Em 8 dias cruciais para a sua annata, a Juventus começou muito bem vencendo, no último dia 05, a Internazionale no Derby d'Italia (vide http://calcioseriea.blogspot.com/2009/12/o-jogo-da-tv-parte-ii-juventus-x.html), mas encerrou o período do pior modo possível sucumbindo neste sábado diante do Bari depois de ter sido humilhada na Champions League pelo Bayern München na terça.
Com uma defesa pouco tônica e um centrocampo disperso, onde até Marchisio esteve muito mal, a Vecchia Signora foi presa fácil para a revelação stagionale Bari que, explorando bastante as extremas, chegou sem maiores dificuldades ao placar de 3 x 1. Méritos para Ventura, que ciente da melhor qualidade técnica do adversário, armou sua equipe em um sólido 4-4-2, segurando seus laterais mas liberando os esterni Alvarez e Rivas, que semearam o pânico na defesa juventina órfã de Chiellini e sem a proteção de Felipe Melo e Sissoko.
Aliás, Ferrara tentou inovar no centrocampo bianconero, lançando o português Tiago como mezzala sinistra e Marchisio pela direita, opção que acabou se revelando catastrófica.
Um dos maiores talentos de sua geração, Marchisio foi fundamental para o primeiro gol ... biancorosso, anotado por Meggiorini (acima perseguido por Molinaro, enquanto Cannavaro está estatelado no chão - Bari) depois de uma série de equívocos defensivos cometidos pela Juve, culminando com o desvio em Legrottaglie que matou Buffon. Em um campo um tanto castigado e diante de mais de 50.000 spettatori, a Juventus buscou reagir de imediato e, durante algum tempo, encurralou os Galletti, que só voltaram a ameaçar aos 22', quando em mais um cochilo defensivo o zagueiro Bonucci cabeceou por cima da meta defendida por Buffon totalmente sozinho.
Aí, em seguida, em bela jogada individual de Diego, o francês Trezeguet empatou a partida, aproveitando rebote proporcionado por Gillet aos 23'. A partir daí a Juventus teve mais posse de bola, mas o ritmo da partida, condicionada pelo gramado pesado, caiu.
Porém, antes do intervalo, o Bari mais uma vez aproveitou um contra-ataque e, no uno contro uno, Cannavaro cometeu pênalti no brasileiro Barreto (à esquerda o momento do toque - Bellini), que o próprio atacante ex Udinese cobrou para colocar a equipe biancorossa mais uma vez em vantagem. A 2ª etapa não foi muito diferente do final da 1ª, com a Juventus mantendo mais a posse de bola (terminou com 65,1% neste quesito), mas o Bari conseguindo ser mais perigoso no contropiedi.
Ainda assim, a Juventus esteve próxima de empatar, seja em uma conclusão ravvicinata de Trezeguet aos 6' (em que Gillet foi estrondoso), seja nas várias oportunidades que Tiago teve ou mesmo na penalidade máxima que Almiron cometeu em Grosso e que Diego (abaixo sofrendo a marcação de Masiello - Reuters) chutou para fora, só que foi o Bari que matou a partida aos 36', quando o mesmo Almiron (ex di turno) acertou um tirambaço de fora da área que deixou Buffon imóvel e a Juventus em crise. O tabellino da grande vitória barese ficou assim (no vídeo ao final do post, além dos tradicionais highlights, entrevista com o ótimo mediano Donati): Bari: Gillet; A. Masiello, Diamoutene, Bonucci, Stellini; Alvarez, Donati, Almiron, Rivas (63' Katama); Meggiorini (71' Gazzi), Barreto (61' Greco). All. Ventura.
Em uma partida mais do que sensacional, repleta de alternativas e reviravoltas, o Cagliari teve sua série de 4 vitórias in casa interrompida ao ceder, no último instante, o empate em ... 3 x 3 com o Napoli!
O jogo prometia antes mesmo da bola rolar, já que reunia duas das equipes mais em forma no campeonato italiano, com o time azzurro, vindo de 8 resultados úteis consecutivos (4 vitórias e 4 empates), disposto a manter sua invencibilidade jogando no 3-4-2-1, com Maggio e Zuñiga abertos nas extremidades e Hamsik pronto para, com sua fina habilidade, servir os rápidos Lavezzi e Quagliarella, este último um pouco mais avançado que El Pocho.
Por sua vez, Allegri, uma das ótimas confirmações desta parte inicial do torneio, lançou sua equipe no 4-3-1-2, com Cossu na função de trequartista tendo Matri e Nenê a frente.
