Memorabilia - Rummenigge
Kalle Rummenigge foi o melhor jogador alemão da sua geração e um dos maiores de toda a história, mas sua trajetória na Nationalmannschaft (foto abaixo - El Gráfico) ficou marcada pela sfortuna, pois o habilidoso atacante disputou exatamente os 3 mundiais compreendidos entre 1974 (quando a Alemanha Ocidental conquistou sua 2ª Copa do Mundo) e 1990 (ocasião na qual os alemães foram campeões do mundo pela 3ª vez), tendo, ainda, chegado a duas finais, mas terminou derrotado em ambas...
Em 1982, já campeão da Eurocopa em 1980 e eleito por duas vezes consecutivas o melhor jogador europeu (recebeu o famoso Pallone d'Oro em 1980 e 1981), Rummenigge chegou à Copa confiante nos 9 gols anotados durante as eliminatórias européias (em 6 jogos) e no elenco tedesco, formado pelos vários Schumacher, Briegel, Breitner, Karl-Heinz Förster, Kaltz, Stielike, Allofs, Littbarski, Magath e Hrubesch.
Porém, depois de uma surpreendente derrota na estréia para a Argélia (e que foi o 1º sucesso de uma equipe africana na história das Copas), a Alemanha Ocidental só passou à 2ª fase após uma polêmica vitória sobre a Áustria, que valeu a classificação para ambas as equipes.
Apesar da classificação conturbada, Rummenigge, o craque alemão, já computava 4 gols na competição (3 deles anotados na goleada de 4 x 1 sobre o Chile).
Mas o destino foi, ao mesmo tempo, gentil e rude com o Die Mannschaft, pois, enquanto Itália, Brasil e Argentina disputavam uma vaga nas semi-finais, coube à Alemanha Ocidental superar as mais fáceis Inglaterra e Espanha - em um grupo que teve dois 0 x 0 e a decisiva vitória alemã sobre os ibéricos por 2 x 1 -, mas o treinador Jupp Derwall passou a ter que administrar a contusão de seu principal jogador, que marcou apenas mais 1 gol na competição, mais precisamente na sensacional semi-final disputada contra a França (vitória alemã nos pênaltis após o empate em 3 x 3 após a prorrogação).
Na final, um acciaccato Rummenigge não foi páreo para a Squadra Azzurra, que conquistou seu 3º título mundial merecidamente por 3 x 1.
Em 1986, já jogando na Internazionale (foto à esquerda - Voetbal), Rummenigge não tinha mais a mesma movimentação, mas ainda assim, como capitão, conduziu a Alemanha Ocidental à final contra a Argentina (depois de mais uma 1ª fase complicada em um grupo que foi dominado pela então estreante Dinamarca).
Porém, outra vez a seleção alemã não foi vitoriosa, tendo sucumbido na final frente a genialidade de Maradona, ainda que, após estar perdendo por 2 x 0, tenha alcançado um momentâneo empate com o 1º tento anotado pelo Panzer Rummenigge.
Karl-Heinz Rummenigge que nasceu em Lippstadt, então Alemanha Ocidental, no dia 25 de agosto de 1955 e após um breve início no Borussia Lippstadt, aprodou no todo poderoso Bayern München em 1974, de onde só saiu 10 anos mais tarde por cerca de 10,3 miliardi di lire diretamente para a Internazionale de Milão, na maior negociação do futebol alemão até então.
Karl-Heinz Rummenigge que nasceu em Lippstadt, então Alemanha Ocidental, no dia 25 de agosto de 1955 e após um breve início no Borussia Lippstadt, aprodou no todo poderoso Bayern München em 1974, de onde só saiu 10 anos mais tarde por cerca de 10,3 miliardi di lire diretamente para a Internazionale de Milão, na maior negociação do futebol alemão até então.
Na Inter, ao lado dos campeões mundiais de 1982 Altobelli, Bergomi, Causio e Collovati, do irlandês Brady e dos mais jovens Ferri e Zenga, Rummenigge terminou a temporada 1984/1985 apenas na 3ª colocação, embora o elenco interista fosse considerado o mais forte e o alemão autor de 8 gols em 26 partidas.
No campeonato seguinte, apesar da chegade de Tardelli e de Kalle ter aumentado seu bottino pessoal para 13 gols (sagrando-se vice-artilheiro da Serie A), a Inter terminou o campeonato apenas na 6ª colocação, 13 pontos atrás da campeã Juventus (na foto do alto à direita Rummenigge contrasta o juventino Manfredonia - Guerin Sportivo).
Por fim, a temporada do 1º título do Napoli de Maradona seria a última de Rummenigge na Itália, de onde foi encerrar a carreira no Servette, da Suíça.
Questionado sobre a opção de ir jogar em um campeonato de menor imporância, Rummenigge, que trabalhou como bancário até os 18 anos, respondeu: "É um bom país para quem gosta de bancos"!
4 Comments:
Rodolfo, gostei da sua história sobre o alemão.
Espirituoso esse Rummenigge. Por que só a Inter gosta de ter alemães?
Sabe, vou procurar aqui o vídeo da Copa de 82 e 86 para revê-lo.
Eu nunca prestei muita atenção nele, não. Me ligava mais na geração dos Interistas Matthaus, Klinsmann e Brehme. E ele é anterior a eles.
Você poderia traduzir o termo 'Die Mannschaft', por favor?
Abçs
Cyntia,
Que bom que você gostou! Pois é, a Inter contratou vários alemães nas décadas de 80 e 90, pena que atualmente os craques germânicos não mais apareçam pela Itália.
Sobre Rummenigge, acho que 'Kalle' foi até melhor tecnicamente que Matthäus, que, ademais, jogava numa área do campo mais recuada.
O termo 'Die Mannschaft' quer dizer 'O Time', como é conhecida a seleção alemã.
Abraços,
História realmente deliciosa. Era criança quando ele jogava, mas gostava do futebol dele. Cedo, Kalle teve que lidar com a "pequena" responsabilidade de substituir um certo Beckenbauer no coração dos bávaros e ajudar o Bayern a bater o então poderosíssimo Borussia Mönchengladbach - na época um timaço! - na Bundesliga.
Gílson,
Muito obrigado pela visita e, principalmente, pela participação!
Abraços,
Postar um comentário
<< Home