Memorabilia - Clerici
Pouquíssimo conhecido em seu país natal, o brasileiro Sergio Clerici é, entretanto, um dos maiores artilheiros de todos os tempos da Serie A, figurando no exclusivo rol dos marcatori que ultrapassaram a marca dos 100 gols na máxima divisão do futebol italiano.
Descendente de italianos (seus avós paternos emigraram da Lombardia e os maternos da Toscana), Sérgio Clérice nasceu aos 25 de maio de 1941 na cidade de São Paulo e começou sua carriera di calciatore no Nacional, passando ao Palmeiras ainda muito jovem, aos 17 anos.
Descendente de italianos (seus avós paternos emigraram da Lombardia e os maternos da Toscana), Sérgio Clérice nasceu aos 25 de maio de 1941 na cidade de São Paulo e começou sua carriera di calciatore no Nacional, passando ao Palmeiras ainda muito jovem, aos 17 anos.
Porém, ao prestar o serviço militar, Sérgio Clérice teve como comandante o então major Maurício Cardoso que, nas horas vagas, colaborava com a Portuguesa Santista, para onde levou o jovem atacante por empréstimo.
Mas, legítimo andarilho dos gramados, ainda em 1960 Clérice foi parar na Itália, mais precisamente no modesto Lecco, onde logo teve que enfrentar uma verdadeira querela quanto a sua ascendência, que restou comprovadamente italiana ao se descobrir que Clerici havia sido transformado em Clérice por um inadvertido funcionário cartorial.
Já com a grafia original, Sergio Clerici transcorreu 7 temporadas jogando pelo Lecco, alternando entre a Serie A e o campionato cadetto, onde efetivamente despontou seu futebol, realizando 10 gols no campeonato 1963/1964 e nada menos do que 20 no seguinte, se sagrando capocannoniere do torneio ao lado do bresciano Virginio De Paoli.
Mas, legítimo andarilho dos gramados, ainda em 1960 Clérice foi parar na Itália, mais precisamente no modesto Lecco, onde logo teve que enfrentar uma verdadeira querela quanto a sua ascendência, que restou comprovadamente italiana ao se descobrir que Clerici havia sido transformado em Clérice por um inadvertido funcionário cartorial.
Já com a grafia original, Sergio Clerici transcorreu 7 temporadas jogando pelo Lecco, alternando entre a Serie A e o campionato cadetto, onde efetivamente despontou seu futebol, realizando 10 gols no campeonato 1963/1964 e nada menos do que 20 no seguinte, se sagrando capocannoniere do torneio ao lado do bresciano Virginio De Paoli.
No torneio 1965/1966, Clerici voltou a mostrar seus dotes de bomber e marcou 17 vezes, ficando a apenas 1 do artilheiro Gianni Bui do Catanzaro e, assim, obtendo o retorno à Serie A.
Típico homem de área dotado de refinada técnica, forte in acrobazia e bom arrematador com ambos os pés, Clerici deixou o Lecco após 59 gols em 201 partidas (fra A e B) e se transferiu ao Bologna em 1967 (ao lado uma formação rossoblù daquela temporada, sendo que Clerici está agachado, ao centro, entre Fogli e o alemão Haller - Ronchi).
Porém, contratado exatamente após a venda do dinamarquês Harald Nielsen - campeão e artilheiro com o Bologna na temporada 1963/1964 - para a Internazionale, Clerici viveu, segundo ele próprio, "uno degli anni peggiori della mia vita sotto le Due Torri, con un pubblico che mi vedeva como il fumo negli occhi" (na foto mais ao alto, Clerici com a maglia rossoblù - Ronchi).
Assim, após apenas 4 gols em 22 presenças, Clerici se transferiu à Atalanta, com a qual fez 9 gols em 26 partidas no campeonato 1968/1969, sendo o artilheiro da equipe que, com seus pífios 25 tentos, não escapou do rebaixamento.
Mas o destino de Gringo não era o campionato cadetto e Clerici defendeu, no torneio 1969/1970, as cores amarelo e azul do Verona, feito que repetiu também no campeonato seguinte, totalizando 18 gols em 54 jogos.
Porém, contratado exatamente após a venda do dinamarquês Harald Nielsen - campeão e artilheiro com o Bologna na temporada 1963/1964 - para a Internazionale, Clerici viveu, segundo ele próprio, "uno degli anni peggiori della mia vita sotto le Due Torri, con un pubblico che mi vedeva como il fumo negli occhi" (na foto mais ao alto, Clerici com a maglia rossoblù - Ronchi).
