalanta em Bergamo e, apenas no 2º tempo, sofreu 3 gols por obra do giovane Capelli e do solito Doni (ao lado perseguido por Tonetto - Grazia Neri), autor de uma doppietta.
Em uma rodade de muitos empates (7 em 10 partidas), quem conseguiu também um bom resultado foi o Cagliari, que pulou para a ótima 7ª colocação com a vitória de 2 x 0 sobre o Lecce com gols de Fini e Matri (mais abaixo, um quadro todo brasiliano com Edinho, Jeda e Fabiano - Locci).
Dentre os vários empates ocorridos, o mais emocionante (e inusitado pela incrível reação viola) foi o 3 x 3 entre Genoa e Fiorentina (http://calcioseriea.blogspot.com/2009/02/o-jogo-da-tv-parte-iii-genoa-x.html), enquanto a única partida que não registrou gols foi Reggina x Palermo, com a equipe amaranto permanecendo na última colocação após o quarto empate consecutivo e a rosanero pela primeira vez passando em branco na temporada. Outro empate aconteceu na sfida salvezza Chievo x Catania, terminada 1 x 1, com gols do argentino Ledesma cobrando pênalti no 1º tempo e do ex Colucci, contratado pelo time de Verona exatamente junto ao siciliano em janeiro último, já no final da 2ª etapa.
O mesmo resultado foi constatado ainda em Siena x Udinese, partida na qual os visitantes jogaram melhor, mas saíram atrás no placar com gol do artilheiro Maccarone e tiveram que ir buscar o empate, concretizado por Di Natale. Completaram a rodada a vitória da Inter no Derby della Madonnina (http://calcioseriea.blogspot.com/2009/02/o-jogo-da-tv-parte-iv-internazionale-x.html) e os pareggi de sábado: Lazio 1 x 1 Torino (http://calcioseriea.blogspot.com/2009/02/o-jogo-da-tv-parte-i-lazio-x-torino.html) e Napoli x Bologna (http://calcioseriea.blogspot.com/2009/02/o-jogo-da-tv-parte-ii-napoli-x-bologna.html). A classificação, transcorridas 24 rodadas, ficou assim: 1º Internazionale (56 pts); 2º Juventus (47); 3º Milan (45); 4º Fiorentina (42); 5º Genoa (41); 6º Roma (40); 7º Cagliari (37); 8º Atalanta (36); 9º Palermo (36); 10º Napoli (35); 11º Lazio (32); 12º Udinese (31); 13º Siena (27); 14º Catania (27); 15º Sampdoria (26); 16º Bologna (23); 17º Lecce (22); 18º Torino (20); 19º Chievo (20) e 20º Reggina (17).
Foi um Derby maiúsculo - eletrizante, com lances polêmicos e que terminou com a Inter ampliando para 11 pontos sua vantagem sobre o Milan, forte no sucesso por 2 x 1!
As equipes entraram em campo como previsto, a não ser pela presença do stankovista Maicon na lateral direita nerazzurra, com Santon permanecendo pela esquerda e Samuel e Chivu como centrais - no Milan, sem Kaká, Ancelotti formou o centrocampo com Beckham, Pirlo e Ambrosini em linha e Seedorf e Ronaldinho mais à frente no suporte do solito Pato.
Depois de um começo melhor do Milan, embora sem maior incisividade, coube à Inter a primeira grande chance da partida, com Stankovic demorando demais para concluir já dentro da área e cara-a-cara com Abbiati, permitindo a intervenção precisa de Ambrosini (ao lado dando combate a Adriano - Afp), que jogou a bola para escanteio.
Mas, a defesa do Milan continuou desatenta e, aos 29', Maldini não acompanhou Adriano que, em cruzamento de Maicon, cabeceou para fazer 1 x 0.
Porém, o lance que resultou no vantaggio interista ainda vai gerar muita discussão, pois a bola, depois de testada pelo atacante brasileiro, tocou em seu braço (à esquerda - Reuters), o que acabou sendo fundamental para a trajetória vincente da pelota (o lance, em sua íntegra, pode ser visualizado nos highlights ao final do post).
