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quinta-feira, julho 26, 2007

Memorabilia - Francescoli

El Príncipe Enzo Francescoli, assim que desembarcou na Sardenha em 1990, exclamou: "L'Italia, finalmente! Il campionato migliore del mondo, perchè in ogni squadra militano i più bravi giocatori in circolazione. È il massimo per un calciatore".
Último dos fuoriclassi uruguaios, San Francescoli começou sua carreira no modesto Wanderers de Montevidéu, cidade onde nasceu em 12 de novembro de 1961.
Depois de conquistar o Sul-Americano de Juniores em 1981 com a seleção do Uruguai, competição da qual foi o artilheiro e eleito melhor jogador, Francescoli foi contratado pelo River Plate, da Argentina, por US$ 360 mil.
Com Los Millonarios foi campeão e artilheiro do campeonato argentino de 1986, além de ter conquistado a Taça Libertadores da América do mesmo ano e eleito o melhor jogador sul-americano de 1984.
Ídolo em Buenos Aires, sua transferência para o inexpressivo Matra Racing, ainda em 1986, foi surpreendente. Na França, permaneceu durante 4 temporadas, sendo a última com o poderoso Olympique de Marseille, quando foi campeão francês ao lado dos vários Amoros, Deschamps, Papin, Sauzée, Tigana, do inglês Waddle e do brasileiro Mozer.
Porém, o habilidoso meia ofensivo, que também desempenhava muito bem o papel de 2º atacante, nunca escondeu seu desejo de atuar na Serie A - "il migliore campionato del mondo".
Assim, apesar de ter tido seu nome ligado por diversas vezes a clubes poderosos como a Roma, o Milan e a Juventus, Francescoli não pestanejou duas vezes quando seu procurador, o famoso Paco Casal, disse que tinha uma proposta de uma squadra italiana, ainda que esta fosse o recém-promovido da Serie B Cagliari.
Na Sardenha, não obstante uma estréia desastrosa (derrota de 3 x 0 para a Internazionale, com uma tripletta do alemão Klinsmann), treinado por um jovem Ranieri e ao lado de seus conterrâneos Fonseca e Herrera, Francescoli (foto da esquerda - Guerin Sportivo) conseguiu reviver os grandes momentos do clube rossoblu, sendo o ápice a conquista da vaga à Copa U.E.F.A. 1993/1994.
Porém, depois de 3 temporadas no Cagliari, Francescoli não disputou a competição européia como Cagliari, já que se transferiu em julho de 1993 para o Torino (foto abaixo - Mana), onde permaneceu por apenas uma stagione.
Mas a mudança de clube não impediu El Príncipe de disputar uma competição européia em sua última temporada no Velho Continente, já que o Toro participou da Coppa delle Coppe e só foi eliminado nas quartas-de-final pelo futuro campeão Arsenal, depois de um empate em 0 x 0 em Turim e uma derrota de 1 x 0 em Londres.
De volta à Argentina, Francescoli jogou no River Plate até 1997, período no qual foi mais uma vez eleito o melhor jogador do continente (em 1995) e conquistou vários títulos argentinos e outra Taça Libertadores da América (em 1996).
Com a seleção uruguaia (foto mais ao alto - Guerin Sportivo), Francescoli jogou 73 partidas de 1982 a 1997, conquistando 3 das 4 Copas Américas que disputou (1983, 1987 e 1995, perdendo apenas a de 1989, disputada no Brasil) e participando das Copas do Mundo de 1986 e 1990.
Dentre os inúmeros fãs que o uruguaio teve, um dos mais famosos é o francês Zinedine Zidane que, além de ter chamado seu primogênito de Enzo, segundo dizem, jogava com uma camisa de Francescoli por baixo da de seu clube no início da carreira.

Na Última Vez ...

4 Comments:

At 8:06 PM, Blogger João Caniço said...

Francescoli foi sem dúvida um dos ultimos grandes nº 10 do futebol mundial. A melhor recordação que tenho dele é da final da taça Intercontinental disputada em 96 contra a Juve em Tóquio. Lembro-me que a imprensa mundial andou dias antes a publicitar dois duelos particulares: o 1º, o das novas estrelas emergentes Del Piero e Ortega, o 2º entre o mestre e o aprendiz de nº10 Francescoli e Zidane. Recordo-me que foi um bom jogo, muito bem disputado e de facto Francescoli, apesar de já no ocaso da carreira mantinha uma classe enorme. Não conheço muito bem a história do futebol uruguaio, tu decerto saberás bem melhor pela proximidade geográfica e até pela triste final de 50 no Maracanã para vós brasileiros, mas é muito provavel que Francescoli esteja no top dos melhores jogadores uruguaios de sempre... qual Recoba qual quê, como referes e eu corroboro num recente post teu que tive a oportunidade de comentar... 1abraço

 
At 10:18 PM, Anonymous Anônimo said...

Tenho alguma lembrança do Francescoli. Meu pai falava muito dele quando eu era criança.

E JP, eu me lembro dessa final como se fosse hoje. Faltei até aula na faculdade para ver o jogo. Imagino que para o Zizou deve ter sido uma honra disputar o troféu contra seu eterno ídolo, e no fim sair vencedor.
Abçs

 
At 1:38 AM, Blogger Rodolfo Moura said...

Prezados,
Muito obrigado pelas sempre enriquecedoras participações.
Quanto ao Francescoli, acho que foi, ao lado de Rubén Sosa, os únicos excepcionais jogadores uruguaios que vi atuar.
Recoba? Um bom jogador, mas, antes de tudo, um diamante que nunca chegou a ser lapidado.
Abraços,

 
At 6:59 AM, Blogger João Caniço said...

Cyntia, eu fiquei acordado de madrugada para poder assistir ao jogo, o fuso horario aqui em Portugal em relação ao Japão assim o obrigou... e valeu bem a pena. Concordo contigo, o Zidane na altura ainda um jovem, deve ter ficado deslumbrado por ter jogado contra o seu ídolo e claro por ter vencido também muito graças a ele já que como decerto deves tar recordada, após o canto do Di Livio é Zidane que desvia de cabeça para trás onde aparece Del Piero com uma rotação fantástica e um remate portentoso a fazer o golo do triunfo bianconero. 1abraço

 

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