E a primeira boa oportunidade foi efetivamente sarda, com De Sanctis saindo muito bem da pequena área para impedir o gol de Cossu, que ainda foi perseguido pelo goleiro partenopeo até fora da área, onde acabou derrubado por Maggio aos 9'.
Porém, a partir daí o Napoli foi padrone e, com um Lavezzi (acima fugindo de Cossu - Locci) tornato nei livelli di un anno fa, abriu o marcador aos 21' em grande jogada individual do argentino, que acertou o canto de Marchetti com um tiro cruzado e rasoterra. O Cagliari, então, tentou reagir exercendo uma maior pressão, mas sem conseguir levar perigo a meta defendida por De Sanctis, enquanto o Napoli, mesmo com menor posse de bola (terminou a partida com 45,9% contra 54,1% de possesso palla do time de Allegri), continuou tendo o domínio da partida mais perigoso, tanto que, quando fez 2 x 0 com Pazienza aos 20' do 2º tempo, parecia ter definido a partida.
A doppia vantagem acabou por diminuir a concentração defensiva dos comandados de Mazzarri, especialmente de Aronica, que não viu o argentino Larrivey (que entrou no lugar do brasileiro Nenê) antecipá-lo para, em cruzamento de Matri, desviar a bola para o canto oposto de De Sanctis e reabrir a partida aos 30' (na foto acima, a comemoração de Bati com Lopez - Cagliari). E o Cagliari, que então já jogava no 3-4-1-2 com a entrada de Dessena no lugar do lateral Pisano, conseguiu logo o empate, desta vez com Matri aproveitando cruzamento de Cossu para colocar no ângulo de forma indefensável até mesmo para um esforçado De Sanctis, que não teve como alcançar a bola aos 35'.
Atordoado, Mazzarri trocou Quagliarella por Denis e Zuñiga por Dátolo, mas foi a última alteração promovida por Allegri que surtiu efeito, vez que o recém ingressado Jeda, de apenas 1,76 m, subiu em cima da marca do pênalti e, de cabeça, colocou o Cagliari pela primeira vez em vantagem na partida aos 45' do 2º tempo! Partida definida? Muito provavelmente, ainda mais porque já aos 50', Lavezzi perdeu a cabeça e, mesmo fora de campo, chutou a bola em direção ao técnico Allegri, recebendo o cartão vermelho do árbitro Pierpaoli.
Mas, mesmo com um homem a menos em campo, o Napoli reuniu forças para uma última investida e, aos 51', no derradeiro lance da partida, o apenas esforçado Grava lançou a bola na área, Denis cabeceou para boa defesa de Marchetti e, no rebote, o uruguaio Bogliacino, que também havia acabado de entrar, conseguiu empurrar a bola para o fundo das redes antes de se chocar com a trave (na foto acima, à direita, o momento anterior a testada do centrocampista - Napoli) para empatar definitivamente a partida. E assim ficou o tabellino do match que parecia infinito:
Sampdoria x Roma, o 'Match Clou' e posticipo da 16ª rodada da Serie A 2009/2010, se tornou um dos duelos mais afascinantes do calcio durante as décadas de 1980 e 1990, quando as equipes decidiram em duas ocasiões a Copa Itália - em 1986 e 1991, ambas com sucesso giallorosso.
Embora a Samp não seja mais a mesma dos tempos áureos de Mancini e Vialli, o bom começo de campeonato da trupe de Del Neri coloca a equipe como uma das possíveis candidatas a, pelo menos, uma vaga na Europa League e, até por isso, uma difícil adversária para a Roma, que vem de três vitórias consecutivas e está a um passo da zona Champions depois de um começo um tanto titubeante. Para este domingo, com ambas as equipes somando 24 pontos, o allenatore blucerchiato (ao lado - Getty Images) deverá postar a equipe no 4-3-1-2, contando com o retorno do seu capitano Palombo para encerrar o momento negativo que culminou com duas derrotas por 3 x 0 nas últimas giornate.
A frente do arqueiro Castellazzi, devem aparecer Stankevicius na lateral direita e Gastaldello e Lucchini centrali, com Ziegler preferido a Zauri come terzino sinistro. No meio, além do já citado Palombo (abaixo, à esquerda - Sampdoria), é provável o inserimento de Mannini e Franceschini, com Poli e Tissone correndo por fora para completar o reparto que deverá ter o habilidoso Bellucci como trequartista atrás dos atacantes Cassano e Pazzini.
