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quinta-feira, novembro 30, 2006

Memorabilia - Paolo Rossi

Nenhum jogador trouxe tantos pesadelos à torcida brasileira quanto Paolo Rossi, ao menos nas últimas décadas.
Nascido na cidade de Prato, em 23 de setembro de 1956, Paolo Rossi começou a jogar futebol nas divisões de base da Cattolica Virtus, um pequeno clube onde chegou aos 11 anos. Ainda amador, em 1972, passou à toda poderosa Juventus.
Pablito, como é chamado pelos italianos, teve uma carreira conturbada por contusões e escândalos - antes de estreiar na equipe principal da Juve, em 1974, já tinha sido submetido a 3 operações de menisco!
Porém, apesar dos problemas físicos, em 1º de maio de 1974 Rossi fez sua estréia no time principal da Juventus, em um jogo válido pela Copa Itália disputado em Cesena.
Emprestado ao Como, estreou na Serie A em 09.11.1975 em partida contra o Perugia. Até o final da temporada, porém, Rossi colecionou míseras 6 presenças e nenhum gol.
Sua carreira sofreu uma reviravolta na temporada seguinte, quando o Vicenza (então na Serie B) adquiriu metade de seu cartellino (a co-propriedade de jogadores é muito usual na Itália) e sob os auspícios do treinador Giovan Battista (G.B.) Fabbri seu futebol explodiu - 21 gols em 36 partidas contribuíram para a promoção do time.
De volta à Serie A, fez nada menos que 24 tentos (em 30 jogos) e se sagrou capocannoniere do torneio, tendo conseguido o feito de levar o Vicenza (recém promovido) ao vice-campeonato, após disputa, palmo a palmo, com a Juventus de Trapattoni pelo Scudetto.
Suas grandes atuações foram recompensadas com a convocação para a seleção italiana principal (foto ao lado - Guerin Sportivo), onde estreou contra a Bélgica em 21.12.1977 e a participação na Copa do Mundo de 1978, na qual realizou 3 gols e a Itália alcançou o 4º posto.
Na temporada seguinte, 1978/1979, o Vicenza não conseguiu repetir a boa campanha anterior e terminou rebaixado à Serie B, apesar dos 15 gols anotados por Rossi, que lhe valeram o 2º posto na artilharia.
Apesar do Vicenza ter acertado sua transferência para o Napoli, Pablito recusou-se a enfrentar um ambiente cheio de pressão como o de Nápoles e escolheu defender o Perugia na temporada seguinte, quando fez 13 gols por uma equipe que ia muito bem até estourar o escândalo de manipulação de resultados que ficou conhecido como totonero.
Apesar do atacante ter asseverado sua inocência, Paolo Rossi, então com 22 anos, foi supenso por 3 anos (posteriormente a pena foi reduzida para 2 anos).
O 1º ano da pena Pablito passou treinando com a sua ex-equipe, o Vicenza, e o 2º com a sua futura (e também ex), a Juventus (foto abaixo - Guerin Sportivo).
Rossi voltou a jogar em abril de 1982, ainda em tempo de disputar as últimas 3 partidas da temporada da Serie A (onde fez 1 gol) e conquistar o Scudetto (o da 2ª estrela da Juve), além de ser convocado pelo ct Bearzot para o Mundial da Espanha.
Aliás, a convocação daquele que seria consagrado como o artilheiro da Copa do Mundo de 1982 foi muito contestada (como a seleção Azzurra como um todo) na Itália, vez que o atacante da Roma Roberto Pruzzo, que fora artilheiro das últimas 2 temporadas da Serie A, foi preterido.
Porém, apesar de um começo decepcionante (3 empates na 1ª fase), a Itália e Pablito venceram os 4 jogos restantes e conquistaram de forma brilhante o tricampeonato mundial, inclusive eliminando uma das melhores seleções brasileiras de todos os tempos.
E o embate contra o Brasil foi sensacional - com a seleção brasileira precisando apenas do empate, a Itália começou na frente com um gol de Paolo Rossi, sofreu o empate com Sócrates e o 1º tempo terminou novamente com a Itália em vantagem, com mais um gol de Pablito. No 2º tempo o genial Falcão empatou aos 68', mas o endiabrado Rossi completou sua tripletta pessoal aos 75', culminando com o fim do sonho brasileiro.
De volta à Itália, a Juventus construída para vencer tudo (com 7 campeões do mundo e mais Boniek e Platini) acabou amargando o vice-campeonato da Serie A e também da Copa dos Campeões, tendo conquistado apenas a Copa Itália.
Mas na temporada seguinte o título não escapou à Juve, com Rossi contribuíndo com 13 gols em 30 jogos.
E não foi só - a Juventus ainda conquistou a Recopa e a Supercopa Européia.
Na temporada seguinte Rossi e a Juventus conquistaram a Copa dos Campeões, mas o atacante começou o seu declínio físico, resultado dos correntes problemas em seu joelho.
Cedido ao Milan, onde disputou apenas uma temporada (com apenas 2 gols em 20 jogos), ainda foi convocado para a Copa do Mundo do México (onde não entrou em jogo algum) e encerrou sua carreira no Verona, na temporada 1986/1987, onde, ao lado do dinamarquês Elkjaer, fez 4 gols em 20 jogos.
Atualmente, Pablito é comentarista da Sky Italia, bem como publicou uma autobiografia sugestivamente intitulada "Ho fatto piangere il Brasile".

Na Última Vez ...

1 Comments:

At 4:13 PM, Anonymous Artur Gallisa said...

Belo texto!

 

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