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quinta-feira, maio 22, 2008

Memorabilia - Domenghini

Angelo Domenghini entrou para a história como um dos maiores expoentes do calcio da época em que os Beatles comandavam a revolução social a partir da Inglaterra, integrando 2 grandes esquadrões: a Inter de Helenio Herrera e o Cagliari de Manilo Scopigno.
Nascido aos 25 de agosto de 1941 em Lallio, uma pequeníssima comuna na província de Bergamo, Domenghini, como muitos outros garotos, começou correndo atrás da bola nei prati dell'oratorio, passando a Atalanta em 1960, onde estreou na Serie A sob o comando de Ferruccio Valcareggi contra a Udinese em 04 giugno del 1961.
Depois da inevitabile gavetta, aquele ala destra de tiro potente e destemido mesmo contra adversários de maior envergadura logo galgou um posto de titular na equipe nerazzurra de Bergamo, realizando 8 gols em 33 partidas já na temporada 1962/1963 da Serie A, quando ainda conquistou o 1º dos vários títulos importantes de sua carreira (a Coppa Italia, fazendo os 3 gols da equipe bergamasca na final disputada contra o Torino em Milão - na foto acima - Panini - a equipe da Atalanta, sendo que Domenghini é o 3º, da esquerda para a direita, agachado) e chegou a Azzurra 'B'.
Na stagione seguinte, com 9 reti em 32 gare, além de se sagrar o cannoniere orobico, Domenghini fez sua estréia na seleção italiana principal enfrentando a então União Soviética em Roma pela 2ª Coppa Henri Delaunay, atualmente mais conhecida pela denominação de Eurocopa.
Por 200 milioni, Domenghini aportou na poderosa Internazionale del presidente Angelo Moratti e dell'allenatore Helenio Herrera como principal reforço para a temporada 1964/1965.
A formidável macchina interista, que havia perdido a chance de ser bicampeã italiana na temporada anterior ao ser derrotada no spareggio disputado contra o Bologna, foi implacável, conquistando não só o scudetto, mas também os bicampeonatos da Coppa dei Campioni derrotando o Benfica de Coluna e Eusebio na final e da Copa Intercontinental, vencido em cima do Independiente da Argentina.
Domenghini, então já L'Angelo Azzurro, passou a atuar como tornante instancabile, ajudando muito não só o ataque, mas também a defesa (acima com a camisa nerazzurra - Inter).
Em Milão, foram outros 4 anos, com mais 1 scudetto e outra final da Coppa dei Campioni, desta vez perdida para o Celtic em 1967, sempre com uma excelente média de gols (foram 50 nas 5 temporadas de Serie A).
Antes de ser incluído na transação que tirou o avante Boninsegna do Cagliari, Domenghini ainda participou da vitoriosa campanha italiana na Euro'68, inclusive marcando o gol do empate na 1ª final disputada contra a Iugoslávia (na época, como ainda não havia disputa por pênaltis, os jogos decisivos que terminavam empatados eram repetidos).
Na Sardenha, Domenghini (ao lado contra Trapattoni no Milan x Cagliari de 19 de abril de 1970 - Guerin Sportivo) foi buscar novos estímulos e acabou sendo imprescindível na conquista do único e histórico scudetto do Cagliari, formando uma dupla implácavel de atacantes com Gigi Riva.
Attaccante che in pratica sa fare tutto, Domenghini, padrone da maglia número sete italiana, foi titular da campanha na Copa do México, quando a Azzurra perdeu a finalíssima para o Brasil de Pelé (na foto mais abaixo, o Rei observa exatamente um lance do L'Angelo Azzurro na decisão disputada no estádio Azteca - Guerin Sportivo).
Domenghini encerrou sua participação no selecionado italiano em 1972, totalizando 33 presenças e 7 gols com a mítica maglia azzurra, mas prosseguiu com a carreira de futebolista até 1979, quando pendurou as chuteiras defendendo o Trento, na Serie C1.
Antes, porém, Domenghini ainda envergou a maglia giallorossa da Roma na temporada 1973/1974 (fazendo dupla de ataque com Pierino Patri), a do Verona (com a qual conheceu a Serie B), a do Foggia em 1976/1977 (na última aparição de L'Angelo Azzurro na Serie A) e a do Olbia.
Ao encerrar sua grande avventura calcistica com 349 presenças e 93 gols na Serie A entre 1960 e 1977, Domenghini se tornou o 73º maior artilheiro da competição de todos os tempos.

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2 Comments:

At 9:05 PM, Blogger João Caniço said...

Rodolfo, muito bom este teu texto sobre o perfil do Domenghini! Eu apenas sabia que ele tinha sido o autor do tento do empate na final contra a Jugoslávia do Euro 68, golo decisivo já que o jogo estava perto do fim e a 'azzurra' estava em sérios riscos de perder a competição em sua própria casa...
Abraços

 
At 11:19 PM, Blogger Rodolfo Moura said...

JP,
Muito obrigado! Essa é, juntamente com a 'Momento Panini', a coluna que mais gosto de fazer.
Que fico muito feliz de saber que você leu (e ainda gostou!).
Abraços,

 

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