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quinta-feira, outubro 08, 2009

Memorabilia - Brady

Nesta semana em que a Azzurra pode carimbar seu passaporte para a Copa do Mundo de 2010 jogando contra a Irlanda em Dublin, impossível não lembrar de William Liam Brady, o elegante meia irlandês que fez história na Serie A nos anos 1980.
Nascido na própria capital irlandesa em 13 de fevereiro de 1956 no seio de uma footballing family (um tio-avô e um irmão mais velho de Liam foram também internacionais), Brady deu seus primeiros chutes no St. Kevin's Boys (mesmo clube que revelou Damien Duff), mas, ainda em 1973, foi tentar a sorte no futebol londrino, mais precisamente em Highbury.
No Arsenal, Brady se profissionalizou aos 17 anos e logo se firmou como um dos pilares da equipe que, apesar de não viver um momento muito feliz, chegou a três finais consecutivas da FA Cup, conquistando a de 1979.
Após realizar 59 gols em 307 appearences com os Gunners (no site oficial do Arsenal, Brady aparece como um dos 50 greatest players da história do clube), Chippy, escolhido Player Of The Year em 1979 pela Professional Footballers Association, esteve perto de se transferir ao Manchester United protagonizando aquela que seria a maior transferência até então realizada no Reino Unido, mas acabou seduzido pelo glamour da Serie A e foi ser o primeiro estrangeiro da Juventus depois da reabertura do Calcio, em 1980.
Na Vecchia Signora (foto do alto - Guerin Sportivo), Brady, dono de um pé esquerdo mágico, envergou a mítica maglia dieci e conduziu a equipe ao scudetto já em sua primeira temporada na Itália, terminando ainda como o artilheiro da equipe com 8 gols em 28 presenças.
Na temporada seguinte, depois de um começo sotto tono, Brady foi novamente peça fundamental naquele que seria o título della seconda stella bianconera, confirmado, aliás, em uma cobrança de pênalti do irlandês em sua última partida pela Juventus (vitória de 1 x 0 sobre o Catanzaro), em grande demonstração de profissionalismo, pois o irlandês já era conhecedor de que havia sido cedido à Sampdoria devido a contratação do francês Platini pela Juve.
Playmaker dotado de um ótimo passe, na Sampdoria (acima - Briguglio), Brady transcorreu outras duas temporadas, fazendo dupla com o também britânico Francis e ao lado dos vários Vierchowod, Pellegrini, Pari e Mancini, futuros campeões com a equipe blucerchiata alguns anos depois.
Encerrado seu contrato com a Samp, em 1984 o irlandês passou à Internazionale, com a qual disputou outros dois campeonatos (foto mais abaixo - Inter) formando com o também ex bianconero Altobelli e com o alemão Rummenigge um ataque que acabou não colhendo os frutos esperados.
Brady ainda disputou sua 7ª temporada na Serie A defendendo o Ascoli no campeonato 1986/1987, concluindo sua passagem na Itália com 24 gols em 189 partidas.
Posteriormente, Brady voltou à Inglaterra para defender o West Ham, onde atuou até 1990, quando encerrou sua carreira antes da Copa do Mundo da Itália, ocasião em que a Irlanda faria sua estréia em mundiais.
Com os The Boys in Green, aliás, Brady disputou 72 jogos e marcou 9 gols, inclusive o da vitória sobre o Brasil em 1987, um dos mais prestigiosos sucessos da seleção irlandesa (vide o gol em questão no vídeo ao final do post).
Após pendurar as chuteiras, Brady tentou a carreira de treinador (tendo treinado o escocês Celtic de 1991 a 1993) e, atualmente, além de ser comentarista televisivo, ocupa o posto de assistente do c.t. della nazionale irlandese, o italiano Giovanni Trapattoni, seu treinador na Juventus.

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5 Comments:

At 7:59 AM, Blogger Michel Costa said...

Não conhecia a história de Liam Brady, Rodolfo.
Muito interessante esse período em que os clubes italianos só podiam contar com poucos estrangeiros em suas fileiras. Isso dava ao campeonato ares mais imprevisíveis, quase misteriosos.
Um abraço e parabéns pelo ótimo texto.

 
At 8:32 AM, Blogger Rodolfo Moura said...

Michel,
Muito obrigado! Eu, particularmente, preferia quando havia o limite de estrangeiros por clubes, até porque, como você bem destacou, deixava o campeonato com 'ares mais imprevisíveis', visto os títulos do Verona e do Napoli.
Na época do Brady 'juventino', por exemplo, cada clube só podia contar com um único 'straniero', o que fazia com que grandes jogadores fossem parar até mesmo nos times pequenos.
Abraços,

 
At 11:08 AM, Blogger Rodolfo Moura said...

Dri,
Muito obrigado pela visita e pelos votos!
Aliás, adorei seu blog, parabéns!
Abraços,

 
At 11:51 AM, Blogger João Caniço said...

Rodolfo, conhecia parcialmente a história do Liam Brady, nomeadamente que ele tinha sido "sacrificado" para a ida do Platini para Turim. Sabia que ele tinha sido destaque no Arsenal e na 'Samp', embora desconhecesse por completo que tivesse alinhado no Inter e no Ascoli...
Também sou da opinião que a limitação de estrangeiros era bastante positiva para o futebol italiano em particular. Aquele título do Hellas Verona é praticamente impossível nos dias de hoje...
Abraços

 
At 9:36 PM, Blogger Rodolfo Moura said...

JP,
Pois é, se efetivamente o Brady teve maior sucesso na Juventus e na Sampdoria, ele também 'alinhou' na Inter e no Ascoli, onde não conseguiu ser decisivo.
Abraços,

 

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