O Milan tentou reagir imediatamente, mas e defesa da Inter estava bem postada e, nas poucas vezes em que superada, o ataque rossonero ainda tinha que se ver com Júlio César (mais abaixo contra Pato - La Presse). E, quando o ritmo diminuiu e parecia que as equipes já pensavam no intervalo, eis que Ibrahimovic subiu mais que Kaladze e, com o toque de cabeça, serviu para Stankovic, mais uma vez indisturbato dentro da área, concluir para fazer 2 x 0 - inapelável para Abbiati!
O 2º tempo começou com Seedorf telegrafando um passe para Muntari que, velozmente, lançou da sua própria intermediária Adriano que, com a complacência de Kaladze, entrou dentro da área, mas acabou concluindo ao lado do gol defendido por Abbiati.
Aí, foi a vez do Milan começar a jogar, inaugurando uma série orgulhosa com o pênalti não marcado de Stankovic em Ambrosini aos 10'.
Depois, tendo Inzaghi no posto de um affaticatto Beckham e Ronaldinho inspirado, a equipe rossonera chegou ao seu gol aos 26', com Jankulovski (servido magistralmente por Dinho) centrando, da linha de fundo, para antes da marca do pênalti, onde Pato teve apenas o trabalho de colocar em posição impossível para Júlio César. Um novo Milan (que terminou com incríveis 64,5% de posse de bola) partiu com muito ímpeto atrás do pareggio e só mesmo um grande Júlio César para negar o gol milanista - na única vez que a bola superou o goleiro brasileiro, o árbitro Rosetti justamente invalidou o gol (belíssimo) de Inzaghi (abaixo a conclusão perfeita de sem-pulo - Reuters), que partiu em impedimento. Em um final amplamente dominado pelo Milan (e com uma Inter super defensiva), um bravo Adriano ainda conseguiu expor as mazelas defensivas da equipe rossonera ao levar grande vantagem sobre Maldini (em seu último dos 42 confrontos contra a Inter) e concluir, de dentro da área, para grande defesa de Abbiati aos 29'. O Milan ainda reclamou mais um pênalti, que desta vez teria sido cometido por Chivu em Inzaghi, mas, a considerar a defesa de Júlio César em tiro do próprio Pippo aos 45', o portierone seria um difícil obstáculo até mesmo para uma conclusão su rigore.
O tabellino da partida que abriu ainda mais o caminho da Inter rumo ao 4º scudetto seguido: Inter: Júlio César; Maicon, Samuel, Chivu, Santon; Zanetti, Cambiasso, Muntari (88' Maxwell), Stankovic (83' Burdisso); Ibrahimovic, Adriano (80' Vieira). All. Mourinho. Milan: Abbiati; Zambrotta, Maldini, Kaladze (77' Senderos), Jankulovski; Beckham (57' Inzaghi), Pirlo, Ambrosini, Seedorf, Ronaldinho; Pato. All. Ancelotti. Gols: 29' Adriano, 43' Stankovic, 71' Pato. Árbitro: Rosetti. Cartões amarelos: Ambrosini, Samuel, Cambiasso, Burdisso, Vieira e Chivu. Incasso? Apenas módicos € 2.584.283,49!
Com uma atuação estupenda do romeno Mutu, a Fiorentina protagonizou uma rimonta sensacional e manteve o 4º posto na classificação ao empatar, in extremis, em 3 x 3 com o Genoa neste domingo no Marassi.
Postado no habitual 3-4-3 de Gasperini, foi o Grifone que começou melhor, controlando sem maiores dificuldades o tridente viola formado por Jovetic, Gilardino e Mutu, forte no centrocampo mais robusto com Juric e Thiago Motta centrais e Rossi e Criscito como esterni. E, aos 12', em eccellente triangolazione tra Thiago Motta e Milito, o brasileiro (ao lado contra Donadel - Grazia Neri) teve tranquilidade para tocar para o fundo das redes antecipando Dainelli.
Sem o nazionaleverdeoro Felipe Melo, suspenso, o meio de campo da Fiorentina continuou inferiorizado diante de um aplicado Genoa, que prosseguiu mantendo a primazia na posse de bola e alternando jogadas pelas alas com incursioni centrali, onde o excelente brasiliano ex Barcelona aparecia com grande destaque.
Mas, aos 30', o zagueiro rossoblù Biava foi imprudente e recebeu o 2º cartão amarelo ao fazer uma falta em Jovetic, deixando o time genoano com apenas 10 homens em campo.
