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terça-feira, março 09, 2010

Momento Panini - Fabrizio Miccoli


Apelidado de Il Romario del Salento, Fabrizio Miccoli está no epicentro de uma insistente campanha que deseja ver o atacante de 1,68 m no grupo que Lippi vai levar à Africa do Sul em junho próximo.
Efetivamente, capitano e destaque do surpreendente Palermo (em plena corsa para a próxima Champions League), além de autor de 10 importantes gols até a 27ª rodada da Serie A, Miccoli é um dos atacantes italianos mais em forma na atualidade e não faria por desmerecer uma convocação para a Nazionale.
Nascido aos 27 de junho de 1979 em Nardò, uma pequena comuna na província de Lecce, na Puglia (o calcanhar da Bota), Miccoli, depois de um começo em San Donato (onde o treinador Pasquale Bruno, pai do antigo lateral Giuseppe, alterou seu cartellino, envelhecendo em 2 anos o garoto de então somente 6 para poder fazê-lo jogar com os pulcini), aos 12 anos deixou a família e il mare del Salento para ingressar nas categorias de base do Milan.
Porém, as saudades de casa e, principalmente, o frio de Milão fizeram com que o ragazzino resolvesse logo voltar para casa, onde foi tentar a sorte no Lecce, seu time de coração.
Mas, como em tantas outras histórias, o 1,68 m de Maradona e Zola não foi suficiente para o futuro Pibe di Nardò, que foi descartado pelos dirigentes leccesi.
Miccoli, então, se inscreveu em um curso de perito eletrônico e ingressou no Casarano del direttore sportivo Pantaleo Corvino, com o qual estreou na Serie C1, terminando a temporada como titular e autor de 8 gols.
Sem muito sucesso no curso profissionalizante, Miccoli optou por dedicar-se apenas ao futebol e, depois de mais uma temporada de sucesso com o Casarano, foi promovido de categoria passando a Ternana, na Serie B.
Os 15 gols realizados no campionato cadetto 2001/2002 chamaram a atenção dos dirigentes da poderosa Juventus, que pagaram cerca de € 7,5 milhões para contar com os serviços deste atacante rápido e scattante, dotado de um ótimo dribbling e de um potente tiro.
Girato ao Perugia para ganhar experiência, Miccoli estreou na Serie A na vitoriosa partida contra a Reggina do dia 15 de setembro de 2002, marcando o primeiro tento perugino da vitória por 2 x 0 aos 51'.
Aquele Perugia treinado por Cosmi e que tinha, dentre outros, os goleiros Kalac e Seba Rossi, os laterais Grosso e Zé Maria e os meias Baronio e Blasi, terminou em uma honrosa 10ª colocação, com Miccoli (a figurinha do alto é exatamente da stagione 2002/2003) participando de todas as 34 rodadas e realizando 9 gols, um ótimo bottino para um esordiente.
Muito hábil com a bola nos pés, Miccoli foi integrar o plantel juventino na temporada seguinte e, apesar da aguerrida disputa com Del Piero, Trezeguet e Di Vaio, demonstrou ser uma válida seconda punta, realizando 8 gols (mesmo número do Pinturicchio) em 25 partidas (14 delas partindo como reserva).
Porém, de temperamento forte, Miccoli nunca caiu completamente nas graças da tríade Moggi-Giraudo-Bettega e, com a chegada de Ibrahimovic, acabou negociado com a Fiorentina, equipe que defendeu na temporada 2004/2005.
Apesar de ter sido peça importantíssima na salvezza viola (foi o artilheiro da equipe com 12 gols), Miccoli, em uma daquelas estranhas transações alla italiana, acabou voltando a ficar contratualmente ligado à Juventus, que o emprestou ao lusitano Benfica.
Em Portugal, Il Romario del Salento rapidamente se transformou em um dos principais ídolos dos encarnados, conquistando os adeptos do Glorioso com suas jogadas velozes e fintas desconcertantes.
No ano de 2007, depois de algumas contusões e diante da pressão familiar para retornar à Itália (é casado com Flaviana e tem 2 filhos, Swami e Diego), Miccoli não hesitou em aceitar a proposta do presidente Zamparini e acertou com o Palermo, clube que defende desde então (a figurinha acima, à esquerda, é da temporada 2008/2009).
Fã assumido de Maradona (além do nome do filho, recentemente adquiriu em um leilão um brinco que pertenceu ao craque argentino confiscado pelo fisco italiano), Miccoli tem se mostrado um exímio cobrador de faltas (no vídeo ao final do post, vários lances do atacante, incluindo cobranças de faltas) e, seja com Amauri, seja com o uruguaio Cavani, tem formado uma das duplas ofensivas mais perigosas do Calcio, já tendo realizado 32 gols com a maglia rosanero no campeonato italiano.
Convocado por Trapattoni para a Azzurra em 2003 e 2004, Miccoli conta, até aqui, com 10 aparições e 2 gols (sendo um deles diretamente da calcio d'angolo contra Portugal) com a seleção italiana.
Será chegada a hora desses números serem incrementados?

