Atalanta x Livorno, 04 de maio de 2008, aos 68', com o placar apontando 2 x 1 para a equipe
bergamasca, o 4º árbitro digitou os números 6 e 9 na plaqueta eletrônica que informa o número do atleta a ser substituído.
Ali, saindo para dar lugar à revelação Diamanti, muito provavelmente David Balleri encerrou, sem maiores estardalhaços, sua longa e honesta carreira na Serie A.
Nascido exatamente em Livorno aos 28 de março de 1969 (daí a camiseta de nº 69 envergada nas últimas temporadas), Balleri começou sua carreira no Cuoiopelli (posteriormente CuioCappiano), mesma
squadra onde começou o
bomber Cristiano Lucarelli, também ligadíssimo ao clube
livornese.
Depois de duas temporadas intercaladas com igual número no Interregionale com a Cerretese, Balleri, aos 21 anos, deixou o Cuoiopelli para passar ao Siracusa, na Serie C1, onde realizou outros dois ótimos campeonatos.
Assim, no dia 06 de setembro de 1992, Balleri fez sua estréia no calcio que conta, defendendo o Cosenza contra o Padova pela Serie B.
Os Lupi della Sila não conseguiram a promoção à Serie A, mas o veloz Balleri se destacou como um dos melhores laterais direitos da competição cadetta e, disputado por várias agremiações, acabou optando pelo Parma (figurinha acima), clube com o qual fez seu esordio na principal divisão do Calcio entrando no posto de Benarrivo aos 83' de um Lazio x Parma disputado no dia 08 de setembro de 1993.
Não obstante a concorrência aguerrida, Balleri terminou a temporada 1993/1994 com 20 presenças e 1 gol (anotado diante do Piacenza, pela 17ª giornata).
No campeonato seguinte, Balleri defendeu o Padova, squadra appena promossa in A e com a qual contribuiu com grandes atuações para uma merecida salvezza.
Lateral muito voluntarioso, dono de um bom passe e capaz de cruzamentos certeiros, Balleri deu novo salto ao acertar com a Sampdoria para a temporada 1995/1996.
Com a equipe
blucerchiata foram 4 temporadas, sendo que a última de triste lembrança com o rebaixamento da equipe, não obstante as presenças de astros como Ortega e Montella.
De qualquer maneira, o descenso do clube
doriano não foi responsabilidade de Balleri, que permaneceu na Serie A defendendo o Lecce.
Porém, também com o Lecce
l'avventura de Balleri
si conclude con la retrocessione tra i cadetti, mas, desta vez, o jogador acabou seguindo a equipe para, em setembro de 2002, se transferir ao Livorno, sempre na Serie B.
Portanto, aos 33 anos, finalmente Balleri vestiu pela 1ª vez profissionalmente a camisa do seu time de coração.
E o sonho foi completado quando o time amaranto, treinado por Mazzarri e com os vários Protti, Vigiani, Chiellini, Lucarelli e Ruotolo, além do próprio Balleri, conquistou um posto na Serie A depois de mais de 50 anos!
Assim, no dia 11 de setembro de 2004, ao empatar com o Milan em 2 x 2 no San Siro, Balleri participou do aguardado retorno do Livorno à Serie A.
Desde então, foram 4 campeonatos com o clube toscano, coroados com a aventura de disputar a Copa U.E.F.A. na temporada 2006/2007, totalizando 105 presenças de Balleri na máxima divisão do futebol italiano vestindo a camisa amaranto.
Só que, infelizmente, depois de 348 partidas na Serie A (a 300ª ocorreu em 22 de outubro de 2006, no clássico contra o Siena), Balleri, agora já com 39 anos (a figurinha acima é da última temporada), vê sua carreira na Serie A mais uma vez sob risco por causa de um rebaixamento, sendo que este muito doloroso...
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