Memorabilia - Albertosi

Enrico Albertosi, ou melhor, Ricky Albertosi, foi um portiere di straordinarie doti atletiche, capaz de se destacar ainda que em um período no qual haviam diversos fuoriclasse para a posição.

Nascido em Pontremoli em 02 de novembro de 1939, Albertosi (na foto à direita jogando pelo Milan contra o Torino de Graziani e Pulici - Guerin Sportivo), totalizou 532 partidas pela Serie A - o que o faz o 7º jogador mais presente de todos os tempos -, quase que equanimemente divididas entre Fiorentina (185), Cagliari (177) e Milan (170).

Mas, voltando ao começo - papà Albertosi era goleiro amador da Pontremolese e o jovem Enrico logo traçou seu destino ao ficar observando, ainda pequenino, por detrás da meta o genitor para depois imitar suas defesas.

Portanto, nada mais natural que, após ter sido campeão de um torneio de garotos em Massa (uma cidade da Toscana) e premiado como melhor jogador, tenha ingressado na mesma Pontremolese, cujo goleiro titular, à esta altura, era um marinaio (marinheiro).

Repentinamente, o goleiro titular teve que embarcar para uma viagem longa e a Pontremolese não teve outra alternativa senão promover o jovem arqueiro de 14 anos à equipe principal. Dez partidas in prima categoria dilettanti chamaram a atenção de observadores ligados a clubes profissionais, sendo que os da Internazionale o convocaram a Milano per un provino.

O teste foi um sucesso e os dirigentes da Inter ficaram impressionados com o jovem portiere, ficando acertada a realização de contato nos dias seguintes.

Porém, no retorno para casa, Ricky parou em La Spezia e faz um teste também no time da cidade.

Transcorridos alguns dias, chegou na casa da família Albertosi una lettera do Spezia e o pai do jovem Enrico concluiu rapidamente o acordo para que o filho fosse treinar no clube. Horas depois, no mesmo dia, chegaria a carta da Inter: troppo tardi.

Assim, Albertosi cresceu no Spezia, tra i dilettanti, tendo se transferido à Fiorentina em 1958, onde fez sua estréia no máximo campeonato italiano na temporada 1958/1959 (em um Roma x Fiorentina disputado no campo neutro de Livorno e terminado 0 x 0).

Em Florença, Albertosi passou 5 temporadas como reserva de Giuliano Sarti (colecionando 30 presenças neste período), até que este se transferiu à grande Inter mondiale e o goleiro que sempre amou viver perigosamente, seja dentro de campo ou fora dele, tornou-se titular do clube viola, onde restou por mais 5 anos.

Porém, o relacionamento de Albertosi com a torcida da Fiorentina nunca foi fácil e o goleiro titular da Azzurra (com a qual estreou em 15 de junho de 1961 face a Argentina - vitória italiana por 4 x 1 - em Florença, ainda que, à época, fosse reserva de Sarti na Fiorentina) sonhava com uma transferência para Milão, onde a Inter buscava um subsituto para... Sarti!

Assim, quando foi chamado à sala da presidência para tratar de sua cessão, certo estava de ir para a Internazionale, mas ouviu: "Cagliari"!

Superada a surpresa inicial e percebido que a dirigência sarda estava montando um time excepcional, se mudou com a mulher e os filhos para Cagliari. Sua 1ª stagione na ilha foi marcada pelo título da Serie A conquistado pela... Fiorentina, mas no ano seguinte foi a vez do supreendente Cagliari (na foto acima - Guerin Sportivo - como capitão da equipe da Sardenha).

Ainda em 1970, Albertosi foi, ao lado dos seus colegas de clube Cera, Domenghini e Riva, titular da seleção italiana vice-campeã mundial no México (foto à direita - Guerin Sportivo).

Ao todo, foram 6 temporadas em Cagliari, até que em 1974/1975 Albertosi foi para Milão, sponda Milan (foto abaixo à esquerda - Guerin Sportivo), onde chegou sozinho, já que seu matrimonio si è spezzato definitivamente.
Com o clube rossonero transcorreu mais 5 anos, tendo conquistado seu 2º scudetto (o da estrela milanista) aos 40 anos. Infelizmente, o matrimônio com o Milan não terminou bem, vez que o goleiro amante das belas mulheres e das empolgantes corridas de cavalo restou envolvido no famoso escândalo de calcio scommesse de 1980 que resultou na sua suspensão por 4 anos e no rebaixamento do time de Milão à Serie B.

Porém, o título conquistado na Copa do Mundo de 1982 resultou em uma anistia geral e Ricky pode encerrar sua carreira, aos 45 anos, na Elpidiense, na Serie C2.