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sexta-feira, dezembro 22, 2006

Campione Azzurro - Roberto Baggio

O autor do chute que encerrou a Copa do Mundo de 1994, Roberto Baggio, foi um dos jogadores mais idolatrados pelos italianos em todos os tempos. Baggino ou Il Codino, como era carinhosamente chamado, nasceu aos 18 de fevereiro de 1967 em Caldogno, província de Vicenza (norte da Itália), e encantou as platéias italianas (inclusive as das 3 principais agremiações do país, vez que jogou tanto na Juventus, quanto no Milan e na Internazionale) com seu toque aveludado e técnica digna de um sul-americano por muitos anos.
Talento precoce, rapidamente se fez notar nos campinhos de sua cidade natal, obtendo um lugar nos times de base do Vicenza (mesma equipe que revelou Paolo Rossi), à época na C1, a 3ª divisão italiana, onde estreou com tenros 16 anos.
Tendo se transferido à Fiorentina em 1985, fez sua estréia na Azzurra no amistoso comemorativo dos 90 anos da federação italiana, disputado em Roma no dia 16 de novembro de 1988 face a Holanda (vitória da Itália por 1 x 0, gol de Gianluca Vialli).
Convocado para a Copa do Mundo de 1990 (na foto ao lado, Baggio supera o tcheco Hasek - Super Gol Mondiale), disputada na própria Itália, Baggio começou como reserva e com o clamor popular terminou titular fazendo dupla com o siciliano Totò Schillaci, que seria o artilheiro da competição e com quem também iria jogar na Juventus nas temporadas seguintes.
Porém, apesar do sucesso de sua dupla de ataque, a Itália viu o sonho de sagrar-se campeã esvaecer na cabeleira loira do argentino Caniggia, que anteriormente havia despachado o Brasil.
Aliás, a decepção ocasionada pelo 3º lugar conquistado de forma invicta em casa (a Itália perdeu a semi-final para a Argentina nos pênaltis, depois de 1 x 1 no tempo regulamentar) foi maior que a do 2º lugar em 1994, às custas do Brasil, quando o preparo físico da Squadra Azzurra não era dos melhores.
Ainda assim, o destino quis que ele, que vinha realizando mais uma excelente Copa do Mundo e sempre foi um exímio cobrador de pênaltis, arte na qual, até então, havia falhado apenas 5 vezes em 46 tentativas, errasse o disparo fatal realizado da linha dos 11 metros (na foto acima, Baggio inconsolável após perder o pênalti na final contra o Brasil - Guerin Sportivo).
Após duas temporadas apenas razoáveis no Milan, Baggino foi buscar oxigênio no Bologna, com o qual realizou 22 gols em 30 partidas na temporada 1997/1998 (seu recorde pessoal) e carimbou seu passaporte para sua 3ª Copa do Mundo - a da França.
Mais uma vez Baggio teve uma boa participação no mundial (na foto ao lado cobra uma falta contra Camarões - Guerin Sportivo) e se tornou o 1º (e único) italiano a marcar gols em 3 Copas do Mundo (ao todo, Baggio fez 16 jogos e 9 gols em Mundiais).
Porém, a eliminação frente a futura campeã França, mais uma vez nos pênaltis, acabou por confirmar um carma na carreira de Baggio - apesar de ter sido grande cobrador de pênaltis (é o maior rigorista da Serie A, tendo confirmado 68 cobranças), Baggio carrega a marca de ter sido eliminado nas 3 Copas do Mundo que disputou sempre em disputas de pênaltis!
Isso porque, ainda que tenha sido forte o apelo popular, Baggio não foi convocado para integrar o grupo italiano que foi a Copa do Mundo de 2002, na Ásia, tendo encerrado sua participação na Azzurra (sua última apresentação foi em 2004, frente a Espanha) com o histórico de 56 partidas (onde venceu 30) e 27 gols, o que o faz o 4º maior artilheiro de todos os tempos da Nazionale.

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