Memorabilia - Leonardo
Com a difícil missão de transformar o Milan orfano de Kaká em uma squadra vincente, Leonardo trocou, no último dia 31 de maio, o confortável posto de dirigente rossonero pelo de treinador do clube presidido pelo controverso Berlusconi.
Nascido aos 5 de setembro de 1969 em Niterói, no Estado do Rio de Janeiro, Leo deu seus primeiros chutes no Rio Cricket antes de ingressar nas categorias de base do Vasco em 1984.
Pouco aproveitado no Gigante da Colina, Leonardo resolveu, no ano seguinte, fazer um teste no Flamengo, seu clube do coração, tendo logo obtido grande destaque, a ponto de estrear no time principal no dia do seu 18º aniversário.
Jogando ao lado de feras como Leandro, Bebeto, Renato Gaúcho e, principalmente, de seu ídolo Zico, Leonardo foi peça importante já no grupo campeão brasileiro de 1987.
Lateral esquerdo de grandes recursos técnicos, em 1990 Leo foi contratado pelo São Paulo, equipe com a qual conquistou o campeonato brasileiro de 1991, quando foi eleito o melhor da posição sob o comando de Telê Santana.
Cedido ao Valencia, Leonardo fez razoável sucesso nos gramados espanhóis, mas optou por voltar ao São Paulo em 1993, a tempo de disputar (e conquistar) o Mundial Interclubes contra o ... Milan.
Embora já largamente utilizado como centrocampista, Leonardo foi à Copa do Mundo de 1994 como opção para a lateral esquerda brasileira, sendo titularizado após excelentes apresentações no final da reta preparatória.
Destaque na 1ª fase do torneio disputado em gramados norte-americanos, Leonardo acabou expulso no jogo contra os Estados Unidos, válido pelas oitavas de final e disputado em pleno 04 de julho, após desferir uma violenta cotovelada em Tab Ramos, sendo suspenso por todo o restante da competição, que teve o Brasil como campeão.
Depois daquela Copa do Mundo, Leonardo surpreendeu a todos se transferindo ao Kashima Antlers, do Japão, motivado pelo fato de seu ídolo Zico tê-lo indicado como seu substituto naquela agremiação.
Franzino (1,77 m e 71 kg em seus tempos de jogador) e de pernas arqueadas, o que o fez ser dono de uma passada peculiar, Leonardo, apesar de ser culturalmente diferenciado da maioria dos boleiros (além de ter cursado a faculdade de Educação Física, era o único jogador da seleção brasileira de 1994 fluente em inglês), ainda assim encontrou dificuldades de adaptação à cultura japonesa, mas, no final, conseguiu se destacar também no Antlers, a ponto de realizar 17 gols em 28 partidas na J League de 1995.
Embora campeão japonês e querido pelos seus torcedores, uma séria lesão no menisco que o deixou afastado dos gramados por alguns meses e o desejo de retornar à Europa fizeram com que Leo assinasse com o Paris Saint-Germain para a temporada 1996/1997, onde, ao lado de Raí e sob o comando de Ricardo Gomes, chegou a final da Recopa, perdida para o Barcelona de Ronaldo.
Campeão da Copa América com a seleção brasileira em 1997 (na foto mais ao alto, Leonardo envergando a '10' do Brasil - Onze) - competição na qual marcou aquele que o próprio jogador considera o seu mais bonito gol (o da virada contra o México, quando deu dois dribles desconcertantes antes de acertar uma bomba no ângulo do goleiro Rios) - e também da Copa das Confederações do mesmo ano, Leonardo foi sondado por Barcelona e Juventus, mas acabou se transferindo ao Milan, com o qual estreou contra a Lazio em 13 de setembro de 1997 (na foto acima, à esquerda, com a camisa do time italiano - Calciatori) na Serie A.
Na Itália (que Leonardo considera "o futebol mais difícil do mundo"), Leo defendeu o Milan, interruptamente, até 2001, realizando 22 gols em 96 partidas pela Serie A.
Seu ápice foi na stagione 1998/1999, quando conquistou o Scudetto anotando 12 tentos.
Peça fundamental no esquema de Zaccheroni, Leonardo também foi titular do Brasil na Copa do Mundo de 1998, ocasião em que se sagrou vice-campeão.
Campeão da Copa América com a seleção brasileira em 1997 (na foto mais ao alto, Leonardo envergando a '10' do Brasil - Onze) - competição na qual marcou aquele que o próprio jogador considera o seu mais bonito gol (o da virada contra o México, quando deu dois dribles desconcertantes antes de acertar uma bomba no ângulo do goleiro Rios) - e também da Copa das Confederações do mesmo ano, Leonardo foi sondado por Barcelona e Juventus, mas acabou se transferindo ao Milan, com o qual estreou contra a Lazio em 13 de setembro de 1997 (na foto acima, à esquerda, com a camisa do time italiano - Calciatori) na Serie A.
Na Itália (que Leonardo considera "o futebol mais difícil do mundo"), Leo defendeu o Milan, interruptamente, até 2001, realizando 22 gols em 96 partidas pela Serie A.
Seu ápice foi na stagione 1998/1999, quando conquistou o Scudetto anotando 12 tentos.
Peça fundamental no esquema de Zaccheroni, Leonardo também foi titular do Brasil na Copa do Mundo de 1998, ocasião em que se sagrou vice-campeão.
Em 2001 (foto ao lado - Calciatori), depois de sofrer com problemas físicos que não permitiam mais a sequência regular de jogos, Leonardo resolveu voltar ao Brasil, onde novamente passou por São Paulo e Flamengo.
Mas, ao participar do jogo festivo de despedida do croata Boban no final de 2002, Leonardo restou novamente envolvido pelo clima do time rossonero e acertou seu regresso ao clube italiano, onde acabou encerrando sua carreira agonística em 1º de abril de 2003.
Dono de uma carreira de sucesso também como dirigente e a frente de projetos sociais importantes, Leonardo tem agora, como treinador do Milan, certamente um dos maiores desafios de sua (muito) vitoriosa vida.
Marcadores: 1990, 2000, memorabilia
5 Comments:
Parabéns pelo texto, Rodolfo. Conseguiu registrar bem toda carreira de Leonardo.
Lendo o 'Memorabilia' tive vontade de procurar no Youtube o citado golaço sobre o México.
Não encontrei, mas havia esse outro marcado pelo Kashima: http://www.youtube.com/watch?v=mrRXMUNC1UY
E esse especial, montado pelo canal do Milan: http://www.youtube.com/watch?v=JjVqHg3xD0A&NR=1&feature=fvwp
Vale a pena conferir.
Abraço.
Michel,
Realmente, muito interessante ambos os vídeos!
Aliás, esse gol que ele anotou com o Kashima por você destacado está dentre os preferidos do jogador, merecendo atenção também a 'doppietta' anotada contra a Inter.
Abraços,
Vamos esquecer essa doppietta contra a Inter, viu.Rsrsrs
Mas o Léo era um grande jogador, e de fato a lateral do campo era pequena demais para o seu talento.Se o Milan tivesse hoje um meio-campista da sua classe...
Guilherme,
Tudo bem, esquecida a 'doppietta' ... (rs).
Concordo plenamente com sua consideração, o que falta ao Milan hoje é exatamente um meia com o talento e a criatividade do Leonardo.
Abraços,
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