Memorabilia - Vialli
Pagliuca; Lanna, Vierchowod, Pellegrini e Katanec; Bonetti, Cerezo, Lombardo e Dossena; Vialli e Mancini - este o time da Sampdoria que entrou em campo contra a Lazio na última rodada da temporada 1990/1991 com o Scudetto já assegurado em razão dos 5 pontos de vantagem existentes sobre o Milan de Sacchi capitaneado pelo trio holandês Gullit, Rijkaard e Van Basten - em uma época na qual a vitória valia apenas 2 pontos.
Daqueles 11 campeões, nada menos do que 6 (Pagliuca, Vierchowod, Cerezo, Lombardo, Vialli e Mancini) estão no 'all-time XI' da Sampdoria, que ainda conta com o right-back Mannini (que ficou no banco naquela ocasião) e com o mítico treinador Vujadin Boskov entre os escolhidos.
E naquele que foi o maior time já formado pela Samp, enquanto Mancini era o talento, a classe pura, Vialli (à direita - Guerin Sportivo), seu Gemello del Gol, era a força, a potência e a acrobacia.
Daqueles 11 campeões, nada menos do que 6 (Pagliuca, Vierchowod, Cerezo, Lombardo, Vialli e Mancini) estão no 'all-time XI' da Sampdoria, que ainda conta com o right-back Mannini (que ficou no banco naquela ocasião) e com o mítico treinador Vujadin Boskov entre os escolhidos.
E naquele que foi o maior time já formado pela Samp, enquanto Mancini era o talento, a classe pura, Vialli (à direita - Guerin Sportivo), seu Gemello del Gol, era a força, a potência e a acrobacia.
Nascido em Cremona, aos 9 de julho de 1964, Gianluca Vialli começou nelle giovanilli do Pizzighettone, para depois passar alla Primavera da Cremonese, sociedade da sua cidade notória por lançar jovens valores (outros que começaram pelo clube grigiorossi foram os laterais Cabrini e Favalli, além do atual treinador Prandelli) e então em melhor situação do que a hoje encontrada, quando desfila pelas séries inferiores do Calcio praticamente no anomimato.
Mas foi na Serie C, durante a temporada 1980/1981, que Vialli fez sua estréia como profissional, passando à Serie B logo na temporada seguinte, onde permaneceu por 3 anos, culminando com a promoção da equipe de Cremona à Serie A em 1984.
Porém, no retorno da Cremonese à Serie A, mais de 60 anos depois da até então única participação da equipe na máxima divisão do futebol italiano, Vialli esteve do outro lado, vez que fora negociado com a Sampdoria e por uma dessas curiosas ironias do destino, a 1ª giornata do campeonato 1984/1985 reservou exatamente o confronto Sampdoria x ... Cremonese!
À época, além de Mancini, já estavam na Sampdoria os defensores Mannini, Pellegrini e Vierchowod, além do meia Pari - todos futuros campeões italianos alguns anos após.
Mas foi na Serie C, durante a temporada 1980/1981, que Vialli fez sua estréia como profissional, passando à Serie B logo na temporada seguinte, onde permaneceu por 3 anos, culminando com a promoção da equipe de Cremona à Serie A em 1984.
Porém, no retorno da Cremonese à Serie A, mais de 60 anos depois da até então única participação da equipe na máxima divisão do futebol italiano, Vialli esteve do outro lado, vez que fora negociado com a Sampdoria e por uma dessas curiosas ironias do destino, a 1ª giornata do campeonato 1984/1985 reservou exatamente o confronto Sampdoria x ... Cremonese!
À época, além de Mancini, já estavam na Sampdoria os defensores Mannini, Pellegrini e Vierchowod, além do meia Pari - todos futuros campeões italianos alguns anos após.
E assim, dos 3 gols marcados por cada um na temporada 1984/1985, Mancini e Vialli foram amadurecendo e os Gemelli del Gol se transformaram na dupla mais micidiale do Calcio, a ponto de Vialli terminar a temporada 1990/1991 como capocannoniere da Serie A com 19 gols, enquanto Mancini realizou 12, ficando a frente de goleadores natos como Van Basten (11), Völler (11) e Careca (9).
Em 1992, logo após a derrota para o Barcelona na final da Champions League (por 1 x 0, gol do holandês Koeman, cobrando falta, no 2º tempo da prorrogação), Vialli trocou a Sampdoria pela Juventus, onde foi formar nova dupla ao lado de ninguém menos que Roberto Baggio.