Na Roma, apesar da seqüência positiva, Ranieri não ficou nada satisfeito com a atuação no Derby Capitolino (em entrevista ao Corriere dello Sport no dia de hoje, o técnico giallorosso declarou: "La partita con la Lazio non mi è piaciuta per niente. Voglio una squadra più vogliosa e grintosa.") e sem Mexes e Pizarro, deverá apostar no 4-2-3-1 com Totti como terminal ofensivo. Com Júlio Sérgio confirmado sob a meta, a defesa romanista deve ter ainda Cassetti, Juan (na foto mais abaixo - Guerin Sportivo), Burdisso e Riise, com Brighi e De Rossi com o cômputo de formar a linha mais retraída do centrocampo e iniciar as jogadas que deverão municiar o trio formado por Taddei, Perrotta e Vucinic, com Er Pupone logo a frente. Apesar do equilíbrio na tabela, a vantagem é ampla para a Sampdoria na história do confronto, que registra 25 vitórias blucerchiati, 19 empates e apenas 8 sucessos da Roma, que fez 40 gols e sofreu 67. Porém, não é para os torcedores da Doria se empolgarem, pois a última vitória dos mandantes ocorreu no campeonato 2004/2005, quando Flachi e Tonetto (atualmente na Roma) fizeram os gols da Samp, com Montella (que também jogou em ambos os clubes) marcando para a Roma no 2 x 1 final. De lá para cá, foram 2 empates e 2 sucessos da Roma, inclusive o 3 x 0 construído por Panucci, Pizarro e Cicinho em 2008 e que consiste na vitória mais larga obtida pelo clube capitolino jogando em Gênova, enquanto a Samp alcançou um 4 x 0 em 1947, com Fabbri, Barsanti, Fiorini e Gramaglia marcando os gols, que saíram todos antes dos 20'!
Em 2006, outra partida empolgante terminou com a vitória da Lupa por 4 x 2, com tentos de Totti (R), Volpi (S), Perrotta (R), Panucci (R), Totti (R - um golaço!) e Flachi (S), este último cobrando pênalti já nos acréscimos.
Aliás, com outro gol marcado em 2005 (no empate em 1 x 1), Flachi é um dos jogadores, ao lado de Totti, que, com 3 gols, perseguem os artilheiros Firmani e Vialli, que anotaram 4 tentos cada na Roma jogando em Gênova.
Já o jogador que mais entrou em campo é o antigo difensore Moreno Mannini, que atuou 14 vezes contra a Roma na história do cotejo. E, outro momento histórico deste confronto aconteceu em 18 de setembro de 1983, quando Guerrini, Nela e Graziani anotaram os gols que podem ser vistos no vídeo abaixo:
Com a boa fase da Roma, a equipe capitolina teve a ampla preferência dos amigos do Calcio Serie A para o duelo escolhido pela 'L'Enigma' na semana, mesmo com a Sampdoria sendo a mandante do confronto e tendo o ex Cassano (na foto acima entre Vucinic e Cassetti pela Copa Itália em 23 de janeiro de 2008 e terminado 1 x 1 - Calcioblog) confirmado no comando do ataque.
Falando neles, eis os palpites consignados: 0 x 1 - Pai (e também o Afonso); 1 x 0 - Cyntia; 1 x 1 - Michel Costa; 0 x 2 - Sérgio André (assim como o Alcindo); 2 x 0 - Raphael Zerlottini; 1 x 2 - Leonardo Mafra; 2 x 1 - Pasta; 2 x 2 - JP e 1 x 3 - Guilherme Siqueira.
Neste fina de semana tem mais uma rodada da Serie A 2009/2010, cujo ápice é o 'Match Clou' e posticipo de domingo Sampdoria x Roma, que acontecerá a partir das 17h45 (horário de Brasília) e terá transmissão, ao vivo, da ESPN, SporTV2, RAI e TV Esporte Interativo.
Mas desde sábado a bola vai rolar na Itália, começando às 15h00 com Cagliari x Napoli, com cobertura da RAI.
Com ambas as equipes na parte alta da tabela, o duelo do Sant'Elia promete ser um ótimo aperitivo, até porque os atacantes sardi Matri e Nenê vão ter pela frente uma defesa partenopea bastante desfalcada, com o único titular Cannavaro (à direita - Getty Images) formando ao lado dos substitutos Grava e Aronica.
Um pouco mais tarde, começando às 17h45 (sempre horário de Brasília) e transmissão de ESPN, RAI, TV Esporte Interativo e Gazeta, será a vez de Bari x Juventus, com a Vecchia Signora buscando apagar a trágica eliminação da Champions League.
Mas que Diego & Cia. não acreditem que será uma passeggiata, pois no San Nicola a equipe pugliese só perdeu uma única vez na temporada e já arrancou pontos, por exemplo, da Lazio e dos clubes milanesi. No domingo, às 12h00, o duplo duelo da capital italiana contra Gênova começará com Lazio x Genoa, mas a televisão reservará os confrontos dos times de Milão: Atalanta x Inter na ESPN Brasil e na SporTV e Milan x Palermo na ESPN, ESPN HD, RAI e TV Esporte Interativo.
