Campione Azzurro - Luigi Riva
Se na semana passada esta coluna foi dedicada a história de um grande goleiro (Gianluca Pagliuca) na Azzurra, nesta o espaço é dedicado ao maior cannoniere da seleção italiana, o Rombo di Tuono Luigi Riva.
Nascido em Leggiuno, uma cidadezinha com menos de 3.000 habitantes situada na província de Varese, bem no norte da Itália, em 07 de novembro de 1944, Riva foi um desses raros jogadores cuja carreira foi repleta de peculiaridades interessantes.
Tendo feito sua estréia como profissional no Legnano, na Serie C1 italiana, em 21 de outubro de 1962, já na temporada seguinte foi contratado pelo Cagliari, time que disputava a Serie B e fica localizado na ilha da Sardenha.
Apesar das dificuldades normais enfrentadas por qualquer jovem de 19 anos ao passar os primeiros meses longe da casa materna, Riva logo percebeu que a cidade de Cagliari era o seu lugar e lá transcorreu todo o restante de sua carreira (ainda mora lá), tendo recusado diversas propostas milionárias do Milan, da Internazionale (que chegou a oferecer o equivalente a US$ 2 milhões - uma fortuna à época - e a promessa de construir um hospital em Cagliari) e da Juventus (que ofereceu o equivalente a US$ 520 mil e mais 7 jogadores)!
Assim, partindo da Serie B, Riva comandou o Cagliari até a conquista de seu único Scudetto, na temporada 1969/1970. Maior artilheiro da Serie A nas temporadas 1966/1967, 1968/1969 e 1969/1970, o fim da carreira de Riva culminou com o rebaixamento do time da Sardenha à Serie B, na temporada 1975/1976.
Na seleção italiana (foto acima - Guerin Sportivo), a carreira de Gigi Riva não é menos espetacular, sendo o jogador que mais marcou gols com a azzurra - 35 em 42 partidas.
Dono de um potentíssimo tiro mancino (como na foto ao lado - Guerin Sportivo) e de uma cabeçada mortal, que lhe rendeu o apelido de Rombo di Tuono (Estouro de Trovão) do jornalista Gianni Brera, Riva jogava com a camisa 11 (que foi retirada no seu clube, o Cagliari), mas marcava gols como um legítimo 9 e armava jogadas como um exuberante 10.
Dono de um potentíssimo tiro mancino (como na foto ao lado - Guerin Sportivo) e de uma cabeçada mortal, que lhe rendeu o apelido de Rombo di Tuono (Estouro de Trovão) do jornalista Gianni Brera, Riva jogava com a camisa 11 (que foi retirada no seu clube, o Cagliari), mas marcava gols como um legítimo 9 e armava jogadas como um exuberante 10.
Seu esordio na seleção italiana principal ocorreu em 27 de junho de 1965, em um amistoso disputado contra a Hungria em Budapeste e seu 1º tento com a Azzurra foi realizado em 1º de novembro de 1967 (em sua 4ª partida) contra o Chipre, quando fez logo uma tripletta!
Campeão europeu em 1968, Gigi também participou da campanha italiana na Copa de 1970, quando fez 3 gols, sendo 1 na histórica partida disputada contra a Alemanha Ocidental pelas semi-finais (considerada a melhor partida de todas as Copas do Mundo!).
Riva encerrou sua carreira na seleção italiana na Copa do Mundo de 1974, tendo deixado o legado de marcas como 4 gols realizados em uma mesma partida (válida pelas Eliminatórias da Copa de 74, disputada contra Luxemburgo em 1973) e o feito de anotar pelo menos 1 gol em 6 partidas consecutivas entre novembro de 1967 e janeiro de 1969.
Riva encerrou sua carreira na seleção italiana na Copa do Mundo de 1974, tendo deixado o legado de marcas como 4 gols realizados em uma mesma partida (válida pelas Eliminatórias da Copa de 74, disputada contra Luxemburgo em 1973) e o feito de anotar pelo menos 1 gol em 6 partidas consecutivas entre novembro de 1967 e janeiro de 1969.
Se "a Gigi Riva il piede destro serve solo a salire su tram", como afirmou seu treinador Manlio Scopigno em 1970, é certo que seus números só não são ainda maiores em razão das diversas contusões graves que sofreu durante a carreira, vez que seu talento era imenso.
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