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terça-feira, julho 03, 2007

Momento Panini - Kaká


Em 2003, quando o Milan anunciou a contratação de Kaká por € 8,5 milhões, o então todo poderoso dirigente juventino Luciano Moggi fez ironias com o apelido do novo reforço rossonero.
Agora, transcorridos menos de 4 anos do episódio, Kaká é um jogador consagrado, apontado por muitos (com justiça) como o melhor do planeta, enquanto Moggi encontra-se afastado (ao menos oficialmente) do mundo do futebol, após protagonizar um dos mais lamentáveis escândalos da história do centenário futebol italiano.
Ricardo Izecson dos Santos Leite nasceu em Brasília aos 22 de abril de 1982 e começou sua carreira no São Paulo, um dos clubes mais profícuos na tarefa de revelar jovens talentos do Brasil, tendo realizado sua estréia como profissional em janeiro de 2001 e explodido menos de 2 meses depois, na vitória do tricolor paulista sobre o Botafogo por 2 x 0 na final do Torneio Rio-São Paulo, quando anotou ambos os tentos do seu clube.
Uma ascensão extraordinária levou o filho mais velho do engenheiro Bosco Leite a estrear na seleção brasileira no dia 31 de janeiro de 2002 - um ano depois de ter feito seu 1º jogo como profissional - na goleada sobre a Bolívia por 6 x 0, em um amistoso disputado em Goiânia.
E apesar da pouca experiência, Kaká integrou o grupo brasileiro que foi campeão na Copa do Mundo de 2002, tendo, porém, participado apenas da vitória de 5 x 2 sobre a Costa Rica, ainda na 1ª fase.
Assim, não foi sem alguma perplexidade que Kaká chegou ao Milan, vez que os tifosi rossoneri estavam acostumados a serem presenteados por Berlusconi com jogadores já afirmados e de grande renome.
Ainda acerca de sua chegada à Itália, o craque brasileiro afirmou: "Eu coloquei na minha cabeça que ia ser tudo de difícil, que eu ia chegar num país que a comida era uma porcaria, que a língua eu não ia conseguir falar com ninguém, que o futebol era muito difícil. Cheguei aqui, encontrei uma comida maravilhosa, uma língua que não era muito difícil e um futebol competitivo e desafiante, então para mim foi super tranqüila a adaptação".
Mas não foram apenas as expectativas de Kaká que restaram logo contrariadas, pois o meia dotato di classe sopraffina e notevole progressione estreou na 1ª giornata da stagione 2003/2004 (figurinha do alto) - relegando Seedorf, Rui Costa e Rivaldo ao banco de reserva na vitória milanista de 2 x 0 sobre o Ancona - e terminou a temporada como punto fermo do time campeão italiano com 10 gols realizados em 30 partidas.
Apelidado de Il Principe pela mídia italiana, Kaká foi eleito o melhor jogador estrangeiro do Calcio em 2004, feito que repetiu em 2006, quando marcou 14 tentos nas 35 partidas em que atuou pela Serie A e viu o Milan terminar o campeonato como o melhor ataque, forte em seus 85 gols anotados (média de 2,2 por partida).
Agora, após mais uma temporada magnífica, que terminou com o Milan campeão da Europa e Il Bambido d'Oro como artilheiro da Uefa Champions League com 10 gols (seus mais 'ferrenhos adversários' ficaram apenas com 6), Kaká tem tudo para ser eleito, não mais o melhor do futebol italiano, mas o melhor do mundo na temporada 2006/2007 (figurinha à esquerda).
E pensar que Kaká, assim chamado porque seu irmão mais novo, o também futebolista Digão, não conseguia pronunciar o nome Ricardo quando pequeno (em verdade, Kaká era Cacá, com 'c' mesmo), quase ficou impossibilitado de praticar futebol quando, poucos dias antes de fazer sua estréia no São Paulo, sofreu um acidente ao descer em um toboágua e bateu com a cabeça no fundo da piscina, fraturando a 6ª vértebra da coluna cervical...

Na Última Vez ...

6 Comments:

At 1:56 PM, Anonymous Anônimo said...

Rodolfo, mais uma vez parabéns pelo blog, está cada dia melhor. Valeu abraço.

 
At 3:06 PM, Blogger Rodolfo Moura said...

Lourival,
Muito obrigado! Fique inteiramente à vontade para sugerir, criticar, ... .
Abraços,

 
At 8:28 AM, Anonymous Anônimo said...

Estava na Inglaterra quando o Kaká foi contratado pelo Milan naquele mês de agosto de 2003. Meu pai já havia me avisado, acho que no penúltimo sábado daquele mês, que a notícia aqui era de que um acordo para a transferência havia sido fechado entre SPFC e Milan. Na segunda-feira à noite, no noticiário da SKY inglesa sobre futebol internacional, eles entrevistaram Luciano Moggi, que apesar de "algumas" atitudes, digamos, um "pouco" heterodoxas, considero um gênio na arte de montar equipes, e Mr. Moggi soltou esta pérola: "I'm not suppose to hire a player nicknamed Kaká. I'm not running a circus!". Estava com uma amiga inglesa e ela me perguntou sobre o que achava. Disse que o brasileiro é o jogador que o Wenger - ela é torcedora fanática dos Gunners - sempre sonhou mas nunca contratou e que Mr. Moggi iria se arrepender daquela declaração. Outro dia, falando com a mesma garota, ela me perguntou sobre o Pato, que o Chelsea parece querer contratar. Fiz outra previsão bastante ousada: disse que ele provavelmente nunca pisará em Stamford Bridge como um blue, pois a dupla Ancelotti-Leonardo já o viu jogar e devem ter percebido que é o complemento mais do que ideal para Kaká. Vamos ver se acerto mais uma vez...

 
At 10:57 AM, Blogger Rodolfo Moura said...

Gílson,
Torço por você, apesar de achar que o Alexandre Pato, hoje, está mais perto do Chelsea que do Milan.
Aliás, nunca vi os times italianos tão inoperantes!
Abraços,

 
At 8:45 AM, Anonymous Anônimo said...

Calma Rodolfo... O calciomercato vai até o final de agosto. Além disso, é melhor pensar bem nos movimentos que você faz, pois não é lá muito bom uma equipe apresentar cinco volantes e sete atacantes, como é o caso do Mancester United caso a ida do Tevez realmente seja confirmada. E o Crespo acha que a Inter tem muitos atacantes...

 
At 9:53 AM, Blogger Rodolfo Moura said...

Gílson,
Também acho que ainda ocorrerão as contratações tão esperadas, mas é que a saída de jogadores como Abbiati, De Sanctis, Donati, Grosso e Toni, enquanto são contratados uns estrangeiros tão insípidos me decpciona sobremaneira.
Abraços,

 

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