Sem Thiago Silva, que saiu contundido no último confronto válido pela Champions League, o Milan deve ter Nesta e Kaladze na zaga, mas deverá ter ainda os brasileiros Pato (embora longe de sua condição física ideal - à esquerda - Villa) e Ronaldinho no ataque e Dida no gol.
Na Inter, a boa nova deve ser o retorno de Maicon à lateral direita, formando com o arqueiro Júlio César, o zagueiro Lúcio e o meia Thiago Motta o quarteto de brasiliani que deve ir a campo desde o início. No mesmo horário, jogam também Catania x Livorno na estréia de Mihajlovic na panchina etnea; Chievo x Fiorentina; Parma x Bologna e Siena x Udinese. Por fim, fecha a rodada o já referido 'Match Clou' Sampdoria x Roma.
Que crollo! De forma incrível, a Juventus, que faltando duas rodadas tinha 4 pontos de vantagem sobre o Bayern München, acabou precocemente eliminada da Champions League ainda na fase de grupos ao ser goleada em seus próprios domínios pelo time bávaro por acachapantes 4 x 1! Com o resultado, a Itália, que a 6 temporadas não consegue classificar suas 4 representantes às 8ªs de final da UCL, somará mais uma à esta triste estatística...
Porém, os torcedores da Vecchia Signora só podem lamentar mesmo a péssima fase da equipe, que, precisando apenas do empate e tendo largado na frente com o 168º gol de Trezeguet in bianconero, foi amplamente dominada por um Bayern in crescendo inesorabile e que mereceu, com sobras, o resultado.
Começando no 4-3-1-2 com Camoranesi formando com Felipe Melo e Marchisio a linha di centrocampo, a Juventus propiciou espaço aos alemães desde o início e viu Van Gaal dar um nó tático em seu colega Ferrara, que nem quando passou ao 4-5-1 com Poulsen no posto de Del Piero e Camoranesi e Diego abertos conseguiu segurar o Bayern, armado no usual 4-4-2 com Muller e Pranjic (depois Robben) nas extremas. Assim, depois do gol de Trezeguet, o goleiro Butt empatou cobrando pênalti ainda no 1º tempo (acima a cobrança do tedesco - Reuters), ao que na 2ª etapa Olic, Gomez e Tymoschuk concretizaram a classificação germânica, para desespero dos tifosi juventini, que se despediram da equipe sob os gritos de "Vergognatevi"!
Ainda na terça-feira, o Milan também jogou muito mal contra o Zurich e não foi além de um empate em 1 x 1, mas conseguiu sua classificação no Grupo C graças ao Real Madrid, que fez 3 x 1 no Marseille jogando na França - resultado que assegurou o 2º posto aos rossoneri independentemente do placar na Suíça.
Curiosamente, o Milan, que conquistou 4 dos 6 pontos possíveis contra Los Galacticos, cedeu o mesmo número ao modesto Zurich (que perdeu todas as demais partidas que disputou na UCL e figura em 7º lugar no campeonato suíço, disputado por apenas 10 equipes) que, no 1º tempo, fez um gol e teve chance de marcar outros, mas acabou esbarrando em suas próprias limitações.
No 2º tempo, o Milan, que passou longe daquele que atropelou a Sampdoria na última rodada da Serie A, melhorou um pouco e, com o Zurich jogando apenas em seu campo, conseguiu o empate com Ronaldinho (acima contra Koch - Ap) cobrando pênalti sofrido por Borriello. Ainda bem que as coisas melhoraram para os times italianos nesta quarta, quando Fiorentina e Inter venceram seus compromissos. A Viola, aliás, talvez a mais desacreditada das equipes italianas no início da competição e inserta em uma chave bem complicada, conseguiu terminar em 1º no Grupo E ao derrotar o Liverpool em pleno Anfield Road por 2 x 1.
E, apesar de já ter entrado em campo eliminado (assegurado na Europa League), os Reds não amolecerem para os italianos, seja por orgulho seja simplesmente por sport.
Com os italianos Aquilani (acima contra Montolivo - Ap) e Dossena como titulares, o Liverpool até conseguiu sair na frente, com o israelense Benayoun marcando aos 43' da 1ª etapa, mas acabou sucumbindo a uma melhor Fiorentina no 2º tempo, que chegou a vitória com gols do dinamarquês Jorgensen aos 18' e Gilardino, que também confeccionou a assistência do primeiro gol, aos 47'! Por fim, a Internazionale também assegurou sua classificação fazendo 2 x 0 no Rubin Kazan com um gol per tempo em partida que só causou apreensão no início, quando os campeões italianos pareceram um tanto confusos.
