Depois da derrocada frente à Roma no último sábado (vide 'O Jogo Da TV - Parte II'), nesta quarta-feira foi a vez do Milan receber a Sampdoria em pleno San Siro e também sair derrotado.
O sucesso blucerchiato (que não ocorria em Milão desde 1997, quando Mancini e Mihajlovic marcaram 2 dos 3 gols da vitória da Samp por 3 x 2) só não teve conseqüências catastróficas sobre a classificação do Milan porque a Fiorentina, atual ocupante do 4º posto na Serie A, também perdeu na rodada, mas, agora, a própria Samp e a Udinese vêm coladinhas na equipe rossonera, para quem, novo tropeço, possivelmente será fatal!
Foi uma partida de uma equipe que, não obstante os problemas de formação ocasionados pelas ausências dos seus principais atacantes (Cassano, Montella e a impossibilidade de Bellucci atuar pelos 90'), atuou de forma grandiosa, contra um Milan que só fez comprovar o que quase todos sabiam: a
annata é decepcionante e uma reformulação, urgente!
Com Bonazzoli no ataque e Delvecchio de trequartista, o time de Gênova começou pressionando desde o início, mantendo um pressing forte a partir de um meio de campo postado alto, enquanto o Milan, lançado em um 4-3-2-1, com Seedorf e Kaká alle spalle de Pato, logo perdeu Il Principe, que saiu sentindo fortes dores decorrentes de uma lombalgia (à direita o brasileiro no chão - Grazia Neri), substituído pelo molto giovane Paloschi.
Logo em seguida a substituição forçada e que dará muito o que falar na Itália, a Samp abriu o placar com o ala goleador Maggio, que aproveitou uma rovesciata de Delvecchio e, dentro da pequena área, apenas completou para o fundo das redes totalmente indisturbato pela defesa milanista.
Os comandados de Ancelotti não conseguiram assimilar o golpe e o que se viu foi um amplo domínio da equipe treinada por Mazzarri, que encontrava tremenda facilidade para chegar ao gol defendido por Kalac e, aos 25', aumentou a vantagem com Delvecchio (abaixo contra o
mediano Pirlo -
Grazia Neri) que, recebendo lançamento de Volpi e vencido Nesta, deslocou o
portiere australiano Kalac em sua saída.
Aí o Milan reagiu? Que nada, não se viu nem traço da equipe rubro-negra durante todo o 1º tempo.
Assim, aos 10' da 2ª etapa Ancelotti já havia usado todas as substituições a que tinha direito, colocando também Gilardino e Favalli em campo, nos postos de Ambrosini e de um irreconhecível Jankulovski.
Atuando no 4-3-3 e com um baricentro mais elevado, o Milan melhorou no final da partida (piorar, também, seria impossível!) e conseguiu ameaçar a meta defendida por Castellazzi, com Pirlo acertando a trave e, aos 26', anotando seu tento, em jogada de Pato (que não foi bem) concluída de cabeça por Paloschi, que pareceu o mais motivado dos
rossoneri.
No finalzinho, o zagueiro
blucerchiato Lucchini ainda foi expulso por impedir uma arrancada de Paloschi (ao lado o lance -
Sampdoria) e o Milan praticou um assalto
finale, que não foi, porém, suficiente para alcançar o empate, que teria sido imerecido por tudo que a Samp fez, principalmente em um 1º tempo
perfetto.
O
tabellino da 3ª derrota interna do Milan no campeonato (contra 4 vitórias e 7 empates):
Milan: Kalac; Oddo, Nesta, Kaladze, Jankulovski (55' Favalli); Gattuso, Ambrosini (46' Gilardino), Pirlo, Seedorf, Kaká (10' Paloschi); Pato. All. Ancelotti.
Sampdoria: Castellazzi; Lucchini, Gastaldello, Accardi; Palombo, Volpi, Maggio, Pieri (74' Zenoni), Sammarco, Delvecchio (88' Ziegler); Bonazzoli (76' Bellucci). All. Mazzarri.
Gols: 12' Maggio, 25' Delvecchio, 71' Paloschi.
Árbitro: Banti.
Cartões amarelos: Lucchini, Pieri, Favalli e Delvecchio.
Cartão vermelho: Lucchini.
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