A conseqüência foi imediata, com o ala Rossi recuando para compor a defesa rossoblù e a Fiorentina, aproveitando da superioridade numérica, passando a controlar muito mais as iniciativas. Porém, foi o Genoa que voltou a marcar, com Palladino anotando seu 2º gol na stagione em grande jogada individual de Mesto, alla 200ª partita in campionati pro, que avançou por cerca de 50 metros e passou por 3 adversários antes de centrar na área. A equipe treinada por Prandelli tentou responder imediatamente e Gilardino ainda teve uma boa chance, mas acabou indo para o intervalo perdendo mesmo por 2 x 0.
De volta a campo, o Genoa retornou com Milanetto (ao lado contra Montolivo - Tanopress) no posto de Palladino, com o intuito de recuperar o controle da área nevrálgica, enquanto a Fiorentina não demorou muito para trocar Kuzmanovic por Semioli, adiantando o baricentro. E o bom arqueiro Frey continuou como mero espectador até que, aos 11', Gamberini derrubou o lateral Criscito dentro da área - cobrança de Milito dos 11 metros e Genoa 3 x 0!
Partita finità? Pelo desenrolar aparentava que sim, mas logo em seqüência o brasileiro Rubinho saiu mal do gol e Bocchetti acabou cometendo pênalti em Gilardino - convertido com categoria por Mutu (abaixo - Ansa).
Aí, a partida se transformou em um verdadeiro treino de ataque contra defesa, com o Genoa totalmente incapaz de gestir a vantagem registrada no placar. A Fiorentina, que terminou o cotejo com 57,5% de posse de bola (depois de um 1º tempo em que o Genoa foi padrone durante boa parte) e 58,88% de vantaggio territoriale, passou, então, a exercer uma blitz quase permanente. O futebol do montenegrino Jovetic começou a ganhar destaque e, em cruzamento de Montolivo, Mutu quase marcou mais uma vez aos 24', com a bola passando perto da trave direita de Rubinho. Gasperini percebeu que o seu barco continuava a fazer água e lançou o grego Papastathopoulos no lugar de Mesto, reforçando o setor defensivo e deixando Milito praticamente só na frente, com o avante argentino sendo até mesmo obrigado a buscar a bola no meio de campo em algumas ocasiões.
Mas a Fiorentina parecia ter mais do que um homem de vantagem e Prandelli ousou trocando o lateral Comotto pelo aríete Bonazzoli, passando a equipe a um 3-4-3 de grande potencial ofensivo, com Semioli e Jovetic encostando nos atacantes naturais Bonazzoli, Gilardino e Mutu.
O assédio surtiu efeito, com Mutu marcando seu 2º tento na partida aos 35' da etapa complementar, em cobrança de falta que contou com o desvio em Thiago Motta para vencer seu compatriota Rubinho.
Ainda não havia acabado: a Fiorentina continuou tutta in area ligure e o clima que já era de tensão (a partida foi bastante viril) ficou explosivo quando, aos 36', Milanetto cometeu pênalti em Jovetic, mas o árbitro Rizzoli não marcou a infração e não advertiu o viola, que já tinha recebido cartão amarelo, por simulação.
E, nos acréscimos, quando o Genoa finalmente conseguiu segurar por alguns instantes a bola no campo adversário, eis que Mutu aproveitou uma bola sem dono em uma mischia na área genoana e, com muita classe, colocou longe do alcance do portiere Rubinho para empatar a partida e completar sua tripletta personale.
Não deu tempo para mais nada, de nada adiantando os protestos de Ferrari.
Cartões amarelos: Biava, Jovetic, Juric, Bonazzoli, Thiago Motta e Donadel.
Cartão vermelho: Biava. A seguir, os highlights da sensacional peleja, acompanhados de entrevista com o one man show Mutu, que declarou: "Sono state tre reti importanti contro un'avversaria per la corsa Champions. Eravamo k.o. eppure siamo stati bravi a crederci, abbiamo dimostrato cuore e carattere. Sul 3-0 sembrava un pazzia pensare al pareggio, loro giocavano benissimo. Noi abbiamo tirato fuori qualcosa dopo che il Genoa era stato più bravo di noi e aveva giocato un primo tempo strepitoso".