Jogando no 4-2-3-1 que na prática virava um 4-2-4 com Sneijder, Milito, Eto'o e Balotelli tutti insieme, a Inter abriu o marcador aos 31' em jogada de Zanetti que passou por Balotelli antes de chegar a Eto'o (ao lado perseguido por Murawski - Ap), que assim marcou seu primeiro gol com a Inter na Europa.
Já na etapa complementar, com a partida sob controle, Super Mario Balotelli tranquilizou ainda mais os 55.000 presentes ao Giuseppe Meazza disparando uma bomba em cobrança de falta que enganou o arqueiro Ryzhikov aos 19'.
Agora, é aguardar o que a urna de Nyon reservará aos italianos na próxima fase!
Neste final de semana, no domingo, será ocasião para Sampdoria x Roma, 'Match Clou' da 16ª rodada da Serie A 2009/2010!
O jogo, dentre duas das agremiações que mais venceram a Copa Itália, tem como um de seus históricos protagonistas o brasileiro Toninho Cerezo, que defendeu a Roma por 3 temporadas e depois, em seqüência, a Sampdoria por outras 6, até 1992.
Aliás, o último jogo de Cerezo com a maglia giallorossa foi exatamente uma final de Copa Itália contra a Samp (na temporada 1985/1986), quando ainda marcou o gol do decisivo 2 x 0 (vide foto acima - Guerin Sportivo).
Portanto, a 'L'Enigma', que tem novo co-líder, quer saber como vai terminar o confronto deste domingo! Por oportuno, vale lembrar que a classificação do III Desafio Calcio Serie A está assim: 1º JP e Leonardo Mafra (5 pts); 3º Michel Costa (4); 4º Raphael Zerlottini (3); 5º Afonso e Lucas (2) e 7º Alcindo, Cyntia, Marra, Pai e Sérgio André (1)
Vamos participar que o embate ainda está em aberto!
* Com a vitória externa de 3 x 1 sobre o Albinoleffe, o Lecce assumiu a liderança isolada da Serie B 2009/2010 com 33 pontos, isto porque o Ancona mais uma vez tropeçou e acabou derrotado pelo Grosseto por 2 x 0;
* No Atleti Azzurri d'Italia o grande protagonista foi o atacante leccese Corvia, autor de uma doppietta, enquanto Giuliatto (L) e Perico (A) completaram o placar;
* Já no Carlo Zecchini o brasileiro Joelson, cobrando pênalti, e o chileno Pinilla foram os autores dos gols;
* A Reggina confirmou a boa fase e, mesmo fora de casa, fez também 3 x1 no Ascoli, de virada, tentos de Antenucci, Pagano, Bonazzoli e Barillà;
* Nessa partida disputada em Ascoli Piceno ocorreu um lance um tanto inusitado: aos 14' os mandantes abriram o placar depois que o difensore dei calabresi Valdez havia colocado a bola para lateral para que fosse substituído, sem que houvesse a devolução da posse - daí, por orientação do próprio treinador Pillon, os jogadores do Ascoli permitiram que Pagano empatasse a partida senza opporre alcuna resistenza;
* Outro que ganhou longe de seus domínios foi o Torino, que fez 1 x 0 no Gallipoli com o veterano Di Michele (ao lado em ação - Torino) e, assim, interrompeu uma seqüência de 5 partidas sem vitória; * Já o grande duelo da rodada terminou empatado, com Brescia e Empoli ficando no 2 x 2 no Mario Rigamonti, com doppiette de Caracciolo e do brasileiro Eder, que anotou o tento do empate definitivo aos ... 93';
* Por sua vez, o Cesena, 3º colocado na graduatória com 29 pontos, goleou o Frosinone por 4 x 0, com a revelação Schelotto fechando o placar;
* Amanhã, dia 08, jogarão Frosinone x Brescia, Grosseto x Albinoleffe, Reggina x Sassuolo e Salernitana x Empoli, todas partidas adiadas da 14ª giornata.
Completando o quarteto de encontros acompanhados pela 'O Jogo Da TV', a Roma venceu o Derby della Capitale, complicando ainda mais a situação da sua rival Lazio (veja todos os detalhes em http://calcioseriea.blogspot.com/2009/12/o-jogo-da-tv-parte-iv-roma-x-lazio.html), que só não ingressou na zona do rebaixamento porque suas diretas concorrentes não foram felizes na rodada.
