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quinta-feira, maio 14, 2009

Memorabilia - Paolino Pulici

Paolino Pulici, ou simplesmente Pupi (apelido cunhado por Aldo Agroppi), é um dos maiores beniamini dos torcedores do Torino, sendo o capocannoniere histórico do Toro com 173 gols e o 2º jogador que mais vestiu a mítica maglia granata em todos os tempos.
Nascido aos 27 de abril de 1950 em Roncello (uma pequena comuna na Lombardia), Pulici começou sua carreira no Legnano, na Serie C, mas ainda em 1967 passou ao Torino, com o qual fez sua estréia na Serie A depois de um período apenas com a equipe Primavera no dia 23 de março de 1969 no empate de 0 x 0 contra o Cagliari.
Jogador de físico não granito (1,75 m e 72 kg), Pulici (ao lado no início de carreira - Panini) demorou a mostrar seus dotes de artilheiro, participando de 73 partidas nos campeonatos 1969/1970 a 1971/1972 e realizando apenas 8 gols.
Mas, sob o comando de Gustavo Giagnoni, este canhoto dotado de um chute forte, uma arrancada incrível e um ótimo stacco di testa, explodiu na temporada 1972/1973, quando realizou 17 tentos e dividiu a artilharia da Serie A com o rossonero Rivera e com o rossoblù Savoldi.
Foi também em 1973 que Puliciclone, que já contava com experiência na Under 21 italiana, chegou à seleção principal, com a qual estreou frente a Luxemburgo na goleada italiana de 5 x 0 pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1974.
Já o campeonato 1973/1974, no qual Pulici (ao lado com o Toro em versão maglia bianca - Guerin Sportivo) anotou 14 gols, ficou marcado pelo surgimento da famosa dupla i gemelli del goal, formada por Paolino e Ciccio Graziani.
Na temporada seguinte, enquanto Graziani realizou 12 gols, Pulici fez 18 e, desta vez, se sagrou capocannoniere solitário da Serie A.
Uma das figuras mais aplaudidas na festa do centenário do Torino (vale a pena ver o vídeo ao final do post, com alguns dos gols mais bonitos da carreira de Puliciclone), Pulici foi um atacante destemido, legítimo representante da dinastia de atacantes maglia undici do calcio e um dos únicos 8 avantes que venceram por 3 ocasiões a graduatória de artilheiros da Serie A (vide http://calcioseriea.blogspot.com/2009/01/voce-sabia.html).
Dotado de um grande feeling com a Maratona (curva onde normalmente ficam os tifosi mais fanáticos do Torino no Comunale), Pulici tinha um modo todo particular de comemorar seus gols, erguendo ambos os braços aos céus, além de uma relação muito especial com o Derby contra a Juventus (acima, um gol de Pulici em 1977 - La Presse), quando lustrava suas chuteiras, antes de entrar em campo, com uma bandeira bianconera.
Aliás, um dos gols mais lembrados de Pulici foi anotado exatamente contra a Vecchia Signora no campeonato 1972/1973, quando, lançado por Agroppi em contra-ataque, Pupi venceu na corrida Spinosi e Morini e effettuò un pallonetto tale da sorvolare Salvadore e Zoff, que estava ligeiramente avançado, com a bola entrando no ângulo alto da meta juventina (esse gol também pode ser visualizado no vídeo ao final do post).
Com Pulici, o Torino viveu também seus últimos momentos de glória na Serie A, tendo conquistado o scudetto da temporada 1975/1976 com 2 pontos de vantagem sobre a Juventus em muito devido aos 21 tentos de Puliciclone, que mais uma vez foi o capocannoniere do torneio naquela stagione, ficando bem a frente dos 15 anotados por Bettega e seu gemello Graziani.
No campeonato seguinte, foi a vez da Juventus terminar campeã com 1 ponto de vantagem sobre o Torino e Graziani conquistar o posto de artilheiro, com 21 gols, enquanto Pulici realizou 16.
Pulici defendeu o Torino até a temporada 1981/1982, quando então passou a Udinese e, em seguida, a Fiorentina, onde, jogando com Sócrates, encerrou a carreira após a temporada 1984/1985.
Com a Azzurra, Pulici colheu menos do que merecia e, embora tenha anotado 5 gols em suas 19 presenças, convocado para as Copas do Mundo de 1974 e 1978, não entrou em campo em nenhuma das duas.
Encerrada a carreira agonística, Pulici enveredou pela carreira de treinador, chegando a ser vice de Rota no Piacenza onde despontava um tal de ... Beppe Signori, mas logo desistiu do ofício e passou a ensinar o gioco del calcio apenas aos bambini da Società Sportiva Tritium, na província de Milano, onde mora até hoje.
Sobre a atual situação do time granata, o grande craque do passado aduz que "mi fa rabbia non sia ancora venuto fuori un cannoniere che mi sostituisca nella mente e negli occhi, più che nel cuore, della gente granata. Sarei io il primo a gioirne perché significherebbe che il Toro è di nuovo ai massimi livelli" (em uma tradução livre, algo como "lamento que não tenha surgido até agora um artilheiro que me substitua na mente e nos olhos, mais do que no coração, dos torcedores do Torino. Seria eu o primeiro a vibrar porque significaria que o Torino estaria dentre os melhores").
Acerca do vídeo abaixo, é importante destacar que o mesmo traz alguns momentos de uma partida beneficente disputada em 1992, ocasião em que Pulici, aos 42 anos e formando dupla com seu velho companheiro Graziani, ainda demonstrou toda a sua qualidade técnica!

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1 Comments:

At 10:28 PM, Blogger Rodolfo Moura said...

David,
Muito legal seu 'blog' - vou visitá-lo com assiduidade!
Abraços,

 

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