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sábado, dezembro 04, 2010

Momento Panini - Fabio Liverani


Depois de uma ausência que já perdurava 2 meses, o meia Fabio Liverani retornou ao time do Palermo no último domingo, substituindo o fantasista Pastore nos minutos finais da contundente vitória contra a Roma.
Aliás, não poderia ter cotejo mais apropriado para marcar o retorno de Liverani do que aquele contra a Lupa Capitolina, vez que este centrocampista centrale dotado de ótima visão de jogo, além de ter nascido na própria capital italiana aos 29 de abril de 1976, ainda transcorreu os anos áureos de sua carreira defendendo a Lazio.
Mas, antes de conhecer o olimpo do calcio, Liverani passou por muita gaveta.
Como muitos calciatori, Liverani deu seus primeiros passos atrás de uma bola nell'oratorio, jogando no de Santa Maria Ausiliatrice al Tuscolano.
Filho de Halima, uma refugiada da Somália, e de Ezio, um piccolo commerciante romano, Liverani quase teve seu sonho de jogar futebol interrompido no nascedouro, mas, diante da bravura do garoto, desde cedo passou a receber uma ajuda de custo que o possibilitou de continuar a freqüentar a Scuola Calcio da Romulea.
Na Romulea, por onde permaneceu por 7 anos, Liverani conheceu ainda Lanfranco Barbanti, que acabou por ser uma figura importantíssima em sua vida, sendo o responsável por levar o jovem Fabio ao Lodigani e posteriormente a primavera do Palermo.
Originalmente atacante, Liverani ainda passaria pelas categorias de base do Napoli e do Cagliari antes de fazer sua estréia como profissional na Nocerina, então na Serie C1.
De dezembro de 1996 a 2000, Liverani defendeu a Viterbese, com a qual conseguiu uma promoção à C1 e se firmou como regista.
Sob a presidência do vulcânico Gaucci e tendo como treinador o inovador Cosmi, o Perugia era uma praça pródiga para apostas e, assim, juntamente com o coreano Ahn e o chinês Ma, Liverani foi catapultado da C1 diretamente à A, onde estreou no dia 1º de outubro de 2000 no empate casalingo contra o Lecce em 1 x 1.
Na Umbria (a figurinha acima é da temporada 2000/2001), Liverani logo demonstrou seus dotes de excelente passador, chegando mesmo a ser convocado por Trapattoni para a Azzurra, na qual fez sua estréia exatamente em Perugia no amistoso disputado contra a África do Sul, se tornando o primeiro giocatore di colore a vestir la maglia della Nazionale maggiore.
Obviamente, Perugia ficou pequena para o regista Liverani que, tão logo começada a temporada 2001/2002, ainda em setembro, se transferiu à Lazio.
Recebido com alguma desconfiança por sua confessada fede romanista, Liverani logo se inseriu por completo no esquema de Zaccheroni e, ao lado de Poborsky, Giannichedda, Fiore e Stankovic, formou uma das meias canchas mais poderosas da Itália, desbancando o espanhol Mendieta, que havia custado cerca de € 47 milhões!
Na Lazio, Liverani, ironicamente apelidado de Speedy, ficou por 5 temporadas, conquistando uma Copa Itália (na temporada 2003/2004) e se tornando um dos beniamini da torcida.
Porém, por causa de algumas desavenças com o presidente laziale Lotito, Liverani acabou renunciando a renovação de contrato proposta em 2006 e acertou com a Fiorentina, com a qual disputou os campeonatos 2006/2007 e 2007/2008, alcançando uma semi-final da Copa U.E.F.A. e uma classificação à Champions League.
Em 2008, mais uma vez a parametro zero, Liverani trocou a Fiorentina pelo Palermo (a figurinha ao lado é da temporada 2009/2010), onde rapidamente conquistou um posto de giocatore chiave, a ponto do técnico Ballardini considerá-lo "il più bravo giocatore mai avuto in quel ruolo".
Aliás, não só o antigo técnico rosanero nutre uma especial admiração por Liverani, mas até o presidente Zamparini, conhecido por seu temperamento difícil, já afirmou que "Liverani non è un calciatore sostituibile, come lui c'è solo lui"!
Daí a importância do retorno de Liverani ao time do Palermo na empreitada de conseguir um posto na próxima Champions League, que seria o palco ideal para a despedida deste meia capaz di dettare i tempi dei gioco como poucos e que já declarou que ao final da temporada 2011/2012 seguirá a carreira de treinador.

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2 Comments:

At 8:40 PM, Blogger Michel Costa said...

Sempre gostei do estilo de Liverani, o primeiro negro (apesar do pai italiano) a vestir a camisa da Azzurra.
Seu estilo de jogo me lembra muito o de Pirlo, com visão de jogo, lançamentos e posicionamento central à frente da defesa.
Bom jogador.

Abraços.

 
At 11:32 PM, Blogger Rodolfo Moura said...

Michel,
Assim como você, gosto bastante do estilo do Liverani e, também, o acho parecido com o Pirlo.
Pena que repetidas contusões tem atrapalhado o epílogo de sua carreira.
Abraços,

 

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