Voltando a parte alta da tabela, quem também chegou aos 24 pontos (mesma pontuação dos já citados Genoa, Roma e Sampdoria) foi a Fiorentina, que fez 2 x 0 na Atalanta no Artemio Franchi com muita autoridade.
Efetivamente, com grande atuação de Montolivo, a Viola não deu chances a uma Dea nervosa (Valdes e Conte acabaram expulsos) e mai pericolosa, construindo o placar final com gols de Vargas (ao lado sofrendo a marcação de Padoin - Panato) na 1ª etapa e de Gilardino (que fez seu 120º na Serie A) allo scadere. Já a única vitória externa da giornata teve o timbre do Chievo e de seu avante Pellissier, grande protagonista na vitória sobre o Livorno por 2 x 0 no Picchi, com indiscutível mérito também para o técnico Di Carlo, que armou sua equipe com os seus atacantes bem abertos favorecendo o inserimento dos meias a ponto dos tentos decisivos terem sido de autoria de Rigoni e Bentivoglio, ambos centrocampisti.
Como atenuante para o time amaranto - que tem o pior ataque da competição e completou a 5ª partida consecutiva sem marcar -o fato de seu avante Lucarelli ter sido expulso pelo árbitro Gava ainda aos 25' do 1º tempo. Outro atacante que merece menção honrosa pelo que fez na rodada foi o partenopeo Quagliarella (ao lado perseguido por Almiron - Mosca), autor de uma excelente partida na vitória, obtida in extremis, pelo Napoli sobre o Bari. Jogando no San Paolo, o Napoli foi superior durante toda a partida, mas, depois de um 1º tempo em que desperdiçou várias oportunidades, viu o brasileiro Barreto abrir o marcador com um sensacional pallonetto mancino (este gol e todos os demais highlights da peleja, assim como entrevista com o uomo partita Quagliarella, podem ser visualizados no vídeo ao final do post), ao que Quagliarella revidou com uma cabeçada certeira 5' depois. Porém, em mais uma descida de Alvarez pela direita, o Bari voltou a ficar em vantagem com gol do bom zagueiro Ranocchia, que aproveitou rebote em grande defesa de De Sanctis. Aí, em seguida, o lateral Parisi deixou o Bari com um homem a menos ao levar o segundo cartão amarelo cometendo obstrução em Maggio, que empatou a partida aos 71' em jogada de Quagliarella, que acabou ele mesmo fazendo o gol da vitória azzurra após lançamento de Lavezzi aos 88', antes apenas de Ranocchia cometer uma falta violentíssima no próprio Lavezzi e também receber o vermelho do árbitro Romeo.
Em rodada com várias expulsões (6 ao todo), o cotejo Siena x Catania acabou tendo menos cartões (4) do que gols (5), resultando na vitória do lanterna sobre o vice-lanterna por 3 x 2, tentos de Martinez (C) aos 14', Calaiò (S - mais abaixo o lance - Getty Images) aos 50', novamente Martinez (C) aos 55', Terzi (S) aos 56' e Paolucci (S) aos 62'. Quem conseguiu fugir um pouco da zona do descenso foi o Bologna, que fez 2 x 1 na Udinese com gols do brasileiro Adailton e do avante Di Vaio, enquanto o cada vez mais capocannoniere Di Natale marcou o tento friulano, pouco para evitar a 7ª derrota bianconera no certame. Por fim, com o mesmo placar do Renato Dall'Ara o Palermo derrotou o Cagliari no Renzo Barbera (configurando a primeira vitória sob o comando de Delio Rossi), onde marcaram Matri (C), Budan (P) e Kjaer (P). Com esses resultados a classificação ficou da seguinte forma: 1º Internazionale (35 pts); 2º Milan (31); 3º Juventus (30); 4º Parma (25); 5º Fiorentina (24); 6º Roma (24); 7º Genoa (24); 8º Sampdoria (24); 9º Napoli (23); 10º Cagliari (22); 11º Chievo (21); 12º Bari (21); 13º Palermo (20); 14º Udinese (18); 15º Bologna (16); 16º Lazio (13); 17º Atalanta (12); 18º Livorno (12); 19º Catania (9) e 20º Siena (9).
Já os recordmen della giornata foram esses: Palle recuperate: 1º Bianco (Atalanta) 32; 2º Yepes (Chievo) 30; 3º Bocchetti (Genoa) 29; Passaggi riusciti: 1º Pirlo (Milan) 122 - cada vez mais líder no quesito com esse novo recorde!; 2º Seedorf (Milan) 84; 3º Zambrotta (Milan) 67 (merece registro o fato de que, embora os 3 primeiros da posição em uma rodada serem de uma mesma equipe não seja fato inédito - a Inter teve Vieira, Zanetti e Maicon na 11ª -, os rossoneri Thiago Silva e Ambrosini completam um inacreditável quinteto de primatistemilaniste nesta giornata entre os maiores passadores); Assist: 1º Pellissier (Chievo) 6; 2º Hamsik (Napoli) e Mascara (Catania) 5; Tiri: 1º Quagliarella (Napoli) 9; 2º Di Natale (Udinese) 8; 3º Pato (Milan) 6.