Assim, após apenas 4 gols em 22 presenças, Clerici se transferiu à Atalanta, com a qual fez 9 gols em 26 partidas no campeonato 1968/1969, sendo o artilheiro da equipe que, com seus pífios 25 tentos, não escapou do rebaixamento.
Mas o destino de Gringo não era o campionato cadetto e Clerici defendeu, no torneio 1969/1970, as cores amarelo e azul do Verona, feito que repetiu também no campeonato seguinte, totalizando 18 gols em 54 jogos.
Já um atacante afirmado no campeonato italiano, em 1971 Clerici passou à Fiorentina (ao lado com o capitão viola De Sisti - L'Unità), time que defendeu por duas outras temporadas com sucesso, realizando 20 gols e obtendo um 4º lugar ao lado do também brasileiro Sormani e de um jovem Antognoni.
De qualquer modo, o apogeu da carreira de Clerici ainda estava por vir e aconteceu com o atacante envergando a camisa do Napoli, clube que defendeu de 1973 a 1975.
Comandado pelo seu compatriota Vinicio e contando com o também brasileiro Cané no time, o Napoli tutto samba fez uma excepcional campanha nos campeonatos em que contou com Clerici, conquistando um 3º lugar e, na stagione 1974/1975, um incrível vice-campeonato.
El Gringo fez nada menos do que 29 gols em suas 57 partidas com os partenopei e, em entrevista concedida por Corrado Ferlaino ao jornalista Salvatore Biazzo em 1995, o ex presidente napoletano se exaltou mais ao falar de Clerici do que do próprio Maradona, lembrando que o brasileiro "era l'unico attaccante di cui avevano paura i difensori, quando in genere succedeva il contrario; era cattivo, grintoso, non mollava mai il pallone".
Comandado pelo seu compatriota Vinicio e contando com o também brasileiro Cané no time, o Napoli tutto samba fez uma excepcional campanha nos campeonatos em que contou com Clerici, conquistando um 3º lugar e, na stagione 1974/1975, um incrível vice-campeonato.
El Gringo fez nada menos do que 29 gols em suas 57 partidas com os partenopei e, em entrevista concedida por Corrado Ferlaino ao jornalista Salvatore Biazzo em 1995, o ex presidente napoletano se exaltou mais ao falar de Clerici do que do próprio Maradona, lembrando que o brasileiro "era l'unico attaccante di cui avevano paura i difensori, quando in genere succedeva il contrario; era cattivo, grintoso, non mollava mai il pallone".
Paradoxalmente, o mesmo Ferlaino não hesitou em inserir Clerici na negociação que levou o mais giovane Savoldi a trocar o Bologna pelo Napoli em 1975.
Assim, muito a contra gosto (estava passando férias em São Paulo quando ficou sabendo da transferência), Clerici retornou ao Bologna quase 10 anos depois de sua primeira (decepcionante) passagem.
Mas, o Gringo logo se tornou um beniamino do público rossoblù e prosseguiu em sua seconda giovinezza, disputando outros 2 campeonatos com o Bologna (acima, um mergulho de Clerici contra a Sampdoria em maio de 1977 - Storie di Calcio) antes de encerrar a carreira na Lazio, ao final da temporada 1977/1978, quando era o único straniero em atividade na Serie A.
Além de ser o 67º maior artilheiro do campeonato italiano, com 103 gols anotados, Clerici ostenta a marca de ser o estrangeiro que mais clubes defendeu na Serie A - 7 ao todo.
Além de ser o 67º maior artilheiro do campeonato italiano, com 103 gols anotados, Clerici ostenta a marca de ser o estrangeiro que mais clubes defendeu na Serie A - 7 ao todo.
Posteriormente, Clérice retornou ao Brasil e chegou a treinar Santos e Palmeiras, residindo atualmente em Araraquara.
Marcadores: 1960, 1970, memorabilia
5 Comments:
Agora, fiquei bem informado a respeito do Clerici.
Muiti obrigado, Rodolfo!
Pai,
Muitíssimo obrigado pela visita! Estou esperando você amanhã para conhecer o Eduardo!
Abraços,
Rapaz, bom saber sobre o Clerici. Pro cara ter sido mais bem falado que o Maradona, algo de especial ele deve ter feito.
Rodolfo, só peço um pequeno favor. O endereço do meu blog ao lado - Futebol Europeu Online - está no endereço antigo, eu queria pedir, se não foi de muito incomodo, ajeitar o link pra http://europafootball.wordpress.com/ O link do teu blog já está adicionado no meu blog.
Eduardo,
Devidamente atualizado! Aliás, muitíssimo obrigado pela visita e pela deferência!
Abraços,
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