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terça-feira, janeiro 01, 2008

Momento Panini - Cristiano Zanetti


Com o retorno da Juventus à Serie A, a diretoria do clube entendeu necessário reforçar o plantel e o d.s. bianconero Alessio Secco saiu as compras - ao final, as aquisições mais badaladas foram as dos meias Almiron e Tiago, que, juntos, custaram a bagatela de 24 milhões de euros e chegaram com a missão de dar consistência e qualidade ao setor nevrálgico do time de Turim.
Porém, transcorridos quase 6 meses daquele 21 de junho os dois esperados reforços não conseguiram um posto no 11 titular e não será surpreendente a saída de um ou até mesmo de ambos no mercado de janeiro.
Mas a culpa não é tanto de Almiron ou de Tiago, mas sim mérito da dupla Nocerino-Zanetti que, de eventuais suplentes, se transformaram em responsáveis por um dos meios de campo mais ajustados da Serie A.
Agora, se a maturidade do sceriffo Nocerino é surpreendente, a competência de Cristiano Zanetti não é nenhuma novidade.
Nascido em Carrara aos 14 de abril de 1977, Cristiano Martello Zanetti cresceu calcisticamente na Fiorentina, com a qual estreou na Serie A bem giovanissimo - aos 18 anos recém completados na derrota da equipe gigliata para o Foggia por 2 x 1 em 14 de maio de 1995.
Enviado à Serie B para ganhar experiência depois de outra temporada com a Fiorentina, Zanetti fez uma primeira stagione com o Venezia e outra com a Reggiana, sendo que nesta última, ao lado de veteranos como o zagueiro Galli e o meia Evani (ambos ex Milan), fez 31 partidas e foi um dos destaques da equipe.
Assim, integrante da Italia Under 21 de Tardelli (ao lado dos vários Buffon, Ambrosini, Gattuso, Pirlo e Zambrotta) posteriormente campeã européia, Zanetti chegou à Internazionale aos 21 anos, contratado para a temporada 1998/1999.
Evidentemente, na Inter de Ronaldo, recheada de medalhões também no meio de campo (Cauet, Djorkaeff, Simeone, Winter e até o brasileiro Zé Elias), não haveria muito espaço para aquele jovem centrocampista centrale e Zanetti foi emprestado ao Cagliari (figurinha do alto), onde fez uma dupla de relativo sucesso com o uruguaio O'Neill (posteriormente cedido à Juventus).
Na temporada seguinte, por insistência de Fabio Capello, Zanetti foi parar na Roma, mas, prejudicado por contusões, acabou realizando apenas 11 partidas.
Mas a aposta de Mister Capello não foi em vão e no campeonato 2000/2001, formando dupla central com Tommasi, Zanetti conquistou o scudetto e se consagrou com belíssimas atuações, principalmente por sua incrível habilidade de recuperação e de ripartire la manovra, a ponto de chegar a seleção italiana principal, na qual fez sua estréia contra o Japão em novembro de 2001, já de volta à Internazionale.
No clube de Via Durini Tampone permaneceu por mais 5 temporadas, período no qual foi à Copa do Mundo de 2002 e à Euro 2004, mas, marcado por constantes contusões, acabou perdendo o posto de titular com l'arrivo dos vários Davids, Veron e Cambiasso.
Então, em 2006, considerado por muitos um jogador em final de carreira por seus constantes problemas físicos, Zanetti resolveu deixar a Serie A e disputar o campionato cadetto com a Juventus (na figurinha ao lado é do campeonato 2006/2007), para onde se transferiu a parametro zero.
Depois de uma Serie B disputada de protagonista, Zanetti tem revelado, mais do que suas já notórias qualidades técnicas nesta Serie A, uma maturidade física extraordinária, tanto que participou de 15 das 17 partidas da Juve até aqui.
Talvez um dos motivos do sucesso atual de Zanetti seja a confiança depositada em seu futebol pelo técnico Claudio Ranieri, que, aliás, foi quem lançou Il Martello na Fiorentina em 1995.

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2 Comments:

At 11:21 PM, Blogger João Caniço said...

Rodolfo, os meus parabéns pelo post, além de estar muito bem elaborado e explicar na perfeição a trajectória de Cristiano Zanetti é uma justa homenagem à excelente temporada que o 'trinco' vem fazendo. Recordo-me da belíssima dupla que fez na Roma com Tommasi e da sua participação no Mundial 2002 onde foi titular. Depois foi perdendo fulgor devido às lesões como referes e tive bastantes dúvidas se a sua contratação pela Juve teria sido a mais acertada. O ano passado na Série B, apesar de algumas lesões provou ser um jogador influente e usou a experiência como argumento muito importante. Este ano então tem sido o 'patrão' do meio campo 'bianconero' e merece uma chamada à 'nazionale'. Que a sua boa forma se prolongue e as lesões não reapareçam.
Abraços

 
At 11:34 PM, Blogger Rodolfo Moura said...

JP,
Muito obrigado, fico sempre muito feliz quando você gosta dos 'posts'.
Ademais, sem querer fazer média, seus comentários são sempre um excelente complemento ao texto original.
Abraços,

 

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