O Jogo Da TV (Parte I) - Roma x Palermo

Antes da bola rolar neste sábado para Roma x Palermo houve uma bonita homenagem a Totti pelos seus 200 gols com a camisa da Lupa Capitolina (à direita - Bartoletti), marca alcançada contra o Torino pela Copa Itália no último dia 16.

Porém, com seu capitano motivado, mas longe da melhor forma física, a Roma teve muita dificuldade para encontrar o caminho do gol e, conseqüentemente, alcançar a vitória, em um dos anticipi da 20ª rodada.
Armada no seu tradicional 4-2-3-1 com Taddei, Perrota e Mancini no suporte de Totti, postado como único atacante, a Roma até que começou demonstrando bastante determinação, mas pouquíssima inteligência tática para superar o sólido esquema proposto por Guidolin para a equipe rosanera, que congestionava o meio de campo com os brigadores Guana, Migliaccio (abaixo contra Perrotta - Grazia Neri), Fábio Simplício e Caserta.

Assim, embora a Roma tenha sido amplamente superior nos quesitos posse de bola e domínio territorial durante todo o 1º tempo, quase não conseguiu criar concretas chances de gol, principalmente em razão da total concentração dos jogadores do Palermo responsáveis pelo setor defensivo do time.
A 2ª etapa começou como terminou a 1ª: com a Roma melhor, mas pouco incisiva no ataque, enquanto o Palermo guardava suas maiores energias para se defender, deixando uma dificílima missão para os avantes Amauri e Miccoli, que se viam obrigados a brigar sozinhos contra uma também bem postada Roma, com o mediano Brighi fazendo muito bem o papel do suspenso De Rossi.

Embora fosse até provável que a Roma, em sua persistência, conseguisse achar o caminho do gol em um, por exemplo, lampejo de Totti, foi a expulsão do defensor palermitano Rinaudo aos 12' que condicionou o restante da partida.
A entrada do zagueiro no meia Matteo Brighi foi realmente violenta, mas o árbitro Christian Brighi, talvez no anseio de proteger o seu homônimo (mas não parente), acabou expulsando, sem antes aplicar o cartão amarelo, o jogador do Palermo.

E não deu nem tempo para a equipe rosanera se rearrumar: 2' depois da espulsione, angolo di Taddei e cabeçada de Mancini (acima em ação - Grazia Neri), que subiu entre diversos defensores do Palermo, antecipando até o goleiro Fontana, e mandou a bola direto para o fundo das redes!

Guidolin, então, sacou Miccoli por Cassani e Fábio Simplício por Cavani, transformando o Palermo em um 4-4-1 de modo a explorar a velocidade dos substitutos.

Porém, se a Roma já era padrona com 11 contra 11, em desvantagem numérica as coisas ficaram ainda mais difíceis para o brasiliano Amauri (à esquerda contra Ferrari - Grazia Neri), que nada pôde fazer (o atacante terminou a partida só tendo participado de 19 jogadas e sem concluir uma única vez ao gol defendido por Doni, enquanto Totti, por exemplo, tocou 56 vezes na bola!).
No final, cumprida a parte romanista na missão proposta por Spalletti: "Vogliamo ridurre il gap dall'Inter" - agora, é aguardar a Udinese!

O tabellino:

Roma: Doni; Cassetti, Ferrari, Mexes, Tonetto; M. Brighi, Pizarro, Taddei, Perrotta (71' Aquilani), Mancini (90' Cicinho); Totti (82' Vucinic). All. Spalletti.

Palermo: Fontana; Zaccardo, Biava, Barzagli, Rinaudo; Guana, Migliaccio, Fábio Simplício (63' Cavani), Caserta (83' Jankovic); Miccoli (61' Cassani), Amauri. All. Guidolin.

Gol: 59' Mancini.

Árbitro: C. Brighi.

Cartões amarelos: Cassetti e Fábio Simplício.

Cartão vermelho: Rinaudo.