A Lazio amargou, neste domingo, certamente a mais dolorosa das suas 6 derrotas colecionadas até aqui neste campeonato italiano ao perder o sempre aguardado Derby della Capitale para uma cada vez mais in crescita Roma por 1 x 0. Pior que perder para sua rivalíssima foi que os Aquilotti perderam tendo criado chances para vencer!
Jogando no 3-5-1-1 que se alternava para o 5-3-1-1 quando sem a bola, com Diakite, Stendardo e Radu formando a linha defensiva e Mauri no suporte de Zárate ofensivamente, a Lazio até terminou o clássico com maior posse de bola (50,9%), maior domínio territorial (55,99%) e tendo concluído mais a gol (15 a 12), mas derrotada graças a um tento de autor totalmente inusitado: Cassetti!
A bem da verdade, o 1º tempo não foi dos mais interessantes, tendo até restado interrompido por longos 6' em decorrência de inúmeras bombe carta explodidas pelas torcidas, exigindo o pedido de providências pelo árbitro Rosetti (acima com os capitães Baronio e Totti - Bruno). Porém, a 2ª etapa foi totalmente diversa, com ambas as equipes mostrando um futebol divertente e propositivo, com os goleiros tendo que trabalhar bastante depois do imobilismo da etapa inicial. Com Foggia no lugar do brasileiro Matuzalem, a Lazio foi quem começou exigindo do arqueiro Júlio Sérgio, que provavelmente protagonizou a mais bela defesa do torneio ao impedir o tento laziale aos 16', fazendo grande parata su tiro de Mauri (acima marcado por Vucinic - Fotonotizia) depois que Zárate, em jogada que começou com um erro giallorosso, ter acertado a trave (esse lance e os demais highlights da partida podem ser visualizados no vídeo ao final do post). A Roma, que voltou para o 2º tempo com o volante Brighi no posto de Menez, passando do 4-2-3-1 inicial ao 4-3-2-1, tinha muita dificuldade em vencer o pressing altíssimo da Lazio, mas em um escorregão de Diakite, quase chegou a vantagem aos 22', com Vucinic cruzando para a cabeçada perigosa de Perrotta, que apenas não estufou as redes em razão de belíssima defesa de Muslera.
Só que mesmo com o maior volume biancoceleste, foi a Lupa que conseguiu marcar - em bela jogada em que participaram Riise, Totti e Brighi, Cassetti, na entrada da área, abriu para Vucinic na extrema direita, com o atacante montenegrino cruzando em seguida para o mesmo Cassetti, totalmente livre quase na marca do pênalti (a defesa laziale ficou preocupada mesmo foi com os meias Brighi e Perrotta, na ocasião os homens mais enfiados dentro da área), pegar de chapa e colocar no canto de Muslera, que nada pode fazer para evitar o gol que seria decisivo (na foto ao lado, o herói do jogo antecipa Brocchi - Bruno). Aí, Ballardini finalmente colocou Rocchi (que vinha se aquecendo já há longos minutos) em campo, passando a Lazio ao 3-5-2 com a saída de Mauri. Porém, nem mesmo a expulsão de Pizarro (aos 43') facilitou a vida da Lazio, que não conseguiu reagir e ainda viu a Roma quase ampliar, primeiramente com uma belíssima conclusão de Riise aos 40' (com mais uma grande intervenção de Muslera) e depois com um tiro de média distância de Vucinic, que passou sobre o gol do uruguaio aos 43'. E, sem vencer desde a 2ª giornata, para a Lazio de Ballardini, a um passo da zona de rebaixamento, é crise nera! O tabellino:
Roma: Júlio Sérgio; Burdisso, Mexes (44' Cassetti), Juan, Riise; De Rossi, Pizarro, Perrotta, Menez (46' Brighi), Vucinic (90' Taddei - que, apesar do pouco tempo em campo, festejou sua 200ª partida pela Lupa); Totti. All. Ranieri.
Lazio: Muslera; Diakite, Stendardo, Radu; Lichtsteiner, Matuzalem (46' Foggia), Brocchi, Baronio (89' Dabo), Kolarov, Mauri (82' Rocchi); Zárate. All. Ballardini. Gol: 79' Cassetti. Árbitro: Rizzoli. Cartões amarelos: Menez, Stendardo, Mexes, Baronio, Mauri e Pizarro. Cartão vermelho: Pizarro.
