Momento Panini - Antonio Cassano
A partir desta semana a 'Momento Panini' vai estar ainda mais especial, vez que passam a ilustrar esta coluna as figurinhas do mítico álbum Calciatori da Panini edição 2007/2008!
E, para estrear esta nova fase, ninguém melhor que Fantantonio Cassano!
Nascido em Bari, no sul da Itália, aos 12 de julho de 1982, Cassano logo despontou na Primavera dei biancorossi pugliesi, chamando a atenção do então treinador da equipe principal do Bari, Eugenio Fascetti, que o lançou na Serie A na 13ª rodada do campeonato 1999/2000, escalando o talentino diciassettenne no clássico regional contra o Lecce, vencido pelos salentini por 1 x 0.
No sábado seguinte, lá estava Cassano ao lado do atual romanista Perrotta enfrentando a poderosa Internazionale de Baggio, Vieri e Zamorano, quando, com a partida caminhando para um 1 x 1 (tentos do nigeriano Enyinnaya - alguém se lembra dele? - e Vieri), Cassano recebeu um lançamento longo e, sem deixar a bola tocar no chão, levou-a com o calcanhar a sua cabeça e daí avançou em direção à área nerazzurra, superando Panucci e Blanc antes de fuzilar no canto de Ferron, para delírio da torcida presente ao estário San Nicola (para quem quiser assistir ao lance, basta visualizar o vídeo abaixo ou acessar: http://www.youtube.com/watch?v=5rRX8GzJNEI) - a Itália descobria um cracaço!
Ao final do campeonato, tendo colecionado 21 presença e anotado 3 gols, El Pibe de Bari foi peça importantíssima na salvezza barese, bem como conquistou um posto na U21 comandada por Tardelli.
Na temporada seguinte o Bari foi muito mal (terminou na última colocação, 16 pontos atrás do penúltimo colocado), mas Cassano (a figurinha do alto é exatamente a da temporada 2000/2001) se firmou como um dos grandes talentos da Bota.
Ao final de uma aguerrida disputa com a Juventus, a Roma assegurou o cartellino de Cassano por cerca de 60 miliardi di lire para a temporada 2001/2002.
Em Trigoria, foram 4 anos e meio, 118 partidas pela Serie A, 39 gols, 21 cartões amarelos, a realização do sonho de jogar ao lado do ídolo Totti e, principalmente, o apelido de Peter Pan e inúmeras cassanate, como ficaram conhecidas suas marachelle.
Em Trigoria, foram 4 anos e meio, 118 partidas pela Serie A, 39 gols, 21 cartões amarelos, a realização do sonho de jogar ao lado do ídolo Totti e, principalmente, o apelido de Peter Pan e inúmeras cassanate, como ficaram conhecidas suas marachelle.
Jogador extremamente habilidoso, dotado de técnica exuberante e de um dribbling ubriacante, Cassano deixou a Roma, em janeiro de 2006, pelas portas do fundo, totalmente incompatibilizado com o elenco giallorosso, passando ao Real Madrid, onde, apesar da presença de seu antigo mentor Fabio Capello, nunca conseguiu se firmar.
Com a carreira em precoce declínio, Cassano viu na proposta realizada em agosto último pelo amministratore delegato da Sampdoria, Beppe Marotta, uma excelente oportunidade para recomeçar, prometendo aos seus novos tifosi o máximo de empenho.
Com a equipe de Gênova (figurinha acima), Cassano vem protagonizando jogadas espetaculares e gols importantes (já foram 5 nesta Serie A), mas também suas famosas cassanate, como quando do cartão amarelo recebido frente a Fiorentina e que o impediu de enfrentar sua antiga equipe Roma, ou no derradeiro encontro contra a Lazio, quando praticamente parou de jogar para ficar fazendo gesticulações dramáticas...
Na Azzurra, Cassano fez sua estréia com apenas 21 anos, em amistoso disputado contra a Polônia em 2003 e no qual foi logo marcando um gol, totalizando, até aqui, porém, apenas outras 9 presenças.
Cotado para aparecer na convocação que o c.t. Donadoni fez no último domingo para o amistoso contra Portugal nesta próxima quarta-feira, Fantantonio ficou de fora sob o argumento de que "deve crescere".
E não é só Donadoni que pensa assim...
Marcadores: Panini
8 Comments:
Óptimo resumo da carreira do Cassano, os meus parabéns Rodolfo! E também pelo vídeo que complementa da melhor maneira toda a informação.
Não me recordo muito bem dos tempos do Cassano no Bari, só depois na Roma é que comecei a seguir com mais atenção. Por alturas do Euro 2004 disse aos meus amigos para estarem atentos ao seu desempenho porque estava ali um jovem muito promissor, um fantasista, digno sucessor de Del Piero e Totti, não me enganei já que ele até fez um Euro bem aceitável... pior foi depois com a saída abrupta da Roma e a não afirmação no Real, ultimamente tem estado em bom nível na Samp e alguma imprensa italiana já especula que a Juve estará interessada em comprar o seu passe ao Real...
Quanto à 'nazionale' penso que tem lugar entre os 23, mas como o Donadoni joga com 3 médios defensivos, sem nenhum fantasista, não sei se terá lugar... não gostei daquela 'boca' do Donadoni, ele é que devia crescer como treinador!...
Abraços
JP,
Mais uma vez, muitíssimo obrigado! Que bom que você gostou do vídeo com o golaço do Cassano - pretendo utilizar esse recurso mais vezes.
Quanto ao Cassano, considero inegável seu enorme talento, mas, pessoalmente, não o convocaria para a seleção italiana - ao menos por enquanto. Tenho acompanhado seu retorno à Itália com bastante atenção e, apesar dele até estar jogando bem, tem me assustando com sua total falta de maturidade - reclama espalhafatosamente do árbitro a todo instante, já discutiu com um treinador adversário com a bola em movimento, ..., ou seja, parece que voltou pior do que foi.
Acho muito arriscado apostar em um jogador sem controle emocional.
Abraços,
Rodolfo, se bem me lembro não foi o Cassano no Euro 2004 que cuspiu num adversário dinamarquês no 1º jogo, ficou de fora o resto da prova devido a essa péssima atitude prejudicando a equipa e era supostamente o craque da 'azzurra'...
Eu sou da opinião que os talentos devem ser protegidos embora concorde contigo que tenha que haver limites para essa falta de maturidade que descreves. O exemplo que referi o Totti também já era um jogador 'feito' e 'maduro' e teve aquela condenável atitude...
Abraços
JP,
É, foi o Totti que cuspiu no rosto do meia Poulsen durante a Euro 2004 e ficou de fora do resto da competição (para a Itália), prejudicando muito a 'Azzurra'.
Abraços,
Cassano daria um belo livro: 'Cassano: o incompreendido'.
Abraços,
Cyntia,
Na minha opinião, seria melhor algo do tipo: 'Cassano: o presunçoso'.
Abraços,
De acordo. Quando disse 'O Incompreendido' pensei no seguinte: ninguém o entende, nem ele mesmo.
Cyntia,
Pois é, para mim, o Cassano é um daqueles jogadores que jogam muito, mas, se jogassem tudo que imaginam que jogam...
Abraços,
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