Memorabilia - Michael Laudrup

Talvez não exista nenhuma família no mundo tão ligada ao futebol como a dinamarquesa Laudrup.

Afinal, Finn jogou na seleção de seu país entre 1967 e 1979, seus filhos Michael e Brian atuaram em grandes clupes da Europa e participaram de Copas do Mundo, enquanto seus netos Mads e Andreas estão seguindo pela mesma trilha (Mads já estreou na 1ª divisão dinamarquesa com a camisa do FC København).

Agora, o maior expoente dos Laudrup é, sem dúvida, o habilidosíssimo Michael.

Nascido em 15 de junho de 1964, os primórdios da carreira futebolística de Michael são diretamente relacionados com as derradeiras etapas da de seu pai, até sua estréia no KB København em 1981.

Na temporada seguinte Michael defendeu o Brøndby, com o qual debutou na 1ª divisão dinamarquesa marcando logo 2 gols na goleada de 7 x 1 sobre o B 1909.

Já a estréia de Miki na seleção principal da Dinamarca (na foto do alto, Laudrup ao lado de Lerby durante a Eurocopa de 1988 - Guerin Sportivo) ocorreu no dia do seu 18º aniversário - 15 de junho de 1982, na vitória de 2 x 1 sobre a Noruega em Oslo, com 1 dos gols sendo anotado, lógico, por Laudrup!

Então, eleito jogador do ano de 1982 na Dinamarca (feito que repetiu em 1985), Laudrup foi contratado pela Juventus por uma quantia até então nunca paga por um calciatore danese - US$ 1 milhão!

Porém, o clube de Turim já contava com o francês Platini e com o polonês Boniek, razão pela qual o jovem Michelino foi emprestado à Lazio (à época, apenas 2 estrangeiros eram permitidos por equipe).

O time biancoceleste não vivia uma boa fase e, apesar dos 8 gols do dinamarquês (na foto à esquerda - Guerin Sportivo - com a camisa da Lazio) em sua temporada de estréia, o clube escapou do rebaixamento apenas na última rodada.

No campeonato seguinte (1984/1985), apesar da presença do brasileiro Batista e do italiano Manfredonia no meio de campo e do artilheiro Giordano ao lado de Laudrup no ataque, a Lazio não fugiu do descenso ao terminar apenas na 17ª e penúltima colocação da Serie A, totalizando apenas duas vitórias, onze empates e dezessete derrotas!

Ainda que Laudrup tenha anotado apenas 1 gol em sua 2ª stagione italiana, com a cessão de Boniek à Roma, a Juventus resolveu apostar naquele talentoso atacante que atuava primordialmente pela faixa canhota do campo.
E como deu certo! Uma Signora supersônica conquistou scudetto e Copa Intercontinental, superando o Argentinos Juniors graças a um tento anotado por Michelino (à direita, Laudrup com a Juventus - Guerin Sportivo).
Foi também em 1986 que a Dinamarca participou, pela 1ª vez, de uma fase final de Copa do Mundo, surpreendendo o mundo com a dupla Elkjaer-Laudrup e a 1ª colocação no Grupo E, superando a Escócia por 1 x 0, o Uruguai por 6 x 1 e a Alemanha Ocidental por 2 x 0.

Depois, a Dinamáquina acabou sucumbindo frente a Espanha de Butragueño por retumbantes 5 x 1 na fase seguinte, mas Laudrup & Cia. saíram como heróis da competição.

Nos anos seguintes, com a saída de Platini, a Juventus não teve forças suficientes para enfrentar o Napoli de Maradona, o Milan de Gullit e a Internazionale de Matthäus, campeões, respectivamente, das temporadas 1986/1987, 1987/1988 e 1988/1989, mas Laudrup esteve sempre entre os destaques do Calcio.

Em 1989, ao término de seu contrato com a Juventus, Michael Laudrup se transferiu à Espanha, onde venceu 5 títulos espanhóis consecutivos (os 4 primeiros com o Barcelona e o derradeiro com o Real Madrid).
Sem o mesmo scatto da juventude, Laudrup passou a jogar em posição mais central, mas sempre com a mesma imensa qualidade até 1998, quando encerrou a sua vitoriosa carreira clubística jogando pelo Ajax de Amsterdam, depois de uma breve passagem pelo Vissel Köbe do Japão.

O último ato do fantástico Michael Laudrup foi na Copa do Mundo de 1998, disputada na França, quando entrou pela última vez em campo para enfrentar o Brasil nas quartas-de-final (foto do alto à esquerda - Guerin Sportivo).