Ao final de um jogo espetacular, o neo promosso Parma somou mais um ponto que o colocou diretamente em plena zona Champions League, atrás apenas do triunvirato formado por Inter, Milan e Juve.
Nada mal para quem almejava apenas um campeonato tranquilo depois de passar pelo purgatório do campionato cadetto...
Assim, apesar do entusiasmo decorrente da vitória contra a rivalíssima Sampdoria na rodada anterior (confira em http://calcioseriea.blogspot.com/2009/11/o-jogo-da-tv-parte-ii-genoa-x-sampdoria.html), os mais avisados tifosi rossoblù presentes ao Marassi sabiam da dificuldade que o Grifone encontraria e acabaram presenteados com um verdadeiro show, vez que desde o início ambas as equipes buscaram incessantemente o ataque, com o Parma fazendo um pressing alto enquanto o Genoa explorava as laterais no ofensivo 3-4-3 de Gasperini. E foi exatamente aproveitando dessa marcação adiantada do Parma que o Genoa abriu o marcador, com Palacio realizando seu primeiro tento na Serie A ao vencer Lucarelli na corrida e bater na saída de Mirante aos 14' (ao lado, o momento em que o avante argentino supera o zagueiro italiano - Tanopress).
Em jogo muito aberto, com le due squadre si affrontano senza timori, o Genoa teve mais de uma oportunidade de raddoppiare, merecendo menção especial a grande defesa de Mirante aos 35' em conclusão de Palladino, que foi egoísta ao não servir Palacio em um contra-ataque micidiale.
Aí, o Genoa sofreu o revés no minuto seguinte, quando Galloppa serviu para Biabiany (abaixo marcado por Moretti - Tanopress) também fazer seu primeiro gol no campeonato italiano da Serie A, com a bola passando entre as pernas de Scarpi! Partida bela e intensa, o 2º tempo começou já com o Parma criando uma ótima oportunidade, mas o jovem Antonelli pareceu surpreendido pela falha de Rossi e acabou concluindo muito mal frente-a-frente com o goleiro genoano. E, se Palladino não conseguiu marcar mais uma vez aos 13', Biabiany voltou a marcar aos 14' em assistência do veloz Lanzafame.
Se Gasperini já havia trocado Palacio por Floccari no intervalo, aí foi a vez de Guidolin sacar seu bomber, que acabou sentindo um problema na ação do segundo gol, inserindo o veterano Amoruso em seu lugar, com o Parma passando do 4-3-3 ao 4-4-2 com o recuo de Antonelli. Mas, apesar da ótima manovra gialloblù comandada por Dzemaili, o Genoa já tinha assumido as rédeas da partida mesmo antes de ficar em desvantagem e, explorando a posse de bola e penetrazione sulle fasce, foi em busca de novo empate, que aconteceu aos 21', quando Palladino não desperdiçou e, desta vez, colocou no angolino de Mirante. Aproveitando seu maior volume de jogo, o Genoa chegou mesmo a protagonizar nova virada, mas o árbitro Brighi acabou, injustamente, anulando o gol que faria jus a grande atuação de Milanetto, que não estava impedido quando recebeu a bola de Sculli aos 24' e tocou para as redes da meta então já vazia. Apesar do placar já definido, Genoa e Parma ainda construiram ótimas ocasiões até o final do jogo, como a que resultou na cabeçada de Zaccardo (na foto ao lado contra Criscito - Tanopress) que passou raspando o travessão aos 43'.
* Que, computadas as 14 primeiras rodadas da Serie A 2009/2010, o zagueiro juventino Giorgio Chiellini (abaixo - Pa) é o jogador que mais recuperou bolas no campeonato, totalizando 360 palle recuperate, com uma média de 25,71 recuperações por partida?
* Que Chiellini foi o recordmen della giornata neste quesito em duas oportunidades (na 4ª e na 14ª rodada), assim como o viola Dainelli (6ª e 13ª) e o clivense Yepes (1ª e 5ª)?
* Que, perseguindo Chiellini, aparecem o sardo Astori (com 302 palle recuperate em 13 partidas, média de 23,23 por partida), o nerazzurro Lúcio (300 em 13, média de 23,07), o também sardo Conti (285 em 13, média de 21,92) - que é o único não difensore na lista -, o rosanero Bovo e o já citado Yepes (ambos com 282 bolas recuperadas em 12 jogos, com média de 23,5 recuperações por partida) e o rossoblù Portanova (267 recuperações em 14 jogos, média de 19,07 por partida)?