Momento Panini - Nicola Ventola

Sem qualquer dúvida, a expressão promessa non mantenuta é a que melhor define a carreira de Nicola Ventola, ex bambino d'oro do futebol italiano.
Crescido envolto em grande expectativa no Bari, Ventola fez sua estréia na Serie A muito jovem, mais precisamente aos 16 anos em 06 de novembro de 1994 (Nicolino nasceu em 24 de maio de 1978 em Grumo Appula, na província de Bari mesmo), quando entrou no finalzinho do jogo Fiorentina 2 x 0 Bari no lugar do atacante Tovalieri, que fazia uma prolífica dupla com Protti na equipe barese.

No campeonato seguinte, embora Protti tenha terminado como artilheiro da Serie A (ao lado do laziale Signori) com 24 tentos, Nick Ventola não foi muito útil na campanha que terminou com o Bari rebaixado à Serie B, participando de apenas 7 partidas.

No torneio cadetto, Ventola teve mais oportunidades e realizou importantes 10 gols, fundamentais para o imediato retorno do clube biancorosso à elite do futebol italiano.

Ainda em 1997, com 19 anos, Ventola participou da Italia Under 23 que conquistou os Giochi del Mediterraneo contra Albânia, Espanha, Iugoslávia e Turquia, sendo o grande destaque de um grupo que tinha, dentre outros, Buffon e Totti.
Para ilustrar o momento de então, a importante revista Guerin Sportivo estampou o jovem atacante em sua capa e, ao abrir a matéria de copertina, colocou como manchete: "Stranieri? No, grazie, abbiamo di meglio - Via col Ventola".

De volta à Serie A, Ventola até esboçou algumas boas atuações, mas problemas físicos (que se mostrariam uma constante em sua carreira) impediram que o jovem atacante fizesse mais do que 2 gols em 8 aparições no campeonato 1997/1998 (figurinha acima).
Mas, assíduo frequentador das categorias de base da Azzurra (totaliza 59 convocações, com 49 presenças e 29 gols distribuídos pelas várias Under 16, 17, 18, 21 e 23) e considerado uma das maiores promessas do Calcio, Ventola acabou, ainda assim, negociado com a poderosa Internazionale, que pretendia transformá-lo no alter ego de Ronaldo.
Porém, em Milão, a bordo de uma equipe nerazzurra sem rumo, Nicolino fez, ao todo, 21 gols em 64 aparições, sendo que 8 destes tentos em competições européias, com destaque para o que abriu o marcador contra o Manchester United na Champions League de 1999.

Na temporada seguinte, 1999/2000, Ventola esteve emprestado ao Bologna, onde decepcionou ao não fazer um gol sequer em 14 partidas, enquanto no campeonato 2000/2001 seu destino foi a Atalanta, realizando 10 gols em 28 partidas.
Atacante de físico robusto (1,85 m por 80 kg), porém frágil, Nick passou a temporada 2002/2003 acometido por problemas físicos e não pisou uma única vez nos gramados, até que voltou em agosto de 2003 com a camisa do Siena.
No time toscano, porém, ao invés de definitivamente explodir, Ventola não conseguiu superar a concorrência do experiente Chiesa e do norueguês Flo, passando mais tempo no banco, terminando o campeonato com apenas 4 gols em 28 partidas, sendo que em 20 delas entrou no decorrer da gara.

Depois de uma passagem incolor pela Premiership inglesa com o Crystal Palace (apenas 3 partidas e 1 gol), Ventola voltou à Itália e descendeu à Serie B, onde foi importante para a promoção da Atalanta à Serie A.
Mas, de volta ao principal palco do Calcio, Ventola mais uma vez não convenceu e, depois de apenas 6 gols em 29 partidas, acabou cedido ao Torino, onde disputou uma temporada também bastante discreta (a figurinha acima, à esquerda, é referente ao campeonato 2007/2008), terminada com apenas 4 gols em 19 aparições.

Casado com a modelo brasileira Kartika Luyet, Ventola deverá ter ainda menos espaço no Torino 2008/2009 devido a chegada do experiente Amoruso, a não ser que, aos 30 anos, finalmente deixe para trás o rótulo de eterna promessa.