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terça-feira, junho 12, 2007

Momento Panini - Alessandro Del Piero


A Juventus está de volta à Serie A e com ela, salvo um clamoroso colpo di scena, Alessandro Del Piero!
Ainda bem, pois Pinturicchio é um jogador diferenciado e seu lugar é, efetivamente, os palcos grandiosos da Serie A.
E não é um retorno em tom menor: a campanha não foi de toda irrepreensível, mas a Juve volta à máxima divisão do Calcio com o título da Serie B e Del Piero com o cetro de capocannoniere.
Ademais, é na Serie A que o atacante ou trequartista nascido em Conegliano Veneto aos 09 de novembro de 1974 deu e dá o melhor de si: são 331 partidas e 134 gols em 13 temporadas - até aqui -, coroadas por 5 Scudetti (seriam 7 se não fosse um tal Luciano Moggi...).
Na Juventus desde 1993, quando a Vecchia Signora se antecipou ao Milan e contratou o então apenas promissor atleta junto ao Padova, Del Piero logo mostrou seu cartão de visitas fazendo seu 1º gol na Serie A antes de completar 20' em campo, contra a Reggiana em 19 de setembro daquele ano.
Na temporada seguinte (figurinha à direita), com Lippi no lugar de Trapattoni, Godot aproveitou un infortunio de Baggio e teve sua primeira stagione de protagonista, sendo peça importantíssima na conquista do título italiano que a equipe de Turim não conseguia havia 9 anos.
Então, com apenas 20 anos, o jovem que foi pela 1ª vez capa da prestigiosa revista Guerin Sportivo ainda em 1993 (nº 38, com o título acertadíssimo de "È nata una stella"), herdou a camisa nº 10 da equipe mais importante e querida da Itália, vez que a explosão de Del Piero acabou resultando na cessão de, ninguém menos, Baggio ao Milan.
Pinturiccho não frustrou a confiança depositada e conduziu a Juve, ainda na temporada 1995/1996, ao título da Champions League, conquistada sobre o Ajax em Roma.
Extremamente habilidoso, mas dono de um físico considerado troppo fragile (tem 1,73 m), Del Piero disputou outras duas temporadas em altíssimo nível (ficou em 4º lugar na eleição para Pallone D'Oro em 1996 e 1997, tendo realizado 21 gols na Serie A 1997/1998, além de ter sido o artilheiro da Champions League na mesma temporada, com 10 tentos) até sofrer uma gravíssima contusão em 08 de novembro de 1998, no último minuto de jogo disputado em Udine.
Desde então, atravessou alguns períodos conturbados, principalmente na época em que Fabio Capello foi treinador da Juve, mas viveu também ótimos momentos sob as batutas de Ancelotti e Lippi, sendo detentor de vários recordes pessoais com a maglia bianconera - é o maior artilheiro da gloriosa Juventus em todos os tempos, com 217 gols, além de ser o 3º jogador que mais defendeu a Juve, com 519 partidas oficiais (o recordista é o mítico Gaetano Scirea, com 552).
Agora, terminado o purgatório da Serie B (figurinha à esquerda), Del Piero já avisou que está de volta à "A, casa mia".
Apenas para registro, com a seleção italiana Del Piero foi bicampeão europeu com a Under 21, tendo estreado no selecionado principal em 25 de março de 1995 na vitória de 4 x 1 sobre a Estônia, válida pelas eliminatórias para a Euro 1996, da qual participou de apenas 1 jogo.
Presente nas Copas do Mundo de 1998, 2002 e 2006, quando foi campeão, Godot coleciona, até o presente, 83 partidas e 27 gols com a Azzurra, o que o torna o 5º jogador que mais vestiu a camisa da seleção italiana e o 4º maior artilheiro, a pari merito con Roberto Baggio.

Na Última Vez ...

7 Comments:

At 12:57 PM, Anonymous Anônimo said...

Muito legal seu texto Rodolfo, vc sabe contar uma história perfeita em poucas linhas. Sobre o Del Piero sempre o vi mais como um atacante que volta pra buscar jogo do que propriamente um trequartista. Acho que o mesmo equívoco ocorre com o Ronaldinho Gaúcho pela imprensa e até pela comissão técnica da seleção.