Depois de um começo difícil, Vialli tornou-se ídolo também na Vecchia Signora, conquistando o Scudetto da temporada 1994/1995 (formando um ataque sensacional ao lado de Baggio e dos crescentes Ravanelli e Del Piero), virando capitão da equipe (foto à esquerda - Onze).
Em 1996, depois de completar 325 partidas e realizar 123 gols na Serie A, o que o faz o 40º atacante mais prolífico de todos os tempos, o irriquieto Rambo resolveu atravessar o Canal da Mancha e experimentar, aos 32 anos, a Premier League, defendendo o Chelsea - ainda não comandado por Abramovich - onde também iniciou, com largo sucesso, a carreira de treinador.
Substituído em setembro de 2000 pelo atual treinador bianconero Claudio Ranieri, Vialli ainda treinou o Watford, sempre na terra da Rainha.
Em 1992, logo após a derrota para o Barcelona na final da Champions League (por 1 x 0, gol do holandês Koeman, cobrando falta, no 2º tempo da prorrogação), Vialli trocou a Sampdoria pela Juventus, onde foi formar nova dupla ao lado de ninguém menos que Roberto Baggio.
Depois de um começo difícil, Vialli tornou-se ídolo também na Vecchia Signora, conquistando o Scudetto da temporada 1994/1995 (formando um ataque sensacional ao lado de Baggio e dos crescentes Ravanelli e Del Piero), virando capitão da equipe (foto à esquerda - Onze).
Em 1996, depois de completar 325 partidas e realizar 123 gols na Serie A, o que o faz o 40º atacante mais prolífico de todos os tempos, o irriquieto Rambo resolveu atravessar o Canal da Mancha e experimentar, aos 32 anos, a Premier League, defendendo o Chelsea - ainda não comandado por Abramovich - onde também iniciou, com largo sucesso, a carreira de treinador.
Substituído em setembro de 2000 pelo atual treinador bianconero Claudio Ranieri, Vialli ainda treinou o Watford, sempre na terra da Rainha.
Atualmente, Vialli, que nos tempos da Samp tinha um negócio de importação de guaraná brasileiro junto com Mancini (ambos eram até os garotos propaganda do produto), é um apreciado comentarista da Sky Sport, além de ter escrito um livro intitulado The italian job, no qual discorre sobre as diferenças do futebol inglês e italiano.
Na seleção italiana, na qual estreou em 16 de novembro de 1985 substituíndo o atacante Altobelli em amistoso disputado contra a Polônia de Boniek, Vialli não conseguiu ter o mesmo sucesso que teve nos clubes em que passou.
Mesmo assim, depois de uma longa história nas categorias de base da Azzurra, Vialli participou das Copas do Mundo de 1986 e 1990 (foto à direita - Herringshaw), quando chegou como uma das grandes estrelas mundiais e saiu obscurizado pela dupla Baggio-Schillaci.
Ao todo, Rambo Vialli realizou 59 partidas e 16 gols com o selecionado italiano, sendo sua última aparição em 19 de dezembro de 1992 no amistoso vencido contra Malta em La Valletta por 2 x 1, tendo anotado um dos gols.
Mesmo assim, depois de uma longa história nas categorias de base da Azzurra, Vialli participou das Copas do Mundo de 1986 e 1990 (foto à direita - Herringshaw), quando chegou como uma das grandes estrelas mundiais e saiu obscurizado pela dupla Baggio-Schillaci.
Ao todo, Rambo Vialli realizou 59 partidas e 16 gols com o selecionado italiano, sendo sua última aparição em 19 de dezembro de 1992 no amistoso vencido contra Malta em La Valletta por 2 x 1, tendo anotado um dos gols.
Marcadores: 1980, 1990, memorabilia
5 Comments:
AAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHH!
Vialliiiiiiii!!!!!!
Valeu Rodolfo. Excelente post sobre o 'Luca'. Essa do negócio de importação de guaraná eu não sabia. Sabia da paixão dele e do outro pela bebida brasileira.
Eu soube da existência do Chelsea depois da ida do Vialli para lá. Acho que foi na mesma semana em que a Juve venceu a Champions.
Sabe que eu tenho uma curiosidade tremenda de ler esse livro dele. Eu acompanho um pouco a carreira de Vialli como comentarista e ele é tão bom quanto foi nos gramados.
