Memorabilia - Corso

Mario "Mariolino" Corso foi um dos maiores artistas que o futebol italiano já produziu, parecendo sem fim as discussões quanto a sua real posição em campo - "non è un vero interno; è un tornante; è un rifinitore; no, è un attaccante ...".

Nascido nas proximidades de Verona, em San Michele Extra, em 25 de agosto de 1941, Corso fez sua carreira quase que unicamente na Internazionale de Milão (na foto abaixo com a camisa da equipe nerazzurra de Milano - Guerin Sportivo), onde fez sua 1ª partida em julho de 1958, na vitória de 3 x 0 sobre o Como pela Copa Itália, e sua última em junho de 1973, em um Derby d'Italia contra a Juventus terminado empatado em 1 x 1.

Ao todo, foram 502 partidas (414 pela Serie A) e 94 gols (75) com a Inter, números que devem ser acrescidos de outras 26 presenças (23 na Serie A) e 3 tentos (os 3 no campeonato) com a camisa do Genoa, clube com o qual encerrou a carreira em 1975.

Genial driblador, perfeito nas assistências e com uma incrível habilidade nel calciare le punizioni di prima, Mariolino ainda era especialista em fazer a famosa 'folha seca' (eternizada pelo maestral Didi e chamada de foglia morta pelos italianos), requisitos que o tornaram um dos pilares da Internazionale bi-campeã mundial em 1964 e 1965, apesar de nunca ter conquistado inteiramente o treinador Helenio Herrera (técnico da Inter entre 1960 e 1968), que sempre o colocou no alto da lista dos jogadores negociáveis.

Porém, fãs incondicionais do ala sinistra Corso eram o então presidente da Inter Angelo Moratti (pai do atual nº 1 da Internazionale, Massimo Moratti) e sua esposa Erminia, razão pela qual a torcida nerazzurra pode admirar por tantos anos as magiche delizie calcistiche de Mariolino.

Na Azzurra, Mario Corso (foto ao lado - Guerin Sportivo) não conseguiu repetir o mesmo sucesso que teve na Inter (onde, além dos títulos mundiais, conquistou 4 campeonatos italianos), mas, ainda assim, participou de 23 partidas e realizou 3 gols entre 1961 e 1971 (não tendo participado, entretanto, de nenhuma Copa do Mundo).

Apesar das polêmicas, o certo é que o talento de Corso com a bola era imenso, tanto que o técnico húngaro Gyula Mandi, após confronto válido contra Israel pelas eliminatórias da Copa de 1962 disputado em Tel Aviv, entusiasmado com a habilidade do ponta italiano, exclamou: "È il piede sinistro di Dio!".