 
At 9:21 PM, Blogger Rodolfo Moura said...

Michel,
Muito obrigado pela participação e pelo elogio.
Também acho que Del Piero seja mais um atacante que um 'trequartista', função na qual o Totti se encaixa melhor.
Abraços,

 
At 4:16 PM, Anonymous Anônimo said...

Existe um grande ídolo da história rossonera, o Albertini, que jogou no Padova. Ele foi emprestado para ganhar experiência no meio da temporada 1990/1991, pois naquela época era um "pouco" difícil encontrar um espaço para ele naquele meio-campo. Deve ter visto os primeiros passos do jovem Del Piero.

 
At 9:33 PM, Anonymous Anônimo said...

Primeira lembrança do Del Piero que tenho. Temporada 94/95. Juventus-Fiorentina, ele marca um golaço desempatando o jogo (3-2). De substituto de Baggio, ele passou a ser componente fundamental na equipe do primeiro 'scudetto' do Lippi.
Desde então, passei a acompanhá-lo mais de perto. Muito de perto. Comprava Hurrà Juventus, Guerin Sportivo, Gazzetta, tudo que tinha ele.
Entretanto, ele nunca foi, pra mim, a promessa que parecia ser, ou que a imprensa vendia, na Nazionale. Na Euro-96 por exemplo, um fiasco. Acho que foi numa Euro, contra a França (a do gol de ouro do Trezeget) que ele perdeu 1 gol incrível . Nem na Copa de 2006 ele foi determinante. Digo, não como ele é na Juve até hoje. Na Juve ele reina absoluto. Seus números falam mais do que as nossas palavras.
Será ele mais um exemplo de jogador apenas de clube?
Abraços,

 
At 8:03 AM, Blogger Rodolfo Moura said...

Prezados Cyntia e Gílson,
Acho que Del Piero realmente nunca foi tão importante para a 'Azzurra' como é na Juventus, talvez, exatamente, pela 'dubiedade' quanto a sua verdadeira posição tática.
Quanto ao Albertini, ele deve ter efetivamente convivido com o jovem Del Piero no Padova, vez que o 'mediano rossonero' jogou lá na temporada 1990/1991, também bastante jovem, enquanto Del Piero fez sua estréia no time principal logo na temporada seguinte. Quem também esteve com o Albertini no Padova foi o 'terzino' Benarrivo, que depois fez uma longa carreira no Parma, bem como o 'soldatino' Di Livio, presente naquelas bandas de 1989 a 1993.
Abraços,

 
At 8:51 PM, Blogger João Caniço said...

Está muito bom o teu texto, parabéns! Tb sou um grande fã de Del Piero, desde 94, qdo eu já era um grande apaixonado pela Juve... Concordo com mtas das coisas que tu escreveste e tb com alguns dos comentários, de facto na azzurra muitas vezes por birra dos treinadores apoiada por uma imprensa fervorosa do cattenacio Alex não tem tido o espaço que lhe é merecido... mesmo Lippi que foi o seu "Pai" como treinador, apostando fortemente nele na Juve na era pós Baggio e Vialli, apenas o meteu a espaços no Mundial na Alemanha... é um grande jogador, provou-o nesta epoca sendo o melhor marcador da serie B, um profissionalismo notavel, um amor à camisola unico, fica na historia da Juve como muito provavelmente o seu jogador mais emblematico, suplantando monstros como Boniperti, Scirea, Zoff ou Platini entre outros...
Continuação de bom trabalho, agora que descobri este teu blog vou passar a visitar regularmente... sou portugues mas, sigo com mto interesse o Calcio e em especial a Juve, 1 abraço

 
At 10:29 AM, Blogger Rodolfo Moura said...

Prezado JP,
Muito obrigado pela visita e pelos elogios! São participações como a tua que fazem esse blog valer a pena!
Fique à vontada para sugerir e criticar sempre que quiser.
Abraços,

 

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