Assisti no ano passado ao programa da RAI, 'che tempo che fa' em que ele discorre sobre o que o motivou a escrever o livro e fala um pouco do que é o tema do trabalho, ou seja, as diferenças do futebol italiano e inglês, não só em campo, mas fora dele, na visão dos italianos e ingleses formadores de jogadores e os dirigentes. Eu o acho muito inteligente. Sem querer ser preconceituosa com a categoria, mas ele foge à regra daqueles discursos preparados. Tem opinião própria, entende?
Acho uma incógnita o porquê dele não treinar nenhum clube na Itália. VocÊ sabe?
Hoje em dia, movida pela curiosidade e pelas 'conversas' que tenho com vocês, procuro saber de muitas coisas relativas ao futebol pré-anos 90 e descubro coisas sensacionais. Percebo que os 'dorianos' idolatram o outro gêmeo, enquanto que o Vialli ficou meio esquecido. Não sei o porquê. Acho injusto, mas como não gosto do outro, fica a sensação de que não sou imparcial na minha opinião. Fato!
Gossip: Ele é casado com uma inglesa muito bonita, e chique que é 'designer' em Londres, Cathryn White-Cooper. Acho que estão no segundo filho.
Abraços,
PS. Um tiro no ângulo essa sua 'Memorabilia'.
Cyntia!!!
Muito obrigado - esta eu sabia que você ia gostar!!!
Sempre gostei muito do Vialli também - um atacante que soube aliar raça com técnica, na medida certa para se tornar um matador como poucos.
Aliás, achei uma pena que tenha encerrado sua carreira na Inglaterra, sem voltar à Samp.
No tocante ao Vialli a nunca ter treinado na Itália, acho que decorre, principalmente, do fato dos clubes de ponta trocarem muito pouco de treinador - o que acaba reduzindo em muito o espaço - assim, não só o Vialli, mas outros como, por exemplo, o Zenga, acabam não tendo espaço.
Quanto ao Chelsea, realmente o clube, apesar de tradicional, começou a ganhar fama internacional com as contratações de vários 'italianos' - não só Gullit e Vialli, mas também Petrescu, Desailly, Di Matteo, Casiraghi, Cudicini e, é claro, Zola.
Por fim, acho que os 'dorianos' nutrem uma simpatia muito maior pelo Mancini pelo fato de 'Mancio' ter jogado muito mais tempo na equipe, só saindo no final de carreira e quando a Samp não era mais a mesma, enquanto Vialli deixou a equipe no seu auge, ainda mais indo para a 'odiada' Juventus.
Abraços,
Entendi. É , não posso ir contra isso. Como tenho minhas reservas com o outro, meu julgamento é contaminado... rs De fato, para a torcida, perder um ídolo quando o time está em alta é frustrante. E o que você diz sobre a baixa rotatividade nos comandos da Serie A é coerente. Não deixa de ser positivo, mas acaba que alguns nomes ficam de fora. E as cadeiras rodam sempre com os mesmos. Essa rivalidade com a Juve eu também não sabia. Que coisa.
Tenho um pôster lá em Volta Redonda desse Chelsea que venceu a FA Cup em 97. Desailly, Di Matteo, Zola, Vialli, Leboeuf, Casiraghi, Gullit... Me lembro bem desses jogadores no time. Tenho até a camisa do Zola!
Abraços,
Excelente post Rodolfo! O Vialli foi um jogador fantástico, eu já gostava dele na Samp e quando ele foi para a Juve foi espectacular! Era um daqueles jogadores que dava prazer ver jogar, pela sua dedicação, vontade enorme em triunfar e pela empatia mútua que tinha com os adeptos das equipas por onde passou, Samp, Juve e Chelsea. A imagem dele a levantar a 'Coppa Campioni' de 96 é inesquecível! Tive pena que ele saísse da Juve logo depois disso, mas já tinha 32 anos e percebe-se que a Juve quisesse renovar o ataque e ele queria muito jogar na Premiership...
No ano passado depois da saída de Deschamps da Juve falou-se dele para tomar o comando técnico da Juve até Lippi voltar e depois ficava como seu adjunto, não sei se a hipótese foi real ou mera especulação...
Curiosamente, antes do Itália 90, Vialli era conotado com um dos melhores jogadores da competição, mas um muito menos conhecido 'Toto' Schilacci 'roubou-lhe' o protagonismo... até hoje não percebo o que levou Sacchi no Mundial 94 a preferir um veterano e quanto a mim banal Massaro a Vialli, ainda hoje me faz confusão...
Abraços
JP,
Muito obrigado! Aliás, obrigado também pela lembrança de que Vialli foi cotado para substituir o Didier Deschamps no comando da Juve.
Abraços,
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