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9 Comments:

At 8:12 AM, Blogger António said...

Muitas saudades têm os adeptos do Benfica de Miccoli. Dizem que é um sonho para a próxima época...

 
At 11:14 AM, Blogger João Caniço said...

Rodolfo, como sempre excelente resumo da carreira de um craque do 'Calcio' e o momento não poderia ser mais oportuno visto que Miccoli passa por excelente fase, merecendo uma vaga nos 23 'azzurri', ainda para mais com os restantes fantasistas italianos (Totti, Del Piero e Cassano) praticamente arredados das escolhas de Lippi.
Como 'juventino' tive imensa pena que nunca tivesse sido dada uma oportunidade efectiva a Miccoli na equipa 'bianconera'. OK, jogou lá um ano, mas soube a pouco. Razão tem o António e os milhões de adeptos benfiquistas que sonham com o seu regresso...
Abraços

 
At 3:36 PM, Blogger Rodolfo Moura said...

Prezados,
Muito obrigado pelas participações que, realmente, só fazem corroborar a impressão que eu tinha dos portugueses sobre o Miccoli, efetivamente um dos atacantes italianos mais em forma atualmente.
Abraços,

 
At 10:39 AM, Anonymous Fabriani Melazzo said...

Miccoli (filho da mãe) adora marcar gol na Juve...rs
Craque e devia ter ficado em Turim.

 
At 1:48 PM, Blogger Hugo Ribeiro said...

Miccoli é um senhor jogador!!!! Eu como adepto do Sporting devo dizer que foi dos melhores jogadores que passaram por Portugal. Não consigo compreender como é que os grandes clubes em Italia não compram o Miccoli, nem que fosse a AS Roma. O estilo de jogo deste craque faz lembrar o de Maradona, com as devidas proporções é claro, e o facto de ser destro. Os adeptos do Benfica ainda suspiram por ele com muita razão pois apesar das lesoes acho que este baixinho italiano fez-se notar bem na sua passagem lisboeta.

Um grande abraço
Hugo

 
At 3:02 PM, Blogger Michel Costa said...

Novamente um belo texto, Rodolfo. Sobre o episódio da compra do brinco que foi de Maradona, vale lembrar que Miccoli prometeu devolvê-los ao seu grande ídolo na primeira oportunidade.
Bacana.

Abraços e na expectativa para Catania vs. Inter.

 
At 7:07 PM, Blogger Rodolfo Moura said...

Prezados,
Muitíssimo obrigado pelas participações, que só vêm engrandecer este singelo 'blog', que não estou conseguindo atualizar devidamente devido a viagem à Petrópolis!
Abraços,

 
At 2:41 PM, Blogger Ricky_cord said...

Sou adepto do Sporting, o grande rival do Benfica, mas reconheço que Fabrizio é um excelente jogador. Espero que não regresse ao Benfica :-)

 
At 8:59 AM, Blogger Rodolfo Moura said...

Ricky,
Muito obrigado pela participação e fique inteiramente à vontade para participar sempre e como desejar!
Abraços,

 

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