L'Enigma

O enigma desta semana não é nada difícil - quem é o jogador à esquerda (Calcio 2000)?

Dica (apesar de não precisar): atacante talentoso, é pretendido por diversos clubes da Serie A.

Na próxima quarta-feira os acertadores!

A Itália Na Europa

Começou a temporada européia para as equipes italianas - ainda que a Taça Intertoto não tenha o mínimo glamour.

Afinal, o torneio é tão desprestigiado que a própria U.E.F.A., em seu sítio na internet, consigna: "A lista principal de acesso das equipas em competição está dependente do número de federações que desejam participar".

De qualquer maneira, a competição, que não tem um formato muito simples, serve de trampolim para a Copa U.E.F.A., vez que os 11 clubes vitoriosos na 3ª eliminatória da Intertoto seguem para a 2ª pré-eliminatória da U.E.F.A. (alguém entendeu?).

Na 1ª eliminatória, a Intertoto rendeu confrontos como os incríveis Sant Julià x Slavija e Shakhtyor x Ararat!
Já a 3ª eliminatória apresentou, ao menos, algumas equipes interessantes à competição, como a própria Sampdoria, o espanhol Atlético de Madrid, o inglês Blackburn Rovers, o alemão Hamburg e o francês Lens.

À Sampdoria coube enfrentar os búlgaros do Cherno More, que eliminou o Makedonija Skopje por complessivos 7 x 0 na fase anterior.
E o jogo de ida ocorreu no último sábado, dia 21, com a Samp vencendo por 1 x 0 em Bourgas, gol contra de Dimov aos 49' do 1º tempo.

Ainda que com pouco tempo de treinamento, a Sampdoria, que foi a campo com Castellazzi; Lucchini, Sala e Accardi; Maggio, Volpi, Palombo e Pieri; Koman e Bellucci; Caracciolo (na foto acima o 11 inicial - Sampdoria), venceu o confronto com mérito, controllando senza troppe difficoltà gli avversari per tutto il tempo.
De registrar o forte calor sob o qual a partida foi disputada, que fez com que o árbitro sueco Sandmoen determinesse 2 time out de 90'' cada, 1 em cada tempo, para que os jogadores pudessem se refrescar, além dos vários brasileiros integrantes do elenco do Cherno More, dentre os quais o maranhense e ex-Santa Cruz Jovaldir Ferreira (à esquerda contra o italiano Lucchini - Sampdoria).

Memorabilia - Francescoli

El Príncipe Enzo Francescoli, assim que desembarcou na Sardenha em 1990, exclamou: "L'Italia, finalmente! Il campionato migliore del mondo, perchè in ogni squadra militano i più bravi giocatori in circolazione. È il massimo per un calciatore".

Último dos fuoriclassi uruguaios, San Francescoli começou sua carreira no modesto Wanderers de Montevidéu, cidade onde nasceu em 12 de novembro de 1961.

Depois de conquistar o Sul-Americano de Juniores em 1981 com a seleção do Uruguai, competição da qual foi o artilheiro e eleito melhor jogador, Francescoli foi contratado pelo River Plate, da Argentina, por US$ 360 mil.

Com Los Millonarios foi campeão e artilheiro do campeonato argentino de 1986, além de ter conquistado a Taça Libertadores da América do mesmo ano e eleito o melhor jogador sul-americano de 1984.

Ídolo em Buenos Aires, sua transferência para o inexpressivo Matra Racing, ainda em 1986, foi surpreendente. Na França, permaneceu durante 4 temporadas, sendo a última com o poderoso Olympique de Marseille, quando foi campeão francês ao lado dos vários Amoros, Deschamps, Papin, Sauzée, Tigana, do inglês Waddle e do brasileiro Mozer.

Porém, o habilidoso meia ofensivo, que também desempenhava muito bem o papel de 2º atacante, nunca escondeu seu desejo de atuar na Serie A - "il migliore campionato del mondo".

Assim, apesar de ter tido seu nome ligado por diversas vezes a clubes poderosos como a Roma, o Milan e a Juventus, Francescoli não pestanejou duas vezes quando seu procurador, o famoso Paco Casal, disse que tinha uma proposta de uma squadra italiana, ainda que esta fosse o recém-promovido da Serie B Cagliari.

Na Sardenha, não obstante uma estréia desastrosa (derrota de 3 x 0 para a Internazionale, com uma tripletta do alemão Klinsmann), treinado por um jovem Ranieri e ao lado de seus conterrâneos Fonseca e Herrera, Francescoli (foto da esquerda - Guerin Sportivo) conseguiu reviver os grandes momentos do clube rossoblu, sendo o ápice a conquista da vaga à Copa U.E.F.A. 1993/1994.

Porém, depois de 3 temporadas no Cagliari, Francescoli não disputou a competição européia como Cagliari, já que se transferiu em julho de 1993 para o Torino (foto abaixo - Mana), onde permaneceu por apenas uma stagione.

Mas a mudança de clube não impediu El Príncipe de disputar uma competição européia em sua última temporada no Velho Continente, já que o Toro participou da Coppa delle Coppe e só foi eliminado nas quartas-de-final pelo futuro campeão Arsenal, depois de um empate em 0 x 0 em Turim e uma derrota de 1 x 0 em Londres.

De volta à Argentina, Francescoli jogou no River Plate até 1997, período no qual foi mais uma vez eleito o melhor jogador do continente (em 1995) e conquistou vários títulos argentinos e outra Taça Libertadores da América (em 1996).

Com a seleção uruguaia (foto mais ao alto - Guerin Sportivo), Francescoli jogou 73 partidas de 1982 a 1997, conquistando 3 das 4 Copas Américas que disputou (1983, 1987 e 1995, perdendo apenas a de 1989, disputada no Brasil) e participando das Copas do Mundo de 1986 e 1990.

Dentre os inúmeros fãs que o uruguaio teve, um dos mais famosos é o francês Zinedine Zidane que, além de ter chamado seu primogênito de Enzo, segundo dizem, jogava com uma camisa de Francescoli por baixo da de seu clube no início da carreira.

L'Enigma - La Soluzione

Parabéns ao Daniel Schneider, ao Michel Costa e à Cyntia Santana, todos experts elucidadores de que o craque à esquerda (Onze Mondial) é o búlgaro Hristo Stoichkov, atacante genial, dotado de boa força física, garra e habilidade que, porém, não conseguiu sucesso em sua passagem pela Itália, onde defendeu o Parma na temporada 1995/1996 (foto à direita - Guerin Sportivo).

Especulações Da Semana

Bettega no Siena! Calma, não se trata do ex-atacante e vice-presidente da Juventus, mas sim do filho deste, Alessandro, que se transferiu da Juventus para o clube da Toscana na última terça-feira.

Aliás, Bettega Jr., um giovane centrocampista de 19 anos, não foi o único reforço contratado pelo Siena durante a semana, já que a equipe bianconera também acertou o empréstimo do ítalo-argentino Fernando Forestieri, apontado como uma das maiores promessas do calcio e que disputou a última Serie B com o Genoa.

Na negociação, o francês Abdoulay Konko fez o caminho inverso e acertou, em definitivo, seu ingresso no Genoa, clube que já detinha metade de seus direitos federativos.

Mas as principais novidades da semana vieram de Florença, onde a Fiorentina definiu as contratações do experiente atacante Christian Vieri (no alto, com Pantaleo Corvino, na sua apresentação - Fiorentina) e do esterno Franco Semioli, proveniente do Chievo e, desde o início do calciomercato, principal objetivo viola.

O único senão da transação que levou Semioli à Fiorentina reside no fato de que o sueco Ljungberg, que era a segunda alternativa gigliata para a posição, não desfilará seu talento na Itália, tendo acertado com o West Ham.

Depois da despedida de Lucarelli e Morrone, o presidente Spinelli agiu rápido e contratou o atacante espanhol Diego Tristán, que já foi Pichichi da Liga em 2001/2002 mas que não vem de uma boa temporada com o Mallorca, para reforçar o Livorno, que também estaria quase acertado com o volante Giannichedda, que rescindiu seu contrato com a Juventus.

Aliás, em Turim os dirigentes estão interessados é em sfoltire le rose depois das contratações das últimas semanas.

Assim, a Juventus, além de Bettega Jr., cedeu os jovens Felice Piccoli e Claudio Marchisio ao Empoli, enquanto o Torino o atacante Elvis Abbruscato ao Lecce.

Apesar do presidente juventino Cobolli ter declarado que o mercato da Vecchia Signora è chiuso, é pouco provável que a Juventus não apresente mais nenhum reforço até o final de agosto, assim como são vários os jogadores que ainda podem sair, como Blasi, Chiellini e Legrottaglie.

Quem finalmente definiu seu futuro, encerrando uma novela que já durava algumas semanas, foi o baixinho (1,68 m) volante uruguaio Walter Gargano (foto da esquerda - Cuomo), que custou ao Napoli pouco mais de € 3 milhões.

O meia, que é o 100º estrangeiro da história do Napoli, chegou cheio de si: "Il mio compito è rubare palloni e lanciare gli attaccanti, dare ritmo all'azione. Sono un po' Gattuso e un po' Pizarro".

Se um dos maiores embrólios desta calciomercato teve um final nesta semana, outros permanecem com deslinde misterioso: i) quem será o goleiro da Lazio? ii) quem é o 'Mister X' rossonero? iii) para onde irá Amelia?

As respostas? Nas próximas semanas...

Outras (pouquíssimas) transferências: Edgar Barreto (meia, paraguaio, do NEC para a Reggina), Manuel Caponi (atacante, italiano, do Prato ao Empoli) e Kewullay Conteh (defensor, leonês, da Atalanta ao Palermo).

Momento Panini - Amauri

Quando Amauri fez sua estréia na Serie A em 14 de abril de 2001 (na 26ª giornata da temporada 2000/2001) na vitória do Napoli em Bari por 1 x 0 (tento do tcheco Jankulovski), poucos seriam capazes de adivinhar que aquele jovem alto e de estilo meio desengonçado se tornaria um dos principais destaques do fortíssimo campeonato italiano apenas alguns anos depois.
Oriundo da cidade paulista de Carapicuíba, nascido em 03 de junho de 1980, Amauri Carvalho de Oliveira é um dos tantos brasileiros que nunca atuaram em seu país profissionalmente, mas que fazem largo sucesso em gramados de além-mar.

No país organizador do Pan 2007, Amauri não conseguiu ser aprovado nas várias (13 para ser mais exato) peneiras das quais participou, tendo trabalhado como office-boy e como metalúrgico até que, em uma pelada de churrasco, foi convidado para integrar um clube amador de Blumenau que iria excursionar à Europa algum tempo depois.
Na Itália, após participar com destaque do tradicional torneio de Viareggio em 2000, Amauri conheceu um agente italiano, Mariano Grimaldi, que praticamente o adotou e resultou fundamental para o deslanche de sua carreira.
Assim, de repente, aquele desconhecido jogador havia firmado um contrato com o Napoli, ex-clube de Maradona e Careca, que o emprestou ao Bellinzona, da Suíça.
De volta à Itália em janeiro de 2001, Amauri terminou a temporada com 6 partidas e 1 gol (anotado contra o Verona, em dia no qual fez dupla de ataque com Edmundo!) em seu currículo.

Daí, Amauri e seu compatriota Matuzalém foram contratados pelo Parma, clube no qual, porém, nenhum dos 2 atuou, sendo logo cedidos, por empréstimo, ao Piacenza para a temporada 2001/2002.
Se Matuzalém se firmou no centrocampo do time bianco-rosso, Amauri (a figurinha ao lado é da temporada 2001/2002) não teve o mesmo sucesso e terminou o campeonato com apenas 7 presenças, obscurizado pelo capocannoniere Hübner e pelo experiente Poggi.

Na temporada seguinte Amauri se mudou para Empoli, mas só jogou pelo Messina, na Serie B, onde foi parar em setembro.

Apesar de não ter feito grande sucesso no campeonato cadetto, Amauri voltou à Serie A contratado pelo Chievo para a stagione 2003/2004, quando realizou 4 gols em 29 partidas.

A explosão do bom futebol do habilidoso atacante veio no campeonato 2005/2006, encerrado com a expressiva marca de 11 tentos.

Então, por cerca de € 10 milhões, o ambicioso Zamparini, presidente de um dos clubes mais queridos da Itália - o rosanero Palermo - apostou na contratação do atacante brasileiro (superando a concorrência de clubes como o Barcelona) para ser a ponta de diamante da forte squadra que vem montando ano a ano.

Apesar de uma grave contusão ter deixado Amauri afastado de boa parte da temporada 2006/2007 (figurinha ao lado), o atacante brasileiro retribuiu a confiança depositada, tanto que ficou em 2º lugar na graduatória do Guerin d'Oro concedido pela revista Guerin Sportivo ao melhor jogador do campeonato italiano, restando incluído no Top 11 da referida revista.

Agora, recuperado e tendo ao seu lado o rápido Miccoli, Amauri terá todas as condições para confirmar as expectativas e ganhar um lugar na Seleção ou ... na Azzurra!

Quem Vem Lá (Parte II) - Albano Bizzarri

O novo portiere do Catania é um galáctico que tem em seu currículo até uma Uefa Champions League!
Afinal, Albano Benjamin Bizzarri (foto à direita - Sport Es), nascido em 09 de novembro de 1977 em Etruria, na província de Córdoba (Argentina), após iniciar sua carreira no Racing Avellaneda e ser convocado pelo treinador agentino Bielsa para a Copa América de 1999, se transferiu ao Real Madrid, onde permaneceu apenas na temporada 1999-2000 fazendo sombra ao arqueiro alemão Illgner, o que, porém, foi suficiente para agregar a Coppa dei Campioni daquela temporada - seu único título conquistado - ao seu currículo.

Depois da aventura madrilista, Bizzarri foi defender a meta do Valladolid, onde permaneceu por 6 temporadas, das quais 5 como titular, até se transferir ao recém-promovido Gimnàstic de Tarragona, com o qual disputou a última Liga, totalizando 22 presenças.

Contratado para substituir o inconstante Pantanelli, Bizzarri chegou confiante à Sicília, ao ponto de afirmar: "Non mi basta la salvezza, voglio la Coppa Uefa".

Quem Vem Lá (Parte I) - Lukas Jarolim

Apesar de menos famoso que seu connazionale e irmão David, Lukas Jarolim (foto abaixo - Malý) è un esperto uomo d'ordine di centrocampo contratado para ser o regista do Siena.
Nascido em 29 de julho de 1976 em Pardubice, Lukas Jarolim começou e transcorreu boa parte de sua carreira no Slavia Praha, inclusive as últimas duas temporadas, quando foi treinado por seu pai - Karel Jarolim - e disputou a derradeira Uefa Champions League com algum destaque.

Mas o meia que adora comida italiana e tem um estilo semelhante ao do experiente Corini já vagou por vários outros clubes, inclusive o francês Sedan e o alemão Greuther Fürth.

Agora, o tcheco irá desfilar sua categoria na Serie A, de preferência com maior sucesso do que seu ídolo, o